tortura

1373 Words
Na manhã do dia seguinte, ocorreu o velório, karol chegou a passar m*l ao ver sua irmã ser colocada no túmulo, por sorte, Eduardo estava todo tempo a ampara-la. De volta a sua casa, ela foi para o quarto tomou novamente um calmante e deitou, ele estava preocupado com aquela situação então decidiu ficar por ali, caso ela precisasse de apoio. Passava das duas da tarde, Jeff e Diego estavam no quarto de Don, ele permanecia dormindo, o que estava a preocupar eles. — será que entrou em coma? — questionou Diego. — sei lá, mas acho que demos comprimidos demais a ele. — Don começou a dar sinais de que acordaria, então, eles se puseram de prontidão ali no quarto, quando enfim acordou, estava desnorteado e aos poucos as lembranças lhe vieram a mente. — que horas são? — ele questionou. — quase três da tarde. — respondeu Jeff. — não, eu precisava ir no velório da Karina, por que fizeram isso? — ele perguntou já se irritando. — era necessário, você pegou uma pistola, estava fora de si, o que ia fazer? Chegar lá e atirar contra a família dela, eu sei que ela devia amar a família, você só iria causar mais dor a eles e a si mesmo. — eles tem razão de não me quererem por perto, foi tudo culpa minha, se ela não tivesse vindo aqui... estaria bem, estaria viva. — Don não gostava que Karina fosse a favela, muito menos que andasse sozinha por ali, ele sempre a alertava que era um lugar perigoso, mas ela, como karol e Eduardo diziam, era cabeça dura. Don ficou recluso em si mesmo, não falava nada, apenas olhava para um canto qualquer do quarto, seus amigos, apesar de preocupados, o deixaram sozinho, ele precisava de um tempo para colocar a cabeça no lugar. No sofá da sala estavam sentados Jeff e Diego, quando alguém bateu na porta, Diego foi até a mesma e a abriu se dando conta de que era um dos aliados. — o que rolou? — e chefe? — no quarto. — descobrimos quem matou a madame namorada dele. — quem foi o filho da put@? — Mauro um traficantes meia boca daqui mesmo, ele tava querendo causar medo na gente, pra poder tomar nosso espaço. — ótimo, fiquem de olho nele, não deixa se espalhar que já descobrimos, o que é dele vai chegar. — Diego fechou a porta, então tornou ao sofá onde Jeff ainda estava sentado. — pensei que estava dando a mínima pra isso, afinal você não gostava da Karina. — não é que eu não gostava, você sabe bem os perigos de trazer alguém pra nossa vida fudid@, eu avisei várias vezes que poderia dar errado, agora que a desgraça já aconteceu, só resta apoiar nosso amigo. — sim, eu sei bem... — disse Jeff, ela sabia dos riscos e por isso havia se afastado de alguém a quem muito gostava por medo de que pudessem a machucar. Quatro dias se passaram, Don parecia mais centrado, mas a custo de que? Ele estava sentado na cama, em seu quarto, fumando um cigarro de maconha, Diego entrou então sentou-se ao lado. — Melhor? — seguindo. — temos algo importante para resolver. — o que? — descobrimos quem gerou aquele tiroteio. — quem foi o desgraçado? — Mauro... — sei bem quem é, ele andava rondando nossa território. — pelo que parece o intuito era assustar a gente e ganhar cada vez mais espaço na nossa quebrada. — ele vai ganhar, vai ganhar espaço no cemitério, filho da put@ desgraçado. — como faremos? — vamos capturar ele e depois eu resolvo, minha mente está pensando em mil e uma formas de torturar o desgraçado. — disse Don, em seguida deu mais um trago naquele cigarro. — vai com calma fumacinha. — disse Diego que singelamente balançou o ombro de Don, em seguida saiu mais uma vez o deixando sozinho. Em sua casa, karol permanecia afundada no sentimento de perda, por todos aqueles dias, Eduardo esteve na casa dela, até que uma decisão foi tomada. — eu não quero mais ficar nessa casa. — disse karol. — por que? Você e Karina batalharam tanto pra ter essa casa, o lugar de vocês. — é por isso mesmo, tudo aqui me lembra ela, eu não aguento mais olhar para os cantos e saber que ela nunca mais vai voltar. — tudo bem, se quiser pode ficar no meu apartamento, mas o que vai fazer com esta casa? — quero vender, o carro também, com o dinheiro vou comprar outra casa, um apartamento ou sei lá. — eu te ajudo com isso. — disse ele a abraçando de lado. Naquele dia mesmo, karol recolheu algumas coisas, colocou em uma mala e junto a Eduardo foi, deixando grande parte das lembranças que haviam ali. Karol havia recebido alguns dias de folga, pelo luto, mas os dias chegaram ao fim e sem condições psicológicas para voltar ao trabalho, alguns de seus colegas se sensibilizaram e assumiram os plantões que ela teria para aquela semana, mas sabia que aquilo não poderia durar muito, logo teria que voltar a sua vida. Cerca de duas semanas depois, apressado, Don seguia para um dos muitos galpões que tinha dentro da favela, havia recebido uma ótima notícia, a seu ver, as portas do galpão se abriram, ele entrou, e amarrado a uma cadeira estava Mauro, o homem que com suas más atitudes havia tirado a vida de sua amada. — mas vejam só, veio me visitar. — disse Don em um tom de deboche. — o que tu quer Don? — sua vida. — qual é cara, eu não fiz nada. — nada, e aquele tiroteio a umas semanas atrás, eu bem informado desgraçado. — Mauro engoliu seco então sentiu o nervosismo tomar seu corpo. — o que tu vai fazer comigo? — muita coisa, mas sabe, já andei fazendo umas coisas por aí, sabe sua mãe, aquela velha descabelada. — deixa a velha fora disso, teu problema é comigo. — tarde demais, já foi dessa para melhor, os pedacinhos dela a essa hora estão sendo levados pela água de algum correio sujo. — não...você não fez isso. — eu fiz, deixa eu te contar uma coisa, vai fazer ainda mais sentido, sabe quem morreu naquele maldito tiroteio? — quem? — minha namorada seu infeliz. — Don acertou um soco no rosto dele, então a cadeira virou fazendo barulho que ecoou nos ouvidos de todos que assistiam a cena. — levantem a cadeira, quero matar o olhando nos olhos. — dois rapazes que estavam ali levantaram a cadeira, então Don , mais uma vez começou a falar. — sua filha, que garotinha linda ela era. — não se aproxime da minha filha, é só uma criança, ela não tem nada a ver com isso. — minha namorada era uma jovem inocente, cheia de sonhos, a melhor pessoa que conheci, ela também não tinha nada a ver com isso, mas agora está morta, assim como sua pequena filha. — seu maldito. — Mauro gritou. — quer saber como matei sua filhinha? Eu vou te mostrar como foi, trás o martelo e os pregos e alguém coloca uma mordaça na boca dele, não estou afim de ouvir os gritos desse p@u no c*— Diego entregou a Don, logo ele começou sua tortura, que consistia em cravar vários pregos pelo copo de Mauro, o infeliz gritava, mas os sons eram abafados pela mordaça, o sangue escorria pelo chão, o homem estava pálido por tanta dor e Don ria a cada prego que enfiava nele. — foi bem assim que sua filha morreu, mas sabe como eu terminei de matá-la? assim. — Don começou a dar várias pancadas pela cabeça de Mauro, o sangue espirrava em seu corpo e rosto, só parou quando o infeliz estava totalmente desfigurado e sem sinal de vida. — tirem esse saco de estrume daqui. — alguns dos homens que estavam lá, logo acataram o pedido de Don, então Diego e Jeff se aproximaram dele. — tu matou mesmo a velha e a menina? — questionou Jeff. — não, foi só pra aterrorizar ele, eu não mato velhos muito menos criança.
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