Capítulo 66: O tempo passa... parte 2

1297 Words
A mente de Pedro viajou naquela nova sensação e parecia que seu corpo já não o obedecia mais. Os dois compartilharam das mesmas mulheres e mesmo que dormisse com elas, era o rosto angelical de Clara que surgia na sua mente materializado no rosto daquelas que só estavam ali pelas drogas e dinheiro, lhe dava um gás a mais para se satisfazer pensando ser ela. Longe dali, a caminho da sua casa, Penélope praguejava sozinha perdida em seus pensamentos enquanto dirigia o carro que era dela e do marido. O único bem que tinham no nome do casal. Mas isso, seria uma surpresa no divórcio. Agora a sua ficha caiu pela merda que fez no auge da sua loucura. Chorava e ria, batia no volante e o apertava ao mesmo tempo, até que parou no estacionamento de um bar m*l frequentado. - Burra! É isso que você é. Como pôde fazer isso e jogar tudo fora dessa forma! – As lágrimas desciam por seu rosto e ao mesmo tempo, começou a gargalhar ao ver seu reflexo no espelho retrovisor do carro. Limpou suas lágrimas com raiva usando suas mãos e ajeitou os cabelos com ódio. – E quer saber... – Dá de ombros. – Foi uma libertação botar tudo para fora e até aquela ingrata me virou as costas! Mas isso não ficará assim. – Seus olhos se estreitaram escurecendo pela raiva que crescia em seu peito. Até que uma batida no vidro, a tira do seu surto, dando um pulo no banco se assustando. Olhou na direção da sua porta e lá estava uma mulher estranha aparentando ser uma moradora de rua por estar suja e descabelada. Penélope fez uma careta enojada e ao olhar ao redor sem sair do carro, se deparou com a frente de um lugar esquisito que não se lembrava como veio parar ali. Forçou um sorriso e acenou sem ao menos abrir a janela, até que gritou ao perceber a mulher tentando abrir a porta, ligou o carro e saiu sem olhar para trás. Quando virou na primeira esquina sob os gritos da mulher que ficaram mais distantes com algo que não conseguia ouvir, sorriu olhando pelo retrovisor aliviada, mas ao olhar a sua frente na rua que dirigia, franziu o cenho vendo uma blitz policial. Bufou revirando os olhos. - Que droga! Só me faltava essa agora para me atrasar a chegar na minha casa e pegar minhas joias e largar aquilo tudo que como burra que fui, perdi. Mas ainda tem o divórcio e poderei sair com muito dinheiro ainda. – Pensa maliciosa. Parando no acostamento conforme ordenado, Penélope foi abordada por um policial afrodescendente, alto, forte com uma tatuagem que saía por fora da sua camisa deixando seu pescoço evidente de que parecia ser um tribal. Com seus óculos escuros espelhados tipo aviador, se aproximou batendo no vidro da sua janela. - Olá senhor policial! – O cumprimenta quando abre o vidro apertando o botão dando um leve sorriso. Por mais que fosse desagradável e em alguns momentos preconceituosa, não podia desrespeitá-lo. sua voz grossa e potente ressoa. - Documentos e documentos do veículo senhora! - Claro! – Sorri gentilmente se inclinando ao porta-luvas e pegando o documento do carro e em seguida, na sua bolsa sobre o banco do carona e o entregou. O homem, que olhava aquele documento, retirou seus óculos a encarando com um olhar estranho e sorriso indiferente. - Senhora Penélope Mitch, queira descer por favor! – Destravou a porta colocando sua grande mão no botão e em seguida, abriu a mesma dando passagem para que Penélope saísse. A mesma, estava confusa com aquilo e contestou. - Mas... o que significa isso senhor... – Nem conseguiu completar com um homem chegando por trás e injetando algo em seu pescoço, a fazendo desmaiar. - O que fazemos com ela Vit? – O homem que a segurava nos braços o indaga. Colocando os óculos escuros preso no seu uniforme, sorri maleficamente olhando aquela mulher desacordada e em seguida, o belo carro que estava a sua frente. - Levem ela para junto das outras. Pelo visto, esse daqui vai dar um bom dinheiro no desmanche. E ela... – Coça o queixo pensativo e sorri desdenhoso a encarando. – Pelo jeito de rica, vai divertir bem os clientes mais sádicos. O homem sorri e assente a pegando em seus braços. Deu meia volta e voltou para uma van preta estacionada numa viela. De volta ao apartamento das meninas, Ellen, ficou assustada com o jeito que Lana ficou ao se deparar com Breno que correu para chamar sua chefe, que ao saber o que havia acontecido, Chloe tinha a certeza de que o seu namorado era o filho que pensava ter morrido no acidente com seu marido. Assim como ela, as meninas, seu pai e Steven correram até a sala e Lana estava sendo levada ao sofá da sala, sendo acomodada delicadamente por Breno. Quando ameaçou se levantar, após deixa-la sentada no sofá, Lana segurou seu pulso o impedindo de se afastar. Breno sorri tenro se sentando ao seu lado. Por mais que aquilo tudo fosse estranho aos seus olhos, seu coração sentia algo que nem ele sabia explicar. Já Lana, não queria que o rapaz se afastasse, com medo de ser apenas uma ilusão que a mente lhe pregava ou que fosse um sonho que despertasse a qualquer momento. Chloe se aproximou, já que somente ela e Dom quem sabiam da possiblidade de serem mãe e filho, enquanto os outros se entreolhavam sem entender porque aquela senhora, estava tão agarrada à Breno não o deixando se sair de perto dela. Parando frente aos dois que se olhavam com ternura, Chloe se sentou na ponta da mesinha de centro e com as mãos frias e trêmulas pela emoção e constatar o óbvio sem mesmo ter uma investigação completa sobre a vida daquela senhora, colocou cada uma delas sobre a perna deles que desviaram seus olhos marejados encontrando um mar azul os encarando com um sorriso que chegava aos olhos. - Vejo que se conheceram. – Os dois se entreolham e voltam a olha-la com atenção. – Essa é Lana mais que uma cozinheira e podia arriscar até a governanta da casa, mas sim uma amiga. – Disse encarando Breno que franziu o cenho não entendendo nada. – E esse é o meu namorado Breno. Breno Armstrong o filho mais velho da família Armstrong. – Apresentou-os agora olhando para Lana que empalideceu quando ouviu aquele sobrenome. - Arms-trong? – Gagueja aquele sobrenome que tanto lhe fez m*l. Chloe apenas acenou de cabeça, sendo o tempo suficiente para Lana desmaiar no sofá sentindo o coração se apertar no peito. Parecia que ela havia percebido o mesmo que Chloe e Dominique constatando que seu filho nunca havia morrido. Ali, mesmo se entregou a escuridão pela forte emoção recebida. Assustado, Breno olhou para a namorada desesperado agora, voltando sua atenção para a senhora que estava gelada e o rosto pálido. - Meu Deus! O que aconteceu? Senhora! Senhora! Amor, o que foi que houve? Chloe estava estática. Ali, se confirmava que Lana era a mulher que sofreu nas mãos daquela família e que seu filho era o amor da sua vida! De repente, alguém se aproximou com um frasco de álcool levando as narinas de Lana para despertá-la. Vendo a cena se desenrolar, correu até a cozinha e no armário de limpeza se abaixou, encontrando aquele vidro atrás de alguns produtos e esfregões. Correu até eles e se abaixou. Assim que perceberam a cor retomando seu rosto e lentamente o abrir de olhos, Lana os encarou atordoada. - Onde estou? – Todos sorriam aliviados a olhando, enquanto Lana ainda se recuperava do susto. Continua... Pelo visto Penélope terá o fim que todos esperam!
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