Capítulo 3 - Pesquisas Supresas

1202 Words
Boa leitura! Planilhas e mais planilhas. Colunas e textos para serem corrigidos antes de ser entregues. Michelly com sua pequena excursão no prédio comigo não durou mais do que 5 minutos, até porque não estávamos ali para passear. Ao sentar em minha sala o verdadeiro trabalho começa. Graças ao meu cargo não é necessário ver muitas pessoas dentro do ambiente, sinto como se fosse o meu cantinho privado para o serviço. Só é preciso concentrar nos textos em minha frente e analisar os detalhes de cada parágrafo. O que foi se torna um grande aliviou, pois assim evitava o Sr. Poderoso a todo o custo. — Terminou a correção? — Há... Não, mas em menos de 3 minutos estará pronto – Pisco para Michelly o fazendo sorrir – Porém, esta planilha está terminada – Aviso presunçoso. Adentrando a sala ele retira os papéis de minha mão os analisando. — Serviço rápido, é isso ai garota – Batendo nossas mãos num cumprimento desengonçado acabo por rir – Quando terminar envie a correção para o Sr. Williams. Quem? — A sala dele fica a duas adiante depois da minha, tudo bem? Concordando sorrio o observando sair da sala. Hesitante meus olhos pousam sobre o relógio em meu pulso, indicando que faltava 1 hora para o horário de almoço. Tudo bem... É só não pensar nisso. Talvez ele tenha esquecido, né? É talvez ele tenha esquecido. Terminando a correção do artigo olho mais um vez para o relógio que indica 15 minutos para o almoço. Sem tempo a perder, me levanto recolhendo as correções saindo apressadamente da sala fechando a porta. Seguindo a direção que Michelly- me orientou paro em frente à porta de vidro escura dando três batidas de leve anunciando minha presença. — Entre. Deve ser a Srta. Martin – Se erguendo da cadeira estendendo a mão encaro o homem em minha frente. Seus cabelos são pretos lisos bem cortados, os olhos azuis cintilantes, seu porte físico sem comparações. Realmente era um belo homem. — Só Niki, por favor – O cumprimento o vendo sorrir sentindo minhas bochechas coradas – Há... Aqui a correção da coluna. — Está ótima - Ele diz examinando as folhas rapidamente – Nada m*l para um primeiro dia não é? – Questiona casual – Está gostando do emprego? — Há sim, claro. É ótimo trabalhar num cargo que sempre quis – Sorrio respondendo sincera – Bom, se está tudo certo vou indo. — Foi um prazer te conhecer, Eli. Retribuindo o sorriso simpático em despedida saio do cômodo dando de cara com Christopher em minha frente. Automaticamente recuo com a aproximação surpresa. — Está pronta? — O que? – Respondo confusa. — Vamos. Santos está nos esperando. O almoço... Dando espaço para passar sigo na frente indo direto para o elevador. Esperando por sua presença, aperto o botão para descer cruzando meus braços. — Está brava senhorita Martin? Estou! Estou muito! Quem o senhor pensa para mandar em mim deste jeito?! — Não – Sorrio de lado sem o encarar escutando sua risada – Porque esta rindo? — Senhorita Martin és uma péssima mentirosa. Merda. De repente, o elevador se abre e o vejo passar em minha frente sorrindo. O fato dele ser meu chefe não lhe dá o direito de mandar em mim desta forma, certo? Bufo o seguindo para fora do prédio vendo o R8 na frente estacionado. — Sr. Bittencourt. — Para o Mario’s Restaurant – Assentindo Christopher abre a porta para mim e sorrio para Thiago . — Niki – Ele acena com a cabeça num comprimento simples. — Olá Thiago. Entro no carro com Bittencourt me olhando franzindo sua testa, adentrando o veículo. Afundando sobre o estofado do banco, olho a paisagem passar conforme a velocidade do carro. — O que a está deixando inquieta hoje? A linha de seus lábios está ríspida, prestando atenção em cada movimento me deixando outra vez desconcertada. — Você – Respondo baixinho sem pensar direito. — Eu? Seja mais especifica senhorita Martin. — O Senhor me intimida e detesto isso – O vejo mordendo os lábios tentando conter o sorriso convincente. — Isso é normal acostume-se a este ponto meu. O carro é estacionado saio do veículo vendo o estabelecimento. Diferente de ontem o ambiente do restaurante era mais despojado sem muitos padrões de sofisticação, porém não deixava te ter um charme excepcional. As mesas forradas com toalhas vermelhas, às paredes eram de um verde claro, os estofamentos nos sofás eram pretos que se destacava mais. Sento-me a cadeira olhando o lugar, na parede direita havia alguns quadros provavelmente barrocos. — Me diga um pouco sobre você. Por quê? — Bem Vindos senhores, já sabem o que vão pedir? Pego o cardápio vendo que se tratava de um restaurante italiano, ou seja... — Pizza – Digo rapidamente antes do intolerante Sr. Bittencourt falar por mim – Pepperoni por favor, e um suco de laranja. Fecho o menu entregando para a garçonete que nem sequer me olhava. — Espero que tenha anotado – Não contenho minha voz ríspida a fazendo me olhar anotando rapidamente no bloquinho em sua mão. Sorrio falso olhando instintivamente para Christopher que prestava atenção em meus movimentos sorrindo de leve negando. — Gnocchi e uma taça de vinho seco – Sorrindo alegremente a garçonete anota tudo saindo – Estou esperando – Complementa me encarando. — Não há nada de interessante para saber Sr. Bittencourt . — Duvido bastante Senhorita Martin. — Hã... Okay... Eu vim de Cheshire Inglaterra, estudei minha vida toda lá... hã... — Me fale sobre seus pais. — Não sei dizer – Paro por um momento desviando meu olhar para a toalha na mesa – Eles morreram quando era pequena num acidente de carro, não me lembro deles direito. — Sinto muito. — Não sente não – Sorrio negando suspirando pesado e nosso pedido chega. — Por que não? — Quando as pessoas dizem isso é porque não tem a menor noção do que dizer depois, ai como uma espécie de consolo momentâneo dizem que sente muito. — Você me deixa curioso senhorita Martin. O que? — Namorado? — Não. Caramba isso não pode ficar mais constrangedor que agora. Bebo um gole do suco pegando a primeira fatia de pizza cortando comendo em silêncio. — E você? – A pergunta é solta involuntariamente. — Não sou um homem de relacionamentos fixos, isto ocuparia muito do meu tempo. E acredito que a senhorita também não seja. — Como ousa dizer isso? — Pesquisei sobre você e vi que também nunca foi uma mulher de comprometimentos de longos anos, no máximo foi três meses com um cara chamado Adrian. — Pesquisou sobre minha vida e meus relacionamentos? Que merda era aquela?! — Sim, fiz isso ontem à noite – Ele diz naturalmente como se não fosse nada demais me fazendo explodir em fúria internamente – Termine seu almoço temos que voltar para a empresa. Respiro fundo controlando minha língua bebendo o resto do suco. Final de semana ele vai embora... Final de semana ele vai embora... Repito essas palavras sem parar para meu consciente voltando para a empresa. Passando o resto de minha tarde em minha sala, ocupando minha cabeça com o serviço.
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