Longe dali na delegacia, uma certa mulher estava dando dor de cabeça aos policiais.
- Me tirem daqui seus idiotas! Eu sou inocente! Eu sou Olívia Beneton! Vocês tinham que beijar meus pés seus imbecis! Ei! – Esbraveja.
Parecendo querer arrancar os cabelos, o delegado soca a mesa com raiva após apertar os fios grossos da sua cabeça com fúria. Irritado, chama alguns dos seus homens para fazer aquela mulher se calar. Hoje, a delegacia por uma mera coincidência, estava calma. Não haviam feito muitas diligências e com isso, os gritos estridentes de Olívia estava o deixando louco.
- Bronks, cala a boca daquela mulher. Que voz irritante ela tem! Já estou até com dor de cabeça e se ela continuar a gritar daquele jeito, vou leva-la na muralha.
Sua cara fechada, fazia o delegado mostrar o quanto está irritado. O policial Bronks um homem de pele branca, cabelos castanhos, olhos amêndoas de 1,89m e corpo robusto, tinha uma cicatriz grande na bochecha o deixando com a cara de mau. Quem sabe assim, Olívia não se intimidava e finalmente ficava quieta ou então ia para a muralha como o delegado ordenou.
A muralha que ele insinuou para o seu colega de delegacia, é um local escuro, praticamente um corredor com alguns bichos peçonhentos tipo roedores e baratas, ao qual fazem uma certa tortura psicológica em seus detentos além ser usar alguns instrumentos para fazê-los confessar.
O delegado sabia bem que aquela mulher independente do seu sobrenome de peso que ultimamente não era tão amedrontador assim, havia mexido com gente mais poderosa que os Beneton, mas não importava sobrenome e nem status para o mesmo, já que um dos seguranças que havia a levado para a delegacia, recebeu os vídeos do evento em que a loira cometeu delitos dos quais, agora restava ser formalizada a denúncia pela até então Madame C.
Enquanto isso na cela, Olívia estava vermelha e rouca de tanto gritar. Mesmo com um tapa desferido em seu rosto por uma presa que estava na mesma cela que ela, não a fez se calar por muito tempo quando Bronks apareceu.
- Aí patricinha. Cala a p***a da boca senão você verá o que é gritar e não será de quem está sendo injustiçada não. – A encara sério com um olhar intimidador.
Sentindo verdade nas suas palavras, Olívia engoliu em seco e relaxou seus ombros tristemente. Estava com medo e ao mesmo tempo sentia que não sairia dali tão cedo. Mas, o olhou de volta e o indagou entre os dentes com o resto de coragem que ainda existia.
- Se eu não calar, vocês farão o quê comigo? – Correu até a grade segurando nas barras com raiva.
A mulher que havia lhe dado um tapa para calar a sua boca, riu olhando para a frente onde havia mais duas mulheres presas por dirigirem embriagadas e todas já estavam acostumadas a passarem por ali antes, já que não era a primeira vez que eram presas e riram em desdém.
Olívia irritada, olhou entre elas e o policial que se aproximou rindo sem entender porque uma simples pergunta poderia desencadear algo engraçado.
Bronks, dá mais um passo na sua direção tendo somente a grade os separando e murmura para que a loira entenda.
- Como a patricinha com certeza não está acostumada com lugares digamos... (pausa, molha os lábios a mirando cima a baixo e continua). – exóticos, não vai querer ir para a muralha onde o delgado fará ficar quietinha, com roedores e sem língua. – Se afasta a vendo assustada levando as mãos a boca com medo e Bronks gargalha.
Girou os calcanhares e voltou para a recepção parecendo que havia conseguido que Olívia se calasse para alegria de todos e suspirou aliviado com a paz que parecia voltar a reinar. A mesma estava amedrontada imaginando-se sem língua e num lugar cheio de ratos para a sua infelicidade. Deitou-se na cama de cimento com um fino colchão e abraçou as pernas esperando o que será dela.
Enquanto isso no evento, Analice estava incomodada com o jeito que Breno olhava para Madame C e a mesma o correspondendo parecendo flertar sem se importar com mais ninguém. O maxilar trincado e os punhos cerrados com as unhas cravando em suas palmas e os olhos marejados, com o ódio percorrendo por seu corpo quando seu pai, Harold, com uma mão em seu ombro, deu um leve aperto a tirando dos seus devaneios.
Olhando-o de soslaio, percebendo que era o seu pai, sorriu triste relaxando seu corpo.
- Filha, o que foi minha princesa para estar assim? – Sorriu tenro.
- Papai, o senhor prometeu e agora ele está ali, todo derretidinho por aquela tal estilista. Olha lá! – Acena de cabeça apontado na sua direção tendo seu pai desviando seus olhos para a direção em que Breno estava trocando olhares e sorrisos furtivos com Chloe.
- Relaxa minha princesa. Eu já prometi. Vocês ficarão juntos já que não são irmãos. A Armstrong Co. para continuar na família e ele mantendo seu cargo de CEO terão que se casar. – Sorri tranquilizando-a.
- Verdade papai? – O indaga esperançosa.
Segurando em seus ombros, Harold a vira para si e olhando para aqueles olhos verdes feito esmeraldas com ternura, assente.
- Claro minha princesa! Nunca poderia negar esse presente para você que é como eu.
- Obrigada papai! – Abraçou-o emocionada.
- Aí estão vocês! – Darla se aproxima de pai e filha que se desfazem do abraço a olhando com uma taça de champanhe na mão.
- Minha querida, estava aqui com a nossa princesa. – Harold responde gentil.
Arqueando a sobrancelha indiferente, os olha e dá de ombros dando um gole da sua bebida. Suspirou pesadamente e lançou um olhar enigmático forçando um sorriso.
Darla nunca mais foi a mesma quando se tornou depressiva. Sempre tenta suprir sua dor durante esses anos em viagens, compras e Harold como sempre, pela culpa do que lhe ocorreu no passado e pela mesma o jogar na cara todo o sofrimento que por anos vem guardando em seu coração faz todas as suas vontades. Tanto que, divorciar nunca esteve em seus pensamentos, já que prefere manter as aparências para a sociedade do que ser mais uma com um casamento fracassado.
Forçou um sorriso diante da filha que acredita que os pais tem um casamento lindo e m*l imagina a sujeira que há por debaixo o tapete da família Armstrong. E mesmo que Harold negue veemente a sua esposa que não sente nada por Lana, aquela que cometeu tamanha monstruosidade, sabe bem que o marido a procura por onde quer que vão. A mulher é sua obsessão e sabe que quando a encontra-la tentará contra a mesma, como fez anos atrás.
- Querido, venha comigo para me comprar um vestido novo. Amei um que ficará ótimo naquele jantar de aniversário dos 60 anos da Armstrong Co. – Segurando em seu braço, o arrastou para se afastarem da filha.
Sorrindo, Harold acenou pedindo licença e Analice sorriu largamente vendo a felicidade em seus pais m*l imaginando que tudo não passava de uma encenação, pelo menos por sua mãe.
Os olhos voltaram-se para onde Breno estava e o mesmo já não estava mais lá. Percorrendo ao redor, viu Liam conversando animadamente com a modelo Ellen, algumas pessoas rindo e bebendo, até mesmo Pedro estava ali conversando com algumas pessoas e parecia irritado com algo, mas não estava vendo mais o moreno e nem mesmo Madame C.
Respirou fundo sentindo novamente a irritação aflorar em seu peito.
- Onde aqueles dois estão? – Pensou nervosa.
Um garçom que se aproximava com bebidas, Analice pegou uma taça de champanhe e bebeu em um só gole e logo pegou outro, para novamente bebericar, mas dessa vez foi comedida enquanto circulava pelo local à procura dos dois que estavam segundos atrás flertando e agora nem sinal.
Continua...
Pelo visto Analice sabe bem que Breno não é seu irmão. E Harold como sempre, tentando se beneficiar dos outros.
Quem suspeitava que a mulher do passado sujo de Harold Armstrong era a Lana, acertou! Chloe está indo pelo caminho certo nas suas suspeitas.