[o]posto

Esgotado

Poderia não ir para o Colégio caso estivesse chovendo, o que normalmente não aconteceu. Não sei bem com escarrar os meus problemas , que estão bagunçados iguais a meu quarto.

Poderia dizer que estava com medo , mas não era exatamente medo que estava sentindo e sim medo de lidar com uma dada pessoa , são termos diferentes.

Estava aflito...

- o que você tem ? Não dormiu direito ? – Giovona olhou pra mim .

- Claro que dormi , e estou bem sim – falo pegando uma xícara de café.

- Você nunca toma café, então porque tá tomando hoje ? – questionou .

- Que eu saiba isso não é dá sua conta – olho para a mesma e dou um sorriso amarelo.

- ih parece que alguém acordou de m*l humor – fala e solta uma risada sarcástica e ainda complementa . – Se eu fosse você passava um ** nessas olheiras que estão bem visíveis.

Não dei a mínima para o que Giovana disse . Tinha problemas demais para bate boca com aquela coisa insuportável que se encontrava do meu lado, e ainda levava nos lábios vermelhos um sorriso sarcástico.

O café desceu na minha garganta queimando, e tive que engolir ele mesmo assim. Um dos motivos para preferir suco era exatamente esse. Mas cafeína era um ótimo remédio contra o sono , e isso era exatamente o que queria. E depois que tomei todo o café, concluir , que não é tão r**m quanto imaginava , vou passar a tomar mais vezes.

[...]

Em uma escala de 1 a 10 de esta ou não no colégio, queria somente 0. Não queria está no Colégio hoje , e sucessivamente parecia que todos me encarava com se tivesse feito algo de errado , e vozes na minha mente repetiam uma só palavra “frutinha”, e parece que todos a minha volta sabia exatamente o que fiz ontem , ou o que não fiz. A ultima pessoa que queria encontrar era Scarllet e foi a primeira em qual vi ao entrar na sala. A mesma me encarrou , nem se quer pisquei ,engolir a seco ... quando ... estava tão perdido no olhar da mesma .

- olha pra onde andar – alguém falou, quando olho pra frente me deparo com Ana lú. – Você não vai sair ... – sua voz que era doce , ficou arrogante. Nunca tinha ouvido sua voz assim e isso me minimizou. Abrir espaço para a mesma passar . Esse teria sido o nosso primeiro contato desde então. Nunca tinha falado com ela , bem, isso não foi uma conversa e sim um pequeno contato visual. Mas o que realmente acabou com o c****x foi somente sua voz , e seu jeito. Aos poucos percebi que tudo aquilo que fantasiei de Ana lú só existia em minha mente. Como nunca percebi que a mesma não era meiga , doce e... ah isso só existia na minha mente, como eu puder ser tão i****a a esse ponto.

Sentei na cadeira e me senti um lixo por todas as coisas. Primeiramente por sempre vê Ana lú como uma deusa sendo que ela só é assim com quem ela realmente gostar ou com quem ela tem algum interesse. Lamento por ter sido um covarde e não ter ficado ontem com a Scarllet.

[...]

- Cara você esta bem? - Marcelo perguntou , após três aulas inteiras sem trocar uma palavrar se quer com ninguém. Estava gritando comigo internamente , tão... tão puto comigo mesmo que era capaz de m***r alguém. Nossa nunca tinha utilizado esse termo na vida mais para essa situação era necessário.

- Claro que estou – falei meio chateado .

- Não parece . – falou olhando pra mim, e tudo que estava preso em minha garganta saiu como uma chuva de palavras.

- sabe o que é... nunca nada dá certo na minha vida, sinto que sou o típico cara que foi feito para ser i****a , que nunca consegui fazer nada porque é tímido ao extremo , e quando tento tomar uma iniciativa vejo que a pessoa não era exatamente como sonhei , ah sem fala na falta de sorte que tenho com minha família, propriamente dizendo com minha irmã, ate ela tem mais amigos que eu , ate ela é mais popular e que pisar em mim , como a maioria nessa sala. – respirei .

- ohhh o que foi isso ? – Marcelo olhou pra mim assim com algumas pessoas da sala .

Fiquei com tanta raiva que ...

- licença professor , posso ir ao banheiro ? – perguntei .

O professor fez que sim . E eu sair quase correndo da sala .. me sentia tão m*l . Estava sobre carregado demais ...

Quando alguém...