Fênix I - Síria

Capítulo 25

A vontade de Síria era esfolar Klaus vivo, ele a estava seduzindo, dava para ver em seu rosto.

Ela continua a andar sem dizer nada, tinha ido até aquele lugar para espairecer seus pensamentos, e uma das razões do seu estrese estava bem ali na sua frente com um sorriso de melhor calcinhas. Será que ele sabia o poder que seu sorriso tinha ? Pensa Síria no caminho de volta.

Klaus assistia a confusão de Síria com um largo sorriso, ela não era indiferente a ele e isso ficou provado minutos atrás, ele só precisava fazer com que ela vise que estar ao lado dele era bom, os sentimentos dele por Síria só crescia, parecia um trem desgovernado vindo em sua direção, ele assistia quieto enquanto ela caminhava de volta para sua cabana.

_Você gosta de esportes radicais? - Klaus conhecia uma cachoeira incrível para praticar rapel, só de pensar em levar Síria lá ele já ficava animado.

_Prefiro tiro ao alvo - diz ela murchando sua animação - De preferência vivo.

Aquele sorriso sinistro estava novamente em seu rosto, mas já não assustava Klaus, pelo contrário, fazia ele ter algumas ideias pecaminosas envolvendo Síria, mas ainda não era o momento dela ficar sabendo disso.

_Devia tentar outros robes, ou algum que envolva o meu corpo grudado no seu, por exemplo - ele podia estar indo longe demais, mas ele teria que arriscar, Síria era muito arisca. Ela para em seu caminho e se volta para ele com uma sobrancelha arqueada.

_De onde saiu isso? - pergunta segurando o riso.

Klaus caminha até ela, e com um dedo desfaz uma ruga que se formava em sua testa.

_Isso depende, você gostou? - Klaus era bonito, com relação a isso Síria não tinha a menor dúvida, era um cara viril, e no momento aquele par de olhos castanhos a observavam com intensidade.

_Não sabia que você era tão descarado - ela volta a caminhar lhe dando as costas e os olhos de Klaus se fixa na b***a de Síria.

Deus! Eu tô virando um tarado! - Pensa passando as mãos pelo rosto.

_Com você posso ser qualquer coisa, só precisa me dar uma chance - diz passando um braço por seus ombros.

_Já disse pra ficar longe de mim.

_E eu já te disse que não vou fazer isso.

_Daqui a algum tempo quando descobrirem com quem você está envolvido, não vai ser o que você vai dizer. - a expressão de Klaus se fecha.

_Você acha que quando as coisas ficarem feias eu vou te abandonar? - ele não acreditava que ela podia estar falando sério, ele jamais a deixaria, não importa o que acontecesse.

_Não te culparia se fizesse isso. - Klaus segura os ombros de Síria e faz ela se voltar para ele, suas mãos seguram seu rosto com delicadeza.

_Você acha que quero algo passageiro com você? - a intensidade do olhar de Klaus desarmava Síria, e neste momento ela teve dúvidas ao olhar em seus olhos.

_Sim - responde apenas, ela vê ele soltar um suspiro angustiado e desviar o olhar por algum tempo, mas então ele volta a olha-la e Síria vê determinação em seu rosto.

_Síria eu te amo, você é a primeira pessoa que eu me apaixono de verdade, não quero algo passageiro com você, quero acordar do seu lado todos os dias, quero estar com você nos dias bons e nos ruins, eu quero dividir minha vida com você, ainda não percebeu? - Síria olhava chocada para Klaus, em sua cabeça passava mil e uma coisa, ela pensava que talvez tivesse interpretado m*l o homem a sua frente, mas saber a intensidade de seus sentimentos por ela era assustador, algo que ela imaginava nunca mais viver em sua vida.

Klaus puxa Síria para o abrigo de seus braços, com movimentos suaves ele acaricia suas costas enquanto descansa seu queixo em sua cabeça.

Seus braços formavam uma barreira segura em volta de Síria, e ela se vê retribuindo o carinho, era uma sensação tão boa estar em seus braços que ela simplesmente se deixa ficar alí por um tempo. Klaus tinha o dom de derrubar suas barreiras, por mais que ela tentasse erguer um murro entre eles, ele sempre o derrubava.

_Não me afaste de você - o sussurro de Klaus no ouvido de Síria, faz com que arrepios subam por seu corpo, mas sua mente ainda estava clara o suficiente para saber que ela poderia causar a sua destruição, e com esse pensamento ela se afasta dele sem dizer nada.

Klaus fica parado vendo ela caminhar, por um momento ele havia pensado ter alcançado seu coração, mas pelo que parecia ele estava errado, seus ombros caem em decepção.

_Você não queria um café? - pergunta ela sem olhar para trás, um sorriso se abre no rosto de Klaus quando a passos largos ele a alcança.

Alguns minutos depois Síria chega a cabana, entra e deixa a porta aberta, ela vai até o fogão e coloca a água pra fazer o café, quando se volta novamente Klaus estava sentado na pequena cadeira a observando.

_O que foi?

_Você tem cara de dona de casa - diz sorrindo, ela se surpreende um pouco deixando um sorriso aparecer.

_Deve ser por que já fui dona de casa - isso pega Klaus de surpresa, não era sempre que ela revelava algo do seu passado.

_Você já foi casada? - enquanto ele perguntava seu coração disparava no peito, ele podia ser muitas coisas, mas fura olho ele não era, em sua mente ele fórmula mil respostas para caso a resposta fosse sim.

_Já - reponde ela com uma voz triste, Klaus a olha curioso, havia muito da vida de Síria que ele não conhecia, e por mais curioso que ele ficasse ele não a deixaria constrangida perguntando.

_O que houve?

Síria olha para Klaus tentando não deixar passar emoção nas palavras que sairiam de sua boca, a última coisa que precisava era de pena.

_Ele morreu.