A semana passou voando, e quando chegou o final de semana Síria arrumou sua mochila e saiu sem que os outros percebessem, pegou o jipe de Ricardo e partiu, ela queria um pouco de ar puro , e era isso que encontraria na cabana de Ricardo . Quando já estava longe mandou uma mensagem avisando aonde estaria.
Com os vidros do carro abaixado ela deixava que o vento fresco da manhã beijasse seu rosto enquanto dirigia, após uma hora ela começa a ver a mata se formando a sua volta, a cabana de Ricardo ficava em uma propriedade que era toda de mata nativa, com alguns rios que passavam por ela, era o lugar perfeito pra fugir da agitação, apesar que Síria só queria mesmo era fugir de Aurélio e dos meninos, desde a parceria deles com Klaus eles tinham batido em cima.
Ela sacode a cabeça com esse pensamento, eles eram uns bobos protetores, ou às vezes era apenas ciúmes mesmo. Viver cercado por homens protetores era muito bom, mas às vezes tirava um pouco de sua liberdade, então quando ela queria fugir ela fazia isso, saia sem que eles percebessem e eles eram inteligentes o bastante para não ir atrás dela.
Ela sai mais a frente do asfalto e entra em uma estrada de chão, após alguns quilômetros ela chega a uma porteira velha que dava acesso a cabana.
Quando ela chega tudo estava do mesmo jeito de sempre, a pequena cabana ficava de frente para um lago, e Síria já se via pescando mais tarde, mas por hora ela pega suas coisas do carro, coloca dentro da cabana e sai para fazer uma pequena trilha que dava em uma cachoeira ali perto. Aquele lugar era vivo, um cheiro gostoso de madeira com uma flor chamada dama da noite, perfumava o caminho por onde ela passava, em uma árvore um esquilo se escondia enquanto ela passava. Diferente do que muitos pensavam, ela não se sentia solitário em um lugar como aquele, e ela não tinha medo de ficar sozinha, ela ri com esse pensamento, a muito tempo o medo parou de existir em seu vocabulário, agora era ela que fazia medo.
Em meio a sua caminhada ela se pega pensando em um certo agente, ela era praticamente uma anã perto de Klaus, ao se lembrar de como seus braços fortes a seguraram sua pele se arrepia, ela se repreende por estar sentindo isso por alguém de fora do seu mundo, mas o mero pensamento de seus lábios macios nos dela já era o suficiente para ela esquecer suas ressalvas em relação a ele. Quando ela percebe já está na cachoeira, e ela continuava maravilhosa, então ela vai até a beirada tira os sapatos e coloca os pés na água, um suspira de prazer deixa seus lábios, o som da água caindo era reconfortante e a fazia relaxar, então ela se deita apoiada em uma pedra, fecha os olhos e apenas relaxa ouvindo os sons da natureza, Síria percebe que cochilou quando ouve passos se aproximando dela, ela não fazia ideia de quem poderia ser já que ali era uma área particular, sentindo a pessoa se aproximando mais dela ela saca sua arma apontando para a pessoa a sua frente.
_Você - diz em reconhecimento, ela não esperava encontrar ninguém alí, então ver Klaus parado a sua frente com uma calça camuflada e blusa verde militar foi uma grande surpresa.
_Oi - diz ele sorrindo, ela suspira abaixando sua arma, parecia que o destino fazia questão de junta-los nas formas mais improváveis.
_O que faz aqui? - pergunta se sentando e calçando sua bota.
_Vim acampar, meu amigo é dono da propriedade vizinha, eu estava lá aí ele disse que tinha uma cachoeira aqui e vim ver.
_Sabe que está invadindo uma propriedade particular né. - ela se levando e cruza os braços encarando Klaus com uma sobrancelha arqueada.
_Pelo que estou vendo valeu apena invadir - diz de forma maliciosa, aquele homem um dia iria mata-la , pensa Síria.
_Bem, você sabe onde fica a saida - diz virando as costas e saindo, Klaus é rápido em segui-la, ele não esperava encontrá-la alí, mas já que tinha encontrado ele aproveitaria seu tempo ao lado dela.
_Espera! E você, o que veio fazer aqui?
_Vim ter paz - Klaus fica curioso, sempre á via rodeada de pessoas, ele não pensava nela como alguém que gostava da solidão.
_Pensei que você gostava de estar entre os outros.
_E gosto, eles são minha família, mas a proteção deles as vezes passa dos limites - diz ela o olhando com um sorriso no rosto, Klaus para, ele admira a beleza dela ao sorrir.
_Você fica linda quando sorri - ela desvia o olhar e volta a andar.
_Quais são seus planos para o final de semana? - pergunta Klaus.
_Só quero aproveitar a natureza e pescar - isso surpreendeu Klaus, ele nunca pensou nela como amante da pesca.
_Serio? - pergunta sorrindo.
_Sim, desta vez vim preparada.
_Posso te fazer companhia?
_Vai parar de insistir se eu disser não?
_Provavelmente não - diz rindo.
_Você ainda não desistiu? - Klaus para e a puxa pelo braço fazendo ela esbarrar nele.
_Eu nunca vou desistir de você Síria - diz colocando uma mecha de seu cabelo atrás da orelha, Síria encara Klaus hipnotizada, seus olhos a encarava com intensidade enquanto uma de suas mãos se apoiava na base de sua coluna, lentamente ela se afasta dele.
_Mas devia.
_A cada dia me sinto mais atraído por você, você é forte, corajosa, doce.
_Eu? Doce? - ela pergunta rindo, ele vai até ela e a abraça, uma de suas mãos apoiadas em sua nuca.
_Sim, doce - diz olhando em seus olhos - Depois que te beijei aquele dia me viciei em você - seus olhos encaravam Siria de forma selvagem, não tinha outra palavra para explicar a desejo que consumia Klaus naquele momento.
_Esse seu cheiro me deixa louco - diz passando o nariz por seu pescoço, Klaus sentia Síria tremer em seus braços, então deixando um beijo em seu pescoço ele a solta.
_Que tal um café? - pergunta sorrindo.