_______________ Sexta feira ________________
Acordo com o barulho do meu "amado" despertador, desligo o mesmo e me levanto. Esfrego os olhos preguiçosamente e bocejo.
Que sono...
Levanto calmamente, tentando não cair da cama e me enrolar de novo nos meus cobertores macios, e tomo um banho. Começo a me preparar para o trabalho, quando sou surpreendida com uma ligação.
________________ Ligação __________________
- oi amiga! Mamãe pediu pra avisar que ela não vai abrir o bar hoje, pode tirar um dia de folga - diz Lúcia com voz de quem acabou de acordar.
- oi Lu! Que bom...- digo aliviada.
- mas como eu sou uma praga na sua vida, vim te avisar as 2:00 da tarde, vai rolar uma festa na cachoeira, e eu não aceito um "não" como resposta! - ela diz como uma ordem.
- ah não! Eu só conheço você nessa cidade! E outra, eu nem bebo! - argumento.
- eu vou ficar perto de você o tempo todo! Calma! - ela ri - passo aí 1:50 para te buscar! Beijos - e assim ela desliga.
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Sento na cama, e fico encarando o meu guarda roupa, por no máximo dez minutos. Um certo nível de desespero começa a me bater, o que só diminuía as minhas expectativas. Ok, talvez eu seja insegura.Me jogo na cama de barriga pra cima, e suspiro.
- que merda! Eu não sei o que vestir! - murmuro para mim mesma com raiva.
Eu precisava causar uma boa impressão, se não logo iriam me rotular como uma caipira que não sabe nem ao menos se vestir quer dizer... não é como se eu soubesse, mas as meninas dessa cidade se vestem como se tivessem acabado de sair do próprio Pinterst!
E eu aqui com minha blusa extremamente confortável manchada e minhas pantufas de dinossauro.
Inclino a cabeça para cima, e vejo que era uma hora... e eu ainda não tinha comido nada.
Pego uma maçã e começo a vasculhar o meu guarda roupa novamente. Opto por uma blusa preta simples e um short cintura alta jeans de lavagem clara, ponho um cardigan florido e calço um par de tênis na cor preta.
- isso deve dar! - digo pondo a roupa na cama.
Sorrio e começo a me maquiar. Sento na minha pequena penteadeira, e começo com um lápis de olho preto, rímel, faço um delineado de gatinho e passo um batom nude. Nunca gostei de muita maquiagem, mas só quem já me viu de manhã faz ideia da necessidade que ela representa na minha vida.
Festa da cachoeira...
Obviamente teria água envolvida... só por precaução, coloco um biquíni por baixo da roupa.
Estava terminando de passar o batom(sim, eu optei por um rosa claro agora) quando escuto uma buzina, e com o susto, acabo borrando o batom até a minha bochecha. Ótimo... além de tudo, agora parece que eu levei uma chinelada no rosto!
- ah, merda!! - digo esfregando para o batom sair.
Abro a janela vejo que se tratava realmente de Lúcia, quem mais seria, não é mesmo?. Só ela poderia ser tão escandalosa na buzina, daqui a pouco os vizinhos estarão me odiando. Ela faz um sinal para que eu desça logo, e eu não me atrevo a contesta-la.
Pego meu celular coloco R$150,00 na capinha e vou para a porta da frente, tranco tudo, e entro no carro.
- oi Lu! - digo me arrumando no banco.
- Isso tudo é para o Max, é danadinha? - ela diz me olhando de forma maliciosa.
- francamente, eu jamais me arrumaria para ele - dou risada.
- talvez se você o ver sem camisa, sua opinião mude - ela me dá uma piscadela.
- vai pastar, vai! - digo cruzando os braços.
- olha, com esse jeitinho "meiguinho" seu, você vai é espantar ele! - ela diz rindo.
- ah, Lu! Eu não to nem aí pro Max - bufo - ele só é um daqueles caras que só ligam para bebidas e mulheres - explico olhando a paisagem ficando para trás conforme o carro se movimentava - e convenhamos que ele só é tão popular assim porque essa cidade é pequena e não temos muita opção!.
- fala isso porque não viu aquele tanquinho! - ela diz se abanando - dá para a branca de neve lavar a roupa dos 7 anões naquele tanquinho! - ela diz rindo.
Conforme fomos nos aproximando da cachoeira, dava para sentir o cheiro de bebida e o som alto da música de longe.
- chegamos! - ela diz alegre.
- até de longe dava pra perceber isso né, Lúcia! - rio.
- não seja tão ranzinza! - ela diz me dando uma cotovelada de leve.
Andamos até algumas pedras, onde eu me sentei no topo de uma, e Lúcia tirava sua roupa para entrar na cachoeira.
Comecei a observar a festa, até perceber que Tânia me olhava como se fosse me matar a qualquer momento.
- e aí, galera !- uma voz que eu conhecia bem ecoa pela festa.
Max estava com um short e seu peito nu, e parando para analisar... o gostoso era gostoso sim!.
Me desperto dos meus pensamentos eróticos quando vejo o sorriso irônico de Max para mim.Mando-lhe um dedo do meio e desço da pedra procurando uma bebida. Creio que nunca tomei nenhuma bebida alcoólica, bom... está na hora de experimentar coisas novas!.
Pego um copo com uma mistura de vodka e não sei mais o que, e viro tudo, sentindo a bebida passar rasgando, mas nunca me senti tão viva!.
Pego mais duas doses e começo a tirar a minha roupa para entrar na cachoeira.
Entro e vou para baixo da pequena queda de água.
- parece que a " irritadinha" está se descobrindo - Max aparece ao meu lado e me olha de forma convencida.
Ele realmente se acha a última bolacha do pacote...
- vai arranjar o que fazer vai! - digo saindo de perto.
- você não vai morrer se abaixar a guarda um pouco - ele diz me puxando e me chegando perto.
Sinto sua i********e roçar de leve com a minha, e seu hálito de menta chegar cada vez mais perto, até que eu me afasto. Isso estava ficando desconfortável.