Dormir mais cedo

907 Words
Depois de tudo que falei para Ana lú me senti mais leve , parecia que tinha que liberar tudo que tinha guardado dentro de mim e isso simplesmente me deixou tão bem que estou sorrindo ate agora. Marcelo está na minha casa , contei tudo o que aconteceu e ele nem ao menos acreditou em mim. Teve que ir pergunta a minha irmã se era verdade que Ana lú tinha aparecido aqui. Felizmente ela confirmou tudo. Nós passamos a tarde todo debatendo sobre como “Ana lú” teve coragem de vim aqui e me falar coisas absurdas que nem deveriam ser ditas. Enfim depois de tudo que aconteceu, nada me deixa preocupado além de Scarllet que não deu nenhum sinal de vida. Tentei ligar para casa da mesma mais o telefone somente tocou e ninguém atendeu. Surgiu milhares de questionamentos mais em nenhum deles conseguia obter resposta. Mandei mensagens para seu número. Mesmo sabendo que ela esta sem o celular. [...] - como foi a aula hoje , filho? – meu pai perguntou para quebrar o silêncio que se instalava na mesa naquele momento. - Tudo do mesmo jeito – falo e dou os ombros. Dei graças a Deus, minha mãe não estava em casa na hora que Ana lú veio ate aqui. Olhei para Giovanna e a mesma apenas fez que não, sinal que ela não iria contar nada para nossa mãe. Respirei fundo e fiquei aliviado. Continuei comendo. Minha mãe olhava pra mim de vez em quando mais não falou nada , nada de questionamentos , nada de brigas, apenas um olhar matador. Não sei ao certo o que ocorreu com ela mas tenho quase certeza que foi meu pai que falou com a mesma , para pode amenizar a situação. [...] Ajudei meu pai com as louças, ele me falou sobre algumas coisas importantes que tinha dito para minha mãe. Fiquei grato a ele, por isso até dei um sorriso de lado. Meu pai veio questionar de novo sobre “você já sabe o que senti por aquela garota?”. Novamente me fez pensar. E por fim falar novamente que não sabia. Mas no fundo, sentia algo por Scarllet que não conseguia explicar, era como se necessariamente precisasse dela , ela me fazia sorrir, e me sentia bem ao seu lado. Gosto do seu toque e do seu jeito. Ela me faz não querer mais nada além de sua risada. Nunca sentir isso por ninguém, nem mesmo por Ana lú. Era algo tão bom , mas ao mesmo tempo me dava medo. Medo de me magoar. Mas se não tentar nunca irei sabe. Hoje não falei com Scarllet. Isso me deixou intrigado. Ela nem ao menos mandou mensagem nem nada, sua mãe deve ter pegado seu celular e não vai entregar tão cedo. Ainda estou pensando sobre o que vou fazer para fazer dos dias dela os melhores. Irei sentir saudades , eu sei. Não suporto a ideia da mesma viajar. Me deixar. Tudo que sentir na noite anterior era tão novo pra mim que não consigo definir com palavras. Era algo como borboletas no estômago e ao mesmo tempo me deixa com tanta vontade de querer mais e mais. Seguir meus instintos e todos eles me levaram a puxa-la mais para perto do meu corpo para sentir seu calor e compartilhar as mesmas sensações. Um sorriso surgiu nos meus lábios, ao lembrar ... da mesma. [...] Peguei no sono e ... sentir algo me tocar, deveria está sonhando, ou não. Sabe quando você sentir a breve sensação de está sendo observado, estava sentindo ela exatamente agora, dormindo porém sendo observado. Abrir os olhos ... e quase meu coração saiu pela boca. - Calma ... – a voz baixa ... falar. - o que você esta ... – antes que eu pudesse concluir. - Xiuuu... fala baixo. – a voz de Scarllet ecoou baixo. A mesma estava com um casaco e estava com um goro na cabeça. Estava mais parecendo uma fugitiva. – sério que você dormi antes das 21h. - Estava sem nada pra fazer – falei e dei os ombros. Ela sentou na minha cama. E me olhou. -Me ajudar a fugir – falou rapidamente. Espreitei os olhos e tentava assimilar as palavras. - o que ? – falei alto. -baixo ... ou você quer que sua mãe venha aqui no seu quarto – me repreendeu. Apenas fiz que sim. Antes de perguntar como ela vai fazer para ter dinheiro e pra onde ela vai ... questionei ... - como você conseguiu entrar ... – perguntei. - liguei para seu amigo , Marcelo. Ele veio me deixar até aqui e falou onde era seu quarto. – disse. - Ah só podia ser – dei os ombros e sorrir. - E aí, vai me ajudar ou não – questionou chegando mais perto. - Eh ... mas pra onde você iria. - bom, tenho uma amiga, Majú, ela mora em outro cidade e normalmente seus pais nunca estão em casa pois vivem ocupados demais com o trabalho. Eu meio que pedir pra ficar um tempo na casa dela, ela aceitou , falou que ficaria muito feliz de me ter lá com ela , já que não tem ninguém além dela e as duas empregadas , que praticamente são suas mães. - Eh tem certeza? – questiono. - Claro que tenho. Só preciso de dinheiro. Deus, porque ela tá me deixando tão preocupado.
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