Victoria
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— Quem diabos é você? — Eu faço uma careta para o seu tom, cruzando os braços sobre o peito.
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— Victoria Lira, quem diabos é você?— Eu copio sua própria pose cruzando os braços sobre o peito.
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— Você sabe quem eu sou.— ele zomba como um grande arrogante que ele provavelmente é.
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— Você bateu na minha porta querida.— Claro que sei quem ele é, não sou i****a. Mas isso não significa que vou dar a esse bastardo arrogante a satisfação de reconhecer quem ele é.
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Caio Rios, o novo Alfa da matilha de Lua nova. Já o vi antes de longe, mas nunca de perto assim. Eu estaria mentindo se dissesse que ele não é bonito de se olhar. Ele é tão grande quanto os outros alfas, mas não tão volumoso, embora as mangas de seu moletom sejam empurradas até os cotovelos e dos músculos tensos de seus antebraços, parece que ele está no caminho certo.
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Ele tem uma mandíbula afiada o suficiente para cortar pedra e olhos tão escuros que eu poderia me afogar em suas profundezas, emoldurados por cílios escuros sob suatesta franzida.
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Seu cabelo loiro claro está bagunçado em cima de sua cabeça, aparecendo por baixo do capuz de seu moletom, embora de alguma forma sua falta de cuidados só aumente seu apelo robusto. Droga, eu odeio que estou instantaneamente atraída por esse babaca.
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Sua reputação o precede. Mesmo antes de ser obrigado a estar no papel de Alfa quando seu pai faleceu alguns meses atrás, Caio era conhecido por ser um grande adolescente fazendo merda. E pelo que ouvi, desde a morte do pai ele tem sido insuportável.
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— Eu não estou aqui para você, querido.— eu digo com o aceno irreverente de uma mão, revirando os olhos com força.
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— Twm certeza.— Seus olhos caem em meu corpo, a língua se lançando para molhar seus lábios.
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A p***a da coragem desse cara! Ele ainda está parado no batente da porta bloqueando minha entrada, ocupando toda a maldita porta. Sério, esse cara tem algum tipo de gigantismo ou algo assim? Ele é todo enorme. Tenho apenas 1,63m, então estou acostumada com a maioria das pessoas sendo maiores do que eu, mas se Caio não sair do meu caminho logo, vou forçar meu maldito pescoço pelo esforço de olhar para ele.
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— Essa é a voz de Victoria? Deixe-a entrar Caio.— Eu ouço minha amiga Fabiola perguntar de algum lugar lá dentro, passos se aproximando rapidamente.
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Seus olhos azuis espreitam ao redor da forma volumosa de Caio, encontrando os meus antes que ela dê um tapa no braço dele com as costas da mão.
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Ele relutantemente dá um pequeno passo para o lado, mas seus olhos não deixam os meus. Parece que eles estão abrindo um buraco na p***a da minha alma.
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Eu desvio o olhar antes que ele possa roubar um pedaço dela.
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— Obrigado, Fabiola.— eu respiro, dando um passo à frente para cruzar a soleira da casa da matilha.
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Caio ainda está bloqueando a maior parte do batente da porta e eu debilmente tento empurrar sua b***a grande para fora do caminho enquanto passo. O i****a não se move, me forçando a esfregar contra ele enquanto eu passo. Como esperado, ele é uma parede de músculos sólidos, embora eu tente o meu melhor para ignorar a forma como seu corpo se sente contra o meu. Neste momento, meu aborrecimento supera minha atração e isso significa alguma coisa.
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Juro que Caio se aproxima de mim enquanto me espremo, diminuindo a distância, e levanto minha cabeça para encará-lo. Eu sou recebida com um sorriso arrogante, covinhas afundando em suas bochechas em ambos os lados de seu rosto.
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Meu coração gagueja no meu peito. p***a, eu sou completamente caidinha por covinhas. Por que ele tem que ter covinhas sexy como o inferno? Minha loba de repente se anima, apreciando completamente a proximidade com esta montanha de homem. Se dependesse dela, ela me faria t*****r com a perna dele agora.
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Não. Eu não preciso do drama dele. Já tenho o suficiente no meu prato.
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Eu grunhi em aborrecimento quando me espremi passando por Caio, saltando livre do outro lado e observando o interior da casa. É enorme, como esperado, mas também tem uma aparência incrivelmente severa, com paredes e móveis escuros e muito pouco em termos de decoração. Você pode dizer que um monte de caras vive aqui, este lugar está faminto por um toque feminino.
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Ele cheira a álcool e maconha, as superfícies cheias de evidências de uma festa barulhenta. Duas pessoas estão trabalhando duro com sacos de lixo e material de limpeza, tentando controlar a bagunça, mas eles têm seu trabalho cortado para eles. Embora eu tenha certeza de que eles estão sendo bem pagos por seus serviços, não os invejo nem um pouco.
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— Vamos.— Fabiola pede, acenando para eu segui-la.
Eu sinto o peso do olhar de Caio nas minhas costas, arrepios subindo da minha carne em resposta, mas eu não me viro para encontrar seus olhos novamente. Em vez disso, sigo Fabiola para longe da área principal, parando quando chegamos à porta aberta de um escritório.
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— Victoria está aqui — Fabiola anuncia enquanto entra, gesticulando para eu entrar atrás dela.