A sinceridade de Klaus era avassaladora, seus olhos transmitia tanta certeza.
_Nunca saia do meu lado - diz ela a ele.
_Estarei aqui enquanto você me quiser - Síria sorri para ele, nestes momentos ela sentia seu coração se aquecer, algo que ela achava que não era mais possível.
_Como você havia me perguntado, eu comecei a ficar assim com Xavier depois que eles morreram, muitas vezes eu tinha pesadelos e ele sempre vinha correndo até mim, me lembro de me jogar em seu braços e ele sempre me acalmava, então eu acabava dormindo em seu colo - Síria permite que as lembranças tomassem conta de sua mente.
Flashback on
Ela via senas de sua família ensanguentada em sua frente, eles caminhavam em sua direção com as mãos tentando alcançar -la, ela dá um passo atrás.
_Por que Mia? - pergunta o cadáver de seu marido - Por que você deixou que fizessem isso conosco?
_Não foi minha culpa! - diz desesperada.
_Foi sua culpa sim, se você estivesse conosco isso não teria acontecido - ela olhava em desespero para os rostos na sua frente, sentindo uma mão em sua roupa ela olha para baixo para encarar seu filho a olhando com olhos apagados, em sua testa uma marca de tiro.
_Mamãe - chamava ele puxando suas roupas.
_Não, - diz histérica.
_É culpa sua.
_Não, eu não tive culpa.
_Culpa sua - repete o rosto sem vida de seu marido tentando agarra-la.
_NÃO!!
A próxima coisa que Síria sentiu foi as mãos de Xavier a envolvendo.
_Não é real Mia, não é real - repetia ele a embalando em seus braços.
_Foi culpa minha! - dizia em prantos.
_Não foi, você não tem culpa.
_É minha culpa - continuava a repetir, e foi assim até pegar no sono. Aquele havia sido um dos piores pesadelos de Síria após a morte de sua família, naquela noite Xavier não saiu do seu lado, quando ela acordou ele estava segurando sua mão ajoelhado na beirada de sua cama dormindo.
Fim do flashback.
_Agora eu entendo - diz Klaus.
_Ele sempre me passou segurança, então me sinto bem perto dele, assim como eu, Xavier tem um passado e o dele é pior do que o meu, então acho que durante aqueles meses acabamos nos curando juntos.
_Realmente ele está sempre mais próximo a você - Klaus sempre teve ciúmes dessa proximidade de Síria e Xavier, mas a ouvindo agora ele sabia que seu ciúmes era infundado.
_Sempre fomos assim, mesmo antes de eu perder minha família, para mim Xavier é como um grande irmão.
_Todos temos nossos fantasmas Síria, e as vezes é difícil lidar com isso, fico feliz que agora você esteja bem.
_Você lembra do dia que me encontrou na beira da estrada? - Klaus se lembrava bem, ele perdeu o sono por dias tentando imaginar o que havia causado toda aquela dor nela.
_Me lembro.
_Naquela semana era aniversário da morte deles, eu sempre ficava fora de controle, muitas vezes o Ricardo tinha que me apagar para não me machucar, naquele dia eu estava voltando da casa de uma amiga, então as memórias voltaram e eu acabei perdendo o controle - ela fecha os olhos com um semblante cansado - Minha vontade naquele dia era apenas matar o que aparecesse em minha frente, por isso não deixei que você se aproximasse.
Klaus lembrava bem de sua expressão fora de si, ele via o quanto ela está sofrendo e isso o machucava de uma forma que naquela época ele não entendia, hoje ele sabia que era por que ele já a amava.
_Fiquei louco de preocupação, ainda mais depois que te levaram.
_Eles sempre me rastreiam, mesmo em meus dias bons - Klaus fica surpreso com isso.
_Por que?
_Digamos apenas que eu já dei trabalho para eles - diz ela sorrindo - Depois do que você ouviu, agora é a hora perfeita para sair correndo - Klaus a olha e um sorriso brilha em seu rosto, ele a vira no sofá e se deita em cima dela.
_Esqueça isso senhorita, eu já até apanhei por sua causa, não vou desistir de você.
_Não tem medo de eu ser mentalmente instável?
_Então vamos enlouquecer juntos - ele se aproxima dela com uma das mãos em seu rosto - Te amo Síria e mesmo se você enlouquecesse ainda te amaria - ela observa Klaus encantada com seu jeito sincero, ele nunca tinha medo de dizer o que pensava, seus lábios distribuem beijos por seu rosto parando em seus lábios onde ele dá uma leve mordida arrancando um gemido dela.
_Adoro ouvir seus gemidos - diz ele com a voz rouca fazendo um arrepio passar pelo corpo de Síria - Seu cheiro é maravilhoso - Síria ri quando seu nariz roça em seu pescoço lhe fazendo cócegas.
O corpo de Klaus tampava totalmente o de Síria e para ele aquela era uma observação maravilhosa, sem esperar mais seus lábios procuram os dela com voracidade, fazendo o coração de Síria que já estava acelerado bater ainda mais forte, as mãos de Síria envolvia a cintura de Klaus com força a medida que seu beijo ficava mais exigente, a língua de Klaus explorava a boca de Síria de forma havida como se ela fosse seu copo de água em meio ao deserto, Síria respondia aos seus beijos com paixão. Em meio ao beijo ela pode sentir a ereção de klaus cutucando sua barriga, ela gemia em meio aquele contato.
_Você é muito gostosa - diz Klaus se afastando dela e a puxando para seu colo.
_Eu sei - diz ela rindo, Klaus beija seu pescoço, morde sua orelha enquanto as mãos dela passeiam em suas costas.
_Você é minha tentação - Síria se meche em seu colo ganhando um gemido rouco como recompensa.
_Síria!
_O que foi? - pergunta inocente.
_Isso é maldade.
_Não, isso é gerar espectativa - diz ela em seu ouvido antes de descer do seu colo - Vamos?
Klaus pega sua mão e sobe para o quarto.