Capítulo 3

870 Words
Ele me puxou de leve pra si e nossos olhares se encontraram, que m***a eu tava fazendo? Eu ia me arrepender muito disso. Segurei seu rosto com uma das mãos e ele me beijou, meus olhos automaticamente fecharam e senti minhas pernas ficarem bambas, pq ele me causava todos esses efeitos? Sentia a mão dele passear por toda a extensão do meu corpo e apenas sentia seus lábios nos meus. Quando me dei conta do que eu tava fazendo o empurrei e saí correndo dali, entrei no banheiro e me olhei no espelho: - sua burra. - eu disse pra mim mesma...pq eu tinha que gostar logo daquele i****a? Não podia ser um garoto normal? Que não fosse me fazer chorar a cada minuto. Respirei fundo e quando saí do banheiro dei de cara com ele...fui desviar e ele me puxou. - oq foi aquilo? - aquilo oq? - pq saiu correndo? - pq vc me beijou. - vc quis que eu sei. - sai Rafael. - eu ia sair e ele continuou me segurando pela cintura. - qual o problema da gente ficar p***a? Tem medo do teu irmão? Do teu pai? - não tenho medo de ninguém, eu não quero ficar com vc. - menti. - então aquela paixaozinha de 15 anos ja passou?- ele disse com aquele sorriso i****a nos lábios. - eu te odeio Rafael. - dizem que muito ódio vira amor.  - ta, me deixa ir dançar.  - dança comigo vai. - não.- me soltei dele e saí. Tava tocando a música "Pa Pum", comecei a dançar sensualmente olhando pra Rafael que apenas sorria e me olhava do bar. De repente senti um puxão no meu braço, me virei e era um cara que eu não conhecia. - ta doido? Me solta. - eu disse tentando me soltar e ele tava bêbado.  - da um beijinho..- ele disse se aproximando e eu senti o cheiro forte de álcool, virei o rosto e logo o cara foi puxado de mim de uma forma brusca, quando vejo é Rafael segurando ele pelo pescoço, Arthur aparece do nada do meu lado e me abraça pela cintura me puxando de lá.  - Arthur, separa a briga. - eu disse tentando voltar pra trás, mas ele me puxava pra frente. - esquece isso Helo. - mas...- ele me olhou sério e saímos do baile.  - vamo embora?- ele perguntou e eu suspirei. - não quer ficar mesmo? - não, prefico ficar com vc. - ele disse e eu sorri de lado...de repente Rafael apareceu ali com um olho roxo e sangue no canto da boca, eu coloquei a mão na boca. - Ai meu Deus, Rafa desculpa. - eu disse me aproximando dele. - não foi sua culpa...ce ta bem?- ele perguntou e Arthur apenas nos olhava sério. - to...vem, vamos cuidar desse machucado.- eu disse puxando ele e Arthur, fomos pra nossa casa e eu subi pegar uns curativos, desci e sentei no sofá na frente de Rafael e comecei limpar o sangue da boca. - ta ardendo?- perguntei. - não...vc tem a mão leve.- sorri de lado... - cadê o Arthur? - eu disse olhando em volta e percebendo q ele não tava mais lá.  - acho que ele deve ta querendo me m***r. - pq? - ele viu a gente ficando. E viu que eu te defendi. - hum.- terminei e olhei pra ele. - e esse olho aí?  - o cara ficou bem pior que eu ta?- eu ri e de repente a porta se abriu e meus pais e os pais de Arthur entraram, Tia Bruna estava vermelha de raiva, por ela ser clarinha era fácil perceber isso. - que bonito, batendo nos outros?- Tia Bruna disse furiosa olhando pra nossa direção no sofá e Rafael bufou. - ele tava tentando agarrar a Heloísa. - ele disse e os quatro me olharam dessa vez com uma expressão preocupada. - QUE? QUE CARAI, PQ NÃO ME CHAMARAM?- meu pai disse socando a parede e eu suspirei. - o Rafael só me defendeu...ta tudo bem. - eu disse...mais tarde todos foram embora, subi até o quarto de Arthur, pois ele tava bem estranho e calado, vi a janela aberta e deduzi que ele estivesse no telhado como sempre...e eu acertei, subi até lá e sentei ao seu lado. - ta tudo bem?- perguntei.  - diz vc... - eu to bem. - hum. Que bom. - suspirei e olhei pra ele. - ficou chateado pelo Rafael entrar no meio? - achei que ele fosse meu amigo, mas na primeira oportunidade ele te pegou. - ei, não foi bem assim.  - foi como Heloísa? - ele disse me olhando. - faz muito tempo que eu percebi essa p***a de rolo de vcs. - eu não tenho rolo com o Rafael...foram só...duas ficadas.- ele riu debochado. - tu sabe que ele não presta.  - sei. - fica ligada então. - ele ia sair, mas o chamei. - Thur. - ele olhou.  - hum? - dá um abraço.- ele voltou pra trás, sentou do meu lado de novo e me abraçou forte...suspirei fechando os olhos e sentindo o abraço. Eu confiava demais no Arthur, sabia que ele jamais me deixaria sozinha.
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