Fênix I - Síria

Capítulo 48

O homem no escritório estava furioso, sua mesa não tinha nada em cima, pois em um ataque de fúria tudo havia sido jogado no chão, ele não podia contar nem com os seus, o fracasso da noite anterior bateria em sua porta mais sedo do que ele imaginava.

_Eu vou dar um jeito nisso chefe - diz o homem atrás dele.

_Eu já imagino como fará isso Pedro, talvez da mesma forma que você se livrou de Klaus - as palavras do chefe eram facas cravadas no orgulho de Pedro e a única coisa que passava em sua mente era que isso era culpa de Klaus, e assim seu ódio pelo outro apenas crescia.

_Eu vou dar um jeito - o chefe nervoso se vira para Pedro e desfere um chute em seu peito o derrubando no chão.

_Sabe o que eu deveria fazer? - diz com os olhos vermelhos de raiva - Devia dar fim nessa sua vida miserável e colocar alguém competente de verdade em seu lugar.

Em seu coração, Pedro jurava fazer Klaus pagar por cada palavra de humilhação que o Chefe lhe dirigia por sua causa.

_Não tem como eles chegarem até nós, os homens que contratei eram de fora e eu não disse nenhuma informação a eles - a única coisa que Pedro havia pedido para os assassinos era para dizer a Klaus que ele estava se metendo onde não devia, então não tinha a menor possibilidade deles serem descobertos.

_Vamos ter que dar um tempo, esperar a poeira abaixar antes de fazer outro movimento - diz o chefe sentando em sua cadeira.

_Como o senhor desejar - diz Pedro se levantando.

_Nosso informante deu notícias? - pergunta o chefe massageando as têmporas tentando aliviar a dor de cabeça que estava lhe atingindo.

_Sim, ele foi trabalhar como se nada tivesse acontecido - Klaus tinha coragem, isso Pedro não podia negar, ele estava literalmente na toca do lobo e mesmo assim se recusava a se render.

_Temos de descobrir com quem ele está envolvido - o chefe sabia que alguém o estava ajudando, todos os assassinos contratados simplesmente desaparecerem e eles não conseguiram encontrar nenhuma pista do que realmente tinha acontecido, a única coisa que eles poderiam afirmar com certeza era que Klaus conhecia Don Aurélio, mas eles não tinham provas de que ele tinha ligação com a Fênix, o que o deixava muito apreensivo, pois se isso acontecesse seus planos poderiam ser arruinados.

_Quero que volte e fique de olho - diz o Chefe.

_Sim chefe - Pedro sai da sala segurando o ódio que estava sentindo, "Klaus, Klaus, aí de você o dia que nós encontrarmos", pensa ele.

***

Aurélio estava frustrado, assim que recebeu o telefonema de seu braço direito dizendo que seu primo Emílio havia incendiado um de seus armazém ele havia ficado puto, o prejuízo que ele teve era de milhões de dólares, assim ele pegou seu jato e voltou imediatamente para a Itália, a única coisa que mantida sua sanidade era saber que esganaria Emílio ele mesmo. Quando pousaram na Itália ele foi direto para sua casa, assim que entrou seu braço direito Bernardo veio ao seu encontro.

_Bem vindo de volta Don - diz o seguindo até o escritório.

_Bem vindo é o caramba, quais são as novidades?

_Sabemos que foi Emílio, mas não temos provas ainda, ele limpou bem a cena, o conselho está no nosso pé por causa desse incidente.

_Tudo que eu precisava agora era um bando de velhos gagas me enchendo a p***a do meu saco! - Aurélio se serve de uma dose generosa de whisky e se senta em sua mesa.

_Temos tentado contorna-los, mas está ficando difícil.

_Sabe onde Emílio está?

_Sim, em sua casa com sua família, ele não saiu de lá nem durante o ataque.

_Ele não quer chamar atenção para ele, mas isso acaba aqui - Bernardo olha para seu chefe já sabendo o que aconteceria, ele não era homem de levar desaforo, e Emílio aprenderia isso da pior forma.

_O que deseja fazer?

_Reúna os soldados, quero que queimem está noite todos os galpões do Emílio - Aurélio sabia que estava dando um tiro no próprio pé fazendo isso, mas essa era a última vez que ele lidaria com Emílio.

_Mas Don, isso vai provocar uma guerra!

_Exatamente! Quero a cabeça daquele desgraça em uma bandeja! - Bernardo balança a cabeça sabendo que era inútil discutir.

_Como pretende lidar com o conselho depois?

_Não se preocupe, eu tenho um plano - fazia tempo que Aurélio desejava a cabeça de Emílio, e isso lhe deu tempo para planejar o que fazer.

_Tudo bem, vou preparar os soldados - Bernardo sai e deixa Aurélio sozinho no escritório, ele pega o telefone e faz uma ligação.

_Oi chefe - diz o homem na linha.

_Cuidou do que te pedi?

_Ta tudo certo.

_E as informações que eu precisava?

_Dá uma olhada no seu celular já enviei.

_Beleza então.

_Qualquer coisa me liga.

_Ok - diz desligando, ele pega seu Celular e verifica os e-mails que tinham lhe mandado, um sorriso se abre no rosto de Aurélio com o conteúdo dos emails. Finalmente ele daria fim ao seu primo traidor.

Subindo para seu quarto ele toma um banho troca de roupa, pega suas armas preferidas e desce saindo de casa, um dos saldados já o aguardava com o carro pronto.

_Bem vindo Don - diz se curvando.

_Obrigado - diz entrando, o homem dirige até onde seus soldados estavam reunidos esperando suas ordens.

_Fiz como pediu Don - diz Bernardo.

_Rapido como sempre Bernardo - diz dando um tapa nas costas do mesmo - Me lembre de te recompensar por isso.

Aurélio se dirige até o meio de seus soldados e sobe em cima de uma caixa chamando sua atenção.

_Hoje é o dia em que vamos nos livrar dos ratos - diz sorrindo - Nós temos brincado com eles a meses, mas minha paciência acabou, quero que destruam todos os galpões de Emílio, não poupem ninguém, deixem Emílio para mim e por último - diz com uma expressão sádica no rosto - Divirtam-se!