Capítulo 2

645 Words
Finalmente as aulas acabaram, peguei minha mochila e tava saindo da sala quando sinto uma puxada leve no meu braço, quando olho é Rafael. - vai rolar a ajuda?- ele perguntou. - tenho outra escolha? - até tem, mas como vc é um amor de pessoa, vai escolher me ajudar né? - ele disse sorrindo. - ta Rafael, sábado. - i, não dá, tem churrasco na Rocinha. - já começou dando errado...vc troca o estudo por farra.- eu ia sair, mas ele entrou na frente. - ta, 13:00 lá em casa, beleza? - ok. - saí e fui pra casa, como sempre, sem Arthur, pq geralmente ele saía com Rafael para fazerem bagunça. Cheguei em casa e me joguei no sofá, minha mãe veio da cozinha. - que foi? Ta triste?- minha mãe sempre foi mãezona mesmo, sempre faz questão de mostrar sua preocupação, mesmo sendo louca as vezes e botar todo mundo pra correr. - impressão.  - é seu pai e seu irmão? - suspirei. - mãe, eu não quero ser essas garotas caretas que perdem a virgindade com 30 anos. - ela riu e sentou do meu lado. - Helo, quem disse que precisa de pressa pra isso? - meu pai e o Arthur afastam todo mundo de mim. - eles querem te proteger, mas eu vou falar com seu pai. - não, deixa...vou descansar, hoje quero dançar muito. - olha lá em. - vcs vão?  - acha mesmo que seu pai deixaria vc ir sozinha?- rolei os olhos a fazendo rir e subi pro meu quarto...tomei um banho, coloquei uma roupa confortável e dormi a tarde toda. ...mais tarde...          Coloquei essa roupa e desci, Arthur levantou o olhar até mim e ficou me fitando sério : - que m***a é essa Heloísa? - ele perguntou e eu mandei dedo pra ele. - não enche. - to falando sério carai, vai colocar uma calça.  - vc não manda em mim.- ele se aproximou e segurou meu rosto me fazendo o olhar. - eu não quero que tu seja essas mina da comunidade que dão pra todo mundo. - se me conhecesse saberia que eu jamais me sujeitaria a isso Arthur. - ele suspirou e me deu um beijo na testa. - eu sei, só me previno...se relarem na minha irmã já sabe.- ele disse e eu rolei os olhos. Arthur tinha esse jeito valentão, mas nem numa arma ele sabia pegar, graças a minha mãe que não pode nem imaginar isso, ela sempre diz que Arthur poderia escolher seu futuro aos 18, mas no fundo o que ela queria era que o único futuro que ele não escolhesse fosse o mesmo do meu pai. Eu e Arthur fomos na frente, chegamos no baile e a música alta já tocava, ele me deu um beijo na bochecha, soltou o "se cuida" de sempre e sumiu no meio da multidão, entrei e sentei no bar super desanimada, na frente dos meus pais eu não bebia. Percebi que alguém sentou do meu lado, olhei e era Rafael sorrindo, pq ele fazia aquilo? Poxa, ele sabia que eu gostava dele e sabia também que eu nunca ia ter ele e ainda vinha dar aquele sorriso e me olhar daquele jeito. Que iludida que eu sou. - ue, não ta com o Arthur? - aquele lá já subiu pro quartinho... - e vc não deveria ta fazendo o mesmo? - não tô afim hoje. - eu ri. - olha só, que novidade. -para, tu sabe que não sou tanto assim... - não sei de nada. - vamo dançar?  - melhor não. - qual foi? Eu não mordo não. mas beija ne, esse é um dos maiores problemas. Suspirei e saí na frente até a pista de dança, comecei a dançar no ritmo da música e Rafael sorriu pra mim acompanhando meu ritmo com as mãos  na minha cintura.
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