Ele me puxou de leve pra si e nossos olhares se encontraram, que m***a eu tava fazendo? Eu ia me arrepender muito disso. Segurei seu rosto com uma das mãos e ele me beijou, meus olhos automaticamente fecharam e senti minhas pernas ficarem bambas, pq ele me causava todos esses efeitos? Sentia a mão dele passear por toda a extensão do meu corpo e apenas sentia seus lábios nos meus.
Quando me dei conta do que eu tava fazendo o empurrei e saí correndo dali, entrei no banheiro e me olhei no espelho:
- sua burra. - eu disse pra mim mesma...pq eu tinha que gostar logo daquele i****a? Não podia ser um garoto normal? Que não fosse me fazer chorar a cada minuto. Respirei fundo e quando saí do banheiro dei de cara com ele...fui desviar e ele me puxou.
- oq foi aquilo?
- aquilo oq?
- pq saiu correndo?
- pq vc me beijou.
- vc quis que eu sei.
- sai Rafael. - eu ia sair e ele continuou me segurando pela cintura.
- qual o problema da gente ficar p***a? Tem medo do teu irmão? Do teu pai?
- não tenho medo de ninguém, eu não quero ficar com vc. - menti.
- então aquela paixaozinha de 15 anos ja passou?- ele disse com aquele sorriso i****a nos lábios.
- eu te odeio Rafael.
- dizem que muito ódio vira amor.
- ta, me deixa ir dançar.
- dança comigo vai.
- não.- me soltei dele e saí.
Tava tocando a música "Pa Pum", comecei a dançar sensualmente olhando pra Rafael que apenas sorria e me olhava do bar. De repente senti um puxão no meu braço, me virei e era um cara que eu não conhecia.
- ta doido? Me solta. - eu disse tentando me soltar e ele tava bêbado.
- da um beijinho..- ele disse se aproximando e eu senti o cheiro forte de álcool, virei o rosto e logo o cara foi puxado de mim de uma forma brusca, quando vejo é Rafael segurando ele pelo pescoço, Arthur aparece do nada do meu lado e me abraça pela cintura me puxando de lá.
- Arthur, separa a briga. - eu disse tentando voltar pra trás, mas ele me puxava pra frente.
- esquece isso Helo.
- mas...- ele me olhou sério e saímos do baile.
- vamo embora?- ele perguntou e eu suspirei.
- não quer ficar mesmo?
- não, prefico ficar com vc. - ele disse e eu sorri de lado...de repente Rafael apareceu ali com um olho roxo e sangue no canto da boca, eu coloquei a mão na boca.
- Ai meu Deus, Rafa desculpa. - eu disse me aproximando dele.
- não foi sua culpa...ce ta bem?- ele perguntou e Arthur apenas nos olhava sério.
- to...vem, vamos cuidar desse machucado.- eu disse puxando ele e Arthur, fomos pra nossa casa e eu subi pegar uns curativos, desci e sentei no sofá na frente de Rafael e comecei limpar o sangue da boca.
- ta ardendo?- perguntei.
- não...vc tem a mão leve.- sorri de lado...
- cadê o Arthur? - eu disse olhando em volta e percebendo q ele não tava mais lá.
- acho que ele deve ta querendo me m***r.
- pq?
- ele viu a gente ficando. E viu que eu te defendi.
- hum.- terminei e olhei pra ele.
- e esse olho aí?
- o cara ficou bem pior que eu ta?- eu ri e de repente a porta se abriu e meus pais e os pais de Arthur entraram, Tia Bruna estava vermelha de raiva, por ela ser clarinha era fácil perceber isso.
- que bonito, batendo nos outros?- Tia Bruna disse furiosa olhando pra nossa direção no sofá e Rafael bufou.
- ele tava tentando agarrar a Heloísa. - ele disse e os quatro me olharam dessa vez com uma expressão preocupada.
- QUE? QUE CARAI, PQ NÃO ME CHAMARAM?- meu pai disse socando a parede e eu suspirei.
- o Rafael só me defendeu...ta tudo bem. - eu disse...mais tarde todos foram embora, subi até o quarto de Arthur, pois ele tava bem estranho e calado, vi a janela aberta e deduzi que ele estivesse no telhado como sempre...e eu acertei, subi até lá e sentei ao seu lado.
- ta tudo bem?- perguntei.
- diz vc...
- eu to bem.
- hum. Que bom. - suspirei e olhei pra ele.
- ficou chateado pelo Rafael entrar no meio?
- achei que ele fosse meu amigo, mas na primeira oportunidade ele te pegou.
- ei, não foi bem assim.
- foi como Heloísa? - ele disse me olhando. - faz muito tempo que eu percebi essa p***a de rolo de vcs.
- eu não tenho rolo com o Rafael...foram só...duas ficadas.- ele riu debochado.
- tu sabe que ele não presta.
- sei.
- fica ligada então. - ele ia sair, mas o chamei.
- Thur. - ele olhou.
- hum?
- dá um abraço.- ele voltou pra trás, sentou do meu lado de novo e me abraçou forte...suspirei fechando os olhos e sentindo o abraço. Eu confiava demais no Arthur, sabia que ele jamais me deixaria sozinha.