Capítulo 48: O dia que descobri a verdade. POV. Analice.

1438 Words
Eu sempre fui apaixonada pelo meu irmão Breno. Irmão não, Breno o homem da minha vida! Desde muito nova, sempre tive um carinho um tanto especial, mas acreditava ser por achar Breno o irmão mais bonito, que muitas vezes parava o que estava fazendo para brincar comigo, enquanto Pedro, era o oposto mas sempre o amei também só que de uma forma diferente. E foi através desses sentimentos que percebi, que o amor que sentia por Breno, era diferente do que sinto por meu irmão do meio. Nunca pude imaginar que esse sentimento seria mais forte do que tudo o que já senti. Quando, em uma das conversas que tive com minha melhor amiga Karen, percebi que aquele sentimento que tanto mexia comigo, era amor. Amor esse de homem e mulher do qual, desesperadamente, tentei aplacar em meu coração quando aos 15 anos, no meu aniversário, beijei o garoto mais popular da escola e coincidentemente, tinha os olhos idênticos aos do homem que me era proibido. Sim, pensava que éramos irmãos e estava cometendo um ato pecaminoso. Tão pecaminoso, que cogitei a hipótese de me tornar freira. Naquela noite, por mais que aquele sentimento crescia catastroficamente dentro de mim desde os meus 13 anos quando descobri que o meu sentimento era de uma mulher para um homem, tentei levar adiante após meu primeiro beijo aos 15 anos, uma relação com o filho do prefeito na época. Seu nome era Duncan, e por mais que fosse carinhoso e me desse todo amor e atenção do mundo, não era o meu Breno. Empurrava com a barriga aquela relação e afinal, o meu namorado não tinha culpa do que carregava no mais profundo do meu coração pelo meu irmão, até decidir que com ele, entregaria minha inocência. Por mais que fossemos dois inexperientes no assunto, foi até legal, mesmo que não fosse ele quem eu queria ali tomando-me em seus braços e sugando cada parte do meu corpo e reivindicando como seu. Foi doloroso mais no final prazeroso até, tanto que fechei os olhos imaginando ser Breno me possuindo para conseguir relaxar. Depois do ato, ainda continuamos namorando, mas depois daquele dia, eram raros os momentos que transávamos até que um dia, decidida a terminar, encontrei Duncan com a sua prima no seu quarto e por mais que aquilo pudesse ser um baque se caso eu estivesse completamente apaixonada, foi como um alívio até meio estranho a sensação. Um fardo retirado dos meus ombros. Claro, que fui uma ótima atriz. O seu pai, que sempre pregou tanto a moral e bons costumes e o seu lema de campanha política era a família, foi um choque não só para os seus pais, mas para seus eleitores que ficaram desapontados com o prefeito que não conseguia manter o respeito dentro do seio familiar, não conseguiria por muito tempo manter a prefeitura em ordem, resultando em despachar a prima para um colégio de freiras e Duncan para um colégio interno na Suíça. Os meus ex-sogros, se mudaram de cidade e com o conhecimento do que aconteceu naquela família esquecido, conseguiu se tornar o prefeito da cidade em que moravam e nunca mais ouvimos falar deles. Mas, não podia julgar meu digníssimo ex-namorado por sua canalhice se nem eu mesma fui sincera com ele em meus sentimentos e fora, que me sentia suja por amar alguém que acreditava ter o mesmo sangue até os meus 18 anos quando ouvi uma conversa dos meus pais no escritório após voltar de uma das festas que acompanhava meu irmão Pedro ficando com mais um garoto aleatório para sucumbir minha dor do amor não correspondido e proibido. Flashback ON Havia acabado de chegar quando ao colocar a mão no corrimão e pisar no primeiro degrau da escada que dava ao andar de cima, ouço vozes alteradas vindo do escritório em que a luz estava acesa e a porta entreaberta com uma fresta de luz vindo para fora. Suspirando profundamente, resolvo ir até onde eles estão para cumprimenta-los e tentar intervir nos ânimos exaltados dos dois, quando ouço meu pai alterado. - Você não acha que está dando poder demais para o Breno querida? – Harold a questionava com raiva. - Não. Eu não acho! Não depois de tudo o que aconteceu naquela época. Ou você acha que eu não sei o que fez e que Breno não é o nosso filho adotado de um orfanato! – Responde indiferente. - Eu não sei do que está falando Darla. – Desconversa. Mentalmente me pergunto o que seria, mas o que ouço a seguir, muda tudo o que tentava encontrar respostas. - Não se faça de sonso Harold. Eu sei que Breno não tem seu sangue e tão pouco foi pego naquele orfanato e mesmo assim, vou dar e ele a presidência da nossa empresa, não só para reparar um erro seu do passado, mas porque, mesmo não tendo meu sangue, ele tem o mesmo espirito de liderança que o meu pai. Além do mais, ele é nosso filho. Não será um sangue que me dirá o contrário. - Mas Darla... - Nada de mais Harold! Pedro mesmo tendo nosso sangue, tem se tornado alguém que sinceramente, não sinto segurança em deixa-lo a frente dos negócios e além do mais, assunto encerrado. Não estou pedindo sua autorização e sim comunicando. Estava chocada com aquela revelação. Meu coração parecia que sairia da boca de tão acelerado que estava. Perdida em meus pensamentos e um alívio tão grande por saber que Breno não é meu irmão, pelo menos não temos o elo sanguíneo que nos une ser tão reconfortante, que ao ouvir passos indo em direção a porta, corri para um lado do pequeno corredor me escondendo entre a escuridão daquele espaço para não ser vista. Flashback OFF Depois desse dia, deixei os sentimentos aflorarem. Deixei que Breno percebesse o que sentia e quem sabe assim, me olhasse com os mesmos olhos dos quais o olhava, mas parecia nada adiantar. Até um dia que, acreditando que ninguém havia notado, meu pai percebeu. E foi aí, que ele me propôs ao saber dos meus sentimentos, casar com Breno me tornando sua eternamente. Claro que não pensei duas vezes ao aceitar, afinal, como ele disse, os negócios estariam em família e não pararia nas mãos de qualquer golpista. E o que via em Breno não ter ninguém e nem se apaixonar por nenhuma mulher, claro, que deveria ter suas aventuras assim como meu irmão Pedro, do qual hoje tenho pena, já que não soube dar valor a mulher que tinha em mãos, e não conseguiu seguir adiante, fiquei feliz em saber que o meu lindo, se apaixonará por mim logo. Mas, até hoje no tal desfile, que mesmo percebendo Breno estranho nos últimos 2 anos e alguns dias atrás, falando muito ao telefone e por mensagens com um certo brilho que me incomoda nos olhos pois, sinto ser paixão por alguma biscate e algo me diz, pelo que vi hoje, ser ela. A tal Madame C. então, não os vendo aqui no coquetel, resolvi dar uma volta quem sabe os encontrando e descobrindo se ela é uma rival ou não. Sem que percebam, sigo por um corredor que dá a um pátio com uma fonte linda e de repente, escuto um barulho seguido de risos e gemidos abafados. Tentando não fazer barulho com meus saltos, me aproximo a uma luz que ilumina o chão parecendo ser uma janela. Cada passo que dou, meu coração se aperta. O medo me assola, mas preciso saber e entender porque Breno não me nota, não me corresponde ao amor que tenho para dar. Antes que pudesse alcançar aquela luz, sinto mãos segurando minha cintura e tampando minha boca. Me debato tentando me soltar, mas é em vão até que sinto uma parede de músculos tocando minhas costas e em seguida, nossos corpos batendo parecendo ser uma parede. - Ai! Não quero te machucar. Vou te soltar, se você não gritar. Promete? Seu hálito quente chocando em minha pele causando uma sensação estranha. Apenas balanço a cabeça confirmando, quando suas mãos afrouxam. Me viro lentamente e quando ameaço correr, sua mão segura meu pulso me fazendo congelar. - Espera Analice. Sou eu! Não é possível! Eu conheço essa voz e tudo o que eu queria, era que fosse Breno o amor da minha vida e que sim, farei de tudo para tê-lo ao meu lado! Continua... Bom, do posso dizer que vocês ficarão cóm um certo ranço da Analice, mas ela não será a vilã da estória e nem pretendo deixá-la ser. Mas, por enquanto, ela dará uma certa raivinha. 😘

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