Capítulo 36.

1299 Words
Any. Acordo sentindo os braços do Daniel envolvendo minha cintura, sentindo o calor que emanava do seu corpo, trazendo um sentimento de aconchego e ternura, fico aproveitando o resto das horas que falta para amanhecer, fecho os olhos e as palavras da Eliza, vem em minha mente. “Foi só uma aposta”. Virando-me, olho para ele, sentindo o peso da incerteza pairando sobre mim, uma verdadeira confusão de sentimentos, uma mistura de decepção, mágoa e angústia, que assolava os meus pensamentos. Me soltando de seus braços, sento na cama olhando para o seu rosto, fazendo uma promessa para mim mesma, que essa será a última vez que deixarei alguém brincar com meus sentimentos. Com determinação, me levanto indo em direção ao banheiro e faço minha higiene, com cuidado para não fazer barulhos, voltando para o quarto visto minha roupa sentindo um pouco de desconforto na minha i********e, sinto uma lágrima boba querendo rola pelo meu rosto, limpo-a rapidamente, prometendo para mim mesma que não chorarei. Após vestida, olho mais uma vez para o homem que fez uma bagunça na minha vida, e no meu coração, sentindo um nó se forma na minha garganta, viro o rosto não suportando mais a incerteza e a mágoa que estava rondando meus pensamentos. Saindo em direção à porta do quarto. Olho para o relógio e sussurro. “ Já amanheceu, agora não posso mais ignorar o que você fez”. Passando pelos corredores sentindo o meu peito sendo partido em mil pedaços, a minha cabeça voltando para a cena da nossa noite de amor, e em seguida indo para as palavras da Eliza, foi só uma aposta. Chegando a recepção do Hotel peço para a recepcionista um papel e escrevo as seguintes palavras. “ Você ganhou”. Saindo do hotel, pego um táxi dando o endereço, fico olhando o movimento dos carros buscando forças para enfrentar os desafios que surgirão. Como posso, depois de tudo isso, amá-lo? Balança minha cabeça em negação. Sem controlar mais minhas emoções, me desabo em lágrimas, colocando toda a dor do meu coração para fora, tentando enxugar minhas lágrimas com a palma das mãos, uma tentativa falha, pois as lágrimas não paravam de descer. Chegando próximo à casa da Isabel, desço e continua o resto do trajeto caminhando, ganhando tempo para assimilar toda essa situação. Já sentindo os meus pés doerem pelo salto, os retiro. Avistando a entrada da casa da Isabel, vou até a porta e toco a companhia, após alguns segundos a porta e aberta, sem presta atenção em quem veio abrir. Subo em direção ao quarto, pego minha bolsa e tiro a roupa que estava vestindo, sentindo raiva e nojo, até que escuto uma voz falando comigo. Lua: - Any, Any, você esta me ouvindo? Any: - Me desculpe Lua, você estava falando comigo? Lua: - Você entrou parecendo que estava em outro mundo. Any: - Bem que eu queria Lua. Então vejo o seu olhar interrogativo para mim, sem chances de escapa, conto para ela tudo o que aconteceu, e a vejo vermelha de raiva e xingando tudo e todos. Acabo sorrindo de sua reação. Sentindo-me um pouco melhor, agradeço por sua amizade, me despeço indo em direção à minha casa. Nunca desejei tanto o conforto do meu lar como desejo agora, então Lembro-me das palavras da minha mãe, estarei esperando você está preparada para me conta o que está acontecendo com você. Levantando minha cabeça Lembro-me do motivo para qual fui estudar na escola Elite Dante Martins, e não desistirei do meu sonho de entrar na faculdade, aguente tudo só mais 1 mês, Any. Só mais 1 mês. {...} Daniel. Passando as mãos pela cama, sentindo a ausência do corpo da Any, abro rapidamente os meus olhos a chamando, sem ouvir respostas, me levanto e vou até o banheiro conferir se ela está lá, não a encontrando, passo as mãos no meu cabelo em frustração e visto minha calça o mais rápido possível. Saindo do quarto, vou em direção à recepção do Hotel, vendo alguns olhares para mim, então me dou conta de que estou sem blusa e descalço, mas a vontade de saber onde a Any está é maior que esses detalhes, ignorando vou me aproximando da recepcionista, pergunto. Daniel: - Você viu uma mulher de cabelos castanhos escuros que estava usando um vestido preto com brilhos passar por aqui? - Uma moça com essa descrição passou aqui e deixou um papel. Daniel: - Posso ver o papel. Ao olhar vejo as seguintes palavras. “ Você ganhou”. Sem entender o que isso significa, entro em desespero, passando as mãos no cabelo, vendo os olhares acusatórios das pessoas que passavam. Em uma ação de desespero, procuro a chave do carro no bolso da minha calça, não encontrando, xingo em voz alta. Então lembro que as deixei no quarto com meus pertences, subo o mais rápido possível, sentindo angústia e desespero inundar meu ser, estraguei tudo com a Any, será que a Machuquei por isso? Ela foi embora. Andando de um lado para o outro, sem entender o que estava acontecendo, me recordo da saída da festa. Imediatamente meus pensamentos são levados para a Eliza, que estava conversando com a Any, maldita desgraçada, inferno. Grito, extravasando minha raiva e frustração. Agora faz sentido suas palavras “Você ganhou”. Em um ataque de fúria, entro no quarto e começo a quebrar o que vejo pela frente, sentindo lágrimas molharem o meu rosto, a culpa me consumindo, sento no chão e choro, até não ter mais forças. Vendo batidas na porta do quarto, me recuso a abri-la, então grito. Daniel: - Pagarei pelos danos, me deixem em paz. Vendo as batidas sessarem, me levanto pegando uma garrafa de whisky, e bebo diretamente do gargalo. Repito várias vezes. Eu perdi a mulher que amo... Ela não irá me perdoar. Após ter tomado toda a garrafa de whisky, sentindo o álcool nublar meus pensamentos vou apagando lentamente, até que vejo a porta do quarto sendo aberta e por ela passa uma pessoa que vem se aproximando até onde estou. Vendo alguém se abaixar para ficar da minha altura, sinto mãos acariciar meu rosto, tentando enxerga com nitidez forço os meus olhos abrir. Então escuto uma voz chamar meu nome. - Eu estou de volta Daniel, aguente só mais um pouco. Reconhecendo a voz chamo, mamãe então adormeço. Algumas horas depois. Ouvindo uma voz grave chamar meu nome. Abro os olhos com dificuldade pela claridade que atinge o meu rosto, meio atordoado vou tentando descobrir onde estou. Dante: - Não se mecha Daniel, ou o acesso em seu braço sairá do canto. Daniel: - Como eu vim parar aqui? Dante: - Recebi uma ligação do hotel em que você estava, Daniel, você quase me matou dessa vez, garoto. Então vejo lágrimas descendo dos olhos do meu pai, me sentindo destruído por fazê-lo chorar. Sussurro, me perdoe, pai. Eu sou um péssimo filho, fui r**m para a mulher que amei, eu destruir tudo, eu sou um inútil egoísta. Falo chorando e agarrando-o buscando uma válvula de escape em meio a minha dor. Dante: - Você não é r**m filho, eu ajudarei você a achar o caminho certo. Eu prometo que tudo ficará bem Daniel. Me prometa que essa será a última vez que você tocar em álcool Daniel, me prometa. Sentindo a dor e desespero em suas palavras, respondo. Daniel: - Eu prometo, papai. Ficamos abraçados, passando conforto um para o outro, reatando o laço de sangue, transformando toda a culpa em amor e perdão. Prometendo para mim mesmo que farei o possível para consertar todos os meus erros, não posso mais ficar longe dela. Sussurro quase inaudível. Preciso dela, eu preciso dela. Sinto os braços do meu pai me apertarem mais forte.
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