Caio
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Se os caras dizem mais alguma coisa, eu não ouço, em vez disso, eu me empurro, o vento batendo no meu rosto enquanto desço a encosta da montanha na minha prancha, rapidamente ganhando velocidade.
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Eu viro para a esquerda para dar um pulo, me encolhendo enquanto pego o ar, o coração batendo forte enquanto minha prancha bate na neve. Eu vivo para a pressa, a velocidade da minha corrida oscilando à beira de ser controlada. Meu lobo ruge para a superfície, absorvendo a adrenalina que corre em minhas veias enquanto desço a encosta da montanha, saltando de montes para pegar ar sempre que posso.
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Eu sempre vou mais rápido do que a maioria ousaria. Parte da emoção. Eu quase perco o equilíbrio em um ponto, lado negativo por ser alto, mas eu recupero bem a tempo de dar outro salto.
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Meu coração troveja contra minhas costelas enquanto desço o resto da corrida, recuperando o fôlego quando chego ao final e caio na neve para esperar o resto dos meus amigos. Eu sei que eles estão ficando cansados, mas eu poderia ir de novo e de novo. Estar na montanha ajuda a manter meus demônios afastados.
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Eu saio da zona enquanto espero que os outros terminem sua corrida e se juntem a mim na parte inferior, então nós seis nos soltamos de nossas pranchas e começamos em direção ao estacionamento para trocar de roupa.
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Normalmente, evitamos o alojamento de esqui, já que está sempre cheio de humanos, mas quando passamos pelas grandes janelas do restaurante do alojamento que oferece vista para a montanha, algo dentro chama minha atenção. Alguém, melhor dizendo. Cabelo preto ondulado, b***a redonda e estrutura pequena. Ela equilibra uma bandeja em uma mão, esvaziando bebidas dela em uma mesa de quatro pessoas sentadas em frente a uma das janelas.
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Quais são as chances de nos cruzarmos duas vezes em um dia?
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— Sim, vamos largar essa merda e tomar uma bebida.— resmungo assim que chegamos ao estacionamento, virando meu olhar de volta para os caras.
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— Aqui? — Leon levanta uma sobrancelha cética enquanto tira seu capacete e passa a mão pelo cabelo preto, brilhando de suor.
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— Claro, por que não?— Eu dou de ombros.
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Há uma razão gritante para não, mas nenhum dos meus amigos menciona o fato de que é tecnicamente contra as regras para nós bebermos aqui.
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Podemos burlar as regras no território da nossa própria matilha quando se trata da idade legal para beber, que é aos 21 anos, mas os negócios nos arredores atendem a turistas humanos, então eles fazer as coisas de acordo com suas leis.
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Um monte de adolescentes de pernas para cima no bar pode levantar uma ou duas bandeiras vermelhas, daí as regras estabelecidas pelo conselho da super matilha e eu sou Alfa agora, porém, sou tecnicamente parte do conselho... então, do jeito que eu vejo, essas regras não se aplicam mais a mim.
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— Sim, f**a-se. Eu adoraria tomar uma agora.— Cauê respira enquanto joga sua prancha na parte de trás do meu carro. Seus lábios se contorcem em um sorriso diabólico.
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Os gêmeos trocam olhares enquanto depositam suas pranchas na parte de trás do carro de Maicon, mas nenhum deles se opõe. O pai deles tem uma reputação em nossa matilha como executor, então eles tendem a seguir a linha mais do que o resto de nós.
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Provavelmente porque o pai deles é um i****a e é conhecido por colocar as bater neles neles quando eles fazem merda.
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Leon pega nossas duas malas da minha caminhonete, deixando Cauê pegar a sua, e começamos a tirar nossas roupas enquanto os outros caras seguem o exemplo. Dez minutos depois, nós seis estamos entrando no chalé como se fossemos donos do lugar.
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O chalé é exatamente o que você esperaria de um resort de esqui, um enorme edifício de estilo cabana com lareiras de pedra, móveis aconchegantes e grandes vigas de madeira que se estendem pelo teto abobadado. Os espaços para eventos na parte de trás do edifício são mais elegantes, mas tudo na frente é rústico, emitindo uma cabine confortável nas vibrações da montanha.
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O restaurante e o bar estão situados através de uma grande porta à esquerda do espaço principal, e eu lidero o caminho para dentro, indo direto para o bar em forma de U posicionado no centro do restaurante.
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Uma garçonete está atrás dele, enchendo um copo de cerveja da torneira. Seu cabelo preto brilhante está caindo para frente, obstruindo minha visão de seu rosto, mas definitivamente é ela a garota desta manhã.
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Se havia alguma dúvida, eu sei assim que o cheiro dela atinge meu nariz, meu lobo se animando em reconhecimento e praticamente salivando. Ela cheira muito bem.
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Ela está em seu uniforme, calça preta e uma polo branca com o logotipo da empresa que faz a manutenção do Ski, bordado acima do seio esquerdo e caramba, ela está perfeita nesse uniforme.
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Sem o moletom folgado de antes, dou uma olhada melhor em seu corpo. Seus s***s não são grandes de forma alguma, mas são proporcionalmente grandes em seu corpo pequeno, o tecido de sua camisa gritando contra eles. Sua camisa branca contrasta com o bronzeado tom de pele, e tinta preta decora um de seus braços, tatuagens saindo por baixo da manga da camisa e descendo até o pulso. Ela tem um visual de garota rockeira que deixa meu p*u um pouco duro imaginando o quão selvagem ela o montaria.
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Essa dor de cabeça esta manhã deve ter afetado minha memória porque eu não consigo lembrar o nome dela, só que era algo exótico para combinar com seu visual.
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Quando eu e os meninos nos aproximamos, ela coloca o cabelo comprido atrás da orelha com indiferença e olha em nossa direção, quase derrubando o copo de cerveja que está enchendo quando nossos olhos se encontram.
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— Oi pequena.— Meus lábios se curvam em um sorriso e coloco minhas mãos no bolso da frente do meu moletom, mantendo meus olhos fixos nos dela enquanto me aproximo do bar.
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— Ugh, você não de novo.— ela geme baixinho, desviando o olhar rapidamente. Bronze, essa é a cor de sua loba girando em sua íris. Ela abre a torneira e coloca o copo cheio de cerveja no balcão, soltando um suspiro irritado.
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Eu deslizo em uma banqueta na frente dela, Leon e Cauê tomando assentos de cada lado de mim e os outros preenchendo ao lado deles.
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— Vocês dois se conhecem? — Leon pergunta, seu olhar curioso deslizando entre ela e eu.
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Ela olha para mim enquanto respondemos com um “não” em uníssono.
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Os olhos de Leon se estreitam em mim por um momento, então ele se vira para a garota e abre um sorriso largo enquanto estende a mão.
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— Oi. Eu sou Leon.— Eu vi aquele sorriso liso de seu trabalho em muitas mulheres.
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Leon é um cara bonito, alto, musculoso, cabelo preto despenteado e olhos verdes impressionantes, mas acima de tudo, ele sabe como ativar o charme. O cara tem quase tanta mulher quanto eu.
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— Victória.— Ela hesita, então estende uma mão cautelosa para Leon.
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— Linda.— Leon responde suavemente, apertando a mão dela.
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Victoria franze a testa, olhando para mim. Ela cruza os braços sobre o peito, seus s***s apertando juntos sob sua camisa. Meus olhos vão direto para eles.
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— O que você quer Caio? — ela pergunta, seu tom misturado com irritação.
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Meu olhar viaja lentamente de volta para seu rosto, os olhos travando nos dela. Victoria pode estar jogando duro para conseguir agora, mas seus olhos a traem. Se eu a quisesse, será apenas uma questão de tempo até que ela esteja nua gemendo embaixo de mim.
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— Podemos beber ou o quê? — Um sorriso rasteja em meus lábios ao pensar nisso.