Os dias foram se passando, com o numero de karina em mãos, Don passou a mandar frequentemente mensagens, de início ela relutava um pouco em respondê-lo, mais foi caindo nos encantos do belo moço e depois de mais de um mês de mensagens trocadas, ela enfim aceitou sair com ele.
— tu vai mesmo sair com a tal advogada? — questionou Diego.
— vou.
— o que tu tem na cabeça?
— não tem nada demais.
— imagina se na primeira dr ela decidi te caboetar?
— ela vai fazer isso não, Karina é diferente.
— e tu é gado.
— se f0der otari0, não enche o saco.
— depois não diz que não avisei. — Diego pegou o maço de cigarro que estava sob o sofá em seguida saiu.
Em sua casa, Karina estava a se arrumar, em seu guarda roupas ela buscou a roupa perfeita, foi então que lembrou de um vestido que sua irmã tinha, e como as duas não tinha bobagens em usar as roupas uma da outra, decidiu pegar o vestido com a irmã.
— mana, me empresta aquele seu vestido preto, aquele do decote bonito.
— vai sair?
— sim, com um gato.
— quem é?
— vou te mostrar. — Karina pegou seu celular, então colocou uma foto que Don havia tirado sem camisa e enviado para ela. — olha só.
— realmente muito...pera, esse não é o traficante que você tirou da cadeia, o tal Ruan?
— sim.
— Karina, não acredito que você continuou conversando com ele, mesmo depois de ter lhe dito que não era uma boa ideia. — disse karol irritada.
— Karol, ele foi inocentado por falta de provas, já te expliquei isso uma vez.
— explicou, mas continuo sem acreditar que ele seja inocente. — aquele assunto já havia gerado discussão a uns dias atrás, quando karol descobriu que Karina estava a conversar com ele, apesar de serem fisicamente iguais, elas eram muito diferentes, Karina era de se entregar a sentimentos e não era tão racional em relação a eles quanto era no trabalho, já karol era muito cuidadosa com seus sentimentos, não os entregava facilmente a ninguém e se preocupava que Don pudesse magoar os sentimentos de sua irmã ou até colocá-la em perigo.
— já deu karol, isso vai acabar em discussão de novo, você vai me emprestar o vestido ou não?
— esta no guarda roupas. — Karina foi até o guarda roupas, ao encontrar o vestido, o pegou e caminhou em direção a porta. — Karina.
— fala.
— talvez você ache que sou mandona, mas apenas me preocupe com você, só temos uma a outra, não quero que nada de m@l lhe aconteça.
— eu sei minha irmã, eu te amo. — Karina se aproximou, então deu um abraço apertado em karol.
— se cuida tá e não volta de madrugada que amanhã você tem uma audiência às nove. — lembrou karol.
— prometo, não vai trabalhar hoje?
— não, hoje estou de folga.
Após Karina sair, sem nada para fazer, Karol foi para a sala, escolheu um filme e quando ia sentar para assistir, escutou a campainha tocar, ela até se animou pensando que Karina havia desistido, mas lembrou que ela tinha a chave, então não iria tocar a campainha, sem muito ânimo ela foi até a porta e a abriu.
— ah, é você. — disse ela ao ver Eduardo em frente a porta.
— por que não pode me receber com um sorriso no rosto e um abraço, assim como sua irmã?
— alguém tem que ser a sensata da história.
— cadê a Karina? — perguntou ele já entrando e sentando no sofá.
— não dei permissão pra você entrar.
— se não me tratar bem, não vou pagar sua pizza.
— eu não pedi nenhuma pizza.
— mas eu pedi, sua favorita.
— pera, você pediu pizza no meu endereço?
— sim, não fica irritada, vim aqui pra gente conversar sobre a Karina, cadê ela?
— saiu com outro bandidinho.
— eu falei pra ela não sair com aquele cara.
— você conhece ele? — perguntou Karol, que rapidamente sentou ao lado dele no sofá.
— não, mas já ouvi falar muita coisa dele, não é boa pessoa, eu tentei convencer a Karina a não sair com ele, mas ela é cabeça dura.
— também tentei, mas ela não me escutou.
— bom, ele tem fama de mulherengo, talvez só queira levar ela pra cama.
— onde que isso é bom Eduardo?
— prefere que ela tenha uma noite de sexo ou que ela vire mulher de bandido?
— é...definitivamente a primeira é a menos pior.
— eu vou conversar com ela de novo. — disse Eduardo, então escutou a campainha tocar. — deve ser a pizza. — Eduardo foi até a porta, então a abriu vendo o entregador, era um jovem que não aparentava ter mais que dezoito anos, o rapaz tirou a pizza e a entregou a Eduardo, no bolso ele pegou a carteira, tirou uma nota de duzentos reais e entregou a ele. — fica com o troco.
— obrigado moço. — disse o rapaz de forma alegre, em seguida Eduardo fechou a porta.
— cheio da grana, quero nem imaginar como consegue esse dinheiro.
— sou garoto de programa, pagaria por mim?
— definitivamente não, não quero nem de graça, quem dirá pagando.— disse ela o fazendo rir. — isso é sério?
— definitivamente não. — Eduardo colocou a caixa sob a pequena mesa que havia em frente ao sofá e karol logo a abriu.
— realmente é a minha favorita, como sabia?
— Karina me falou uma vez, da o play nesse filme aí. — Karol revirou os olhos, então deu play no filme.
Se aproximava o fim do filme, os dois em silêncio, atentos as cenas, foi então que Eduardo quebrou o silêncio com uma de suas brincadeiras bobas.
— então, o filme já está acabando, quando a gente vai começar a se pegar?
— eu não gosto de bandido, e se quiser terminar de ver o filme, fica caladinho ok. — ele riu, então pegou a última fatia de pizza que restava na caixa. — quando o filme acabou, Eduardo foi embora, Karol desligou a TV e decidiu ir para seu quarto dormir, ela até pensou em esperar Karina chegar, mas não estava afim de ver sua irmã falar do encontro com Don.