O olho que tudo vê, parte I

892 Words
Eu não tinha tempo para descansar e mesmo assim estava em seu quarto. Donnie tinha um bom gosto para decoração. Ao contrário de Jason era bem arrumado; Limpo e as coisas no lugar! Talvez tivesse virgem em algum ponto do seu mapa. Eu ria sozinha. Só de lembrar que saí de minha casa lá na p**a que pariu e agora estava em outro país me envolvendo com máfia para retirar um garoto do perigo... Garoto este que nem sequer o pai dava valor. Virei de lado e respirei fundo em sua grande cama. Ainda tinha o cheiro de Donnie. — Ariana? — Yumi bateu duas vezes na porta e me despertou do mundo dos sonhos. — Oi Yumi, o que houve? — Me preocupei e logo me coloquei sentada. — Nada demais, só que... — Olhou para os lados e voltou a me encarar. — Eles chegaram... — Certo. — Disse em poucas palavras. — Desço em um minuto. — Hai! — Confirmou em sua língua. Me levantei vagarosamente enquanto ajeitava a roupa no corpo. Meus dedos iam na direção dos cabelos e me erguia da cama para ir até a sala. Eu havia chamado Tia Flor e Shing para que comparecessem a mansão dos Otwerside. Iria com certeza precisar da ajuda deles. Preferi fazer tudo aqui para que não houvesse divergência, além da possibilidade de que algo neste casarão pudesse ser de grande ajuda. Me escorei na mesa de Donnie para ajeitar o salto e sem querer derrubei uma pasta. Ela abriu com meu nome dentro. Curiosa, abaixei, peguei e li. — Um dossiê? — Perguntei baixo. — Então era desse dossiê que... Antes que eu mesma pudesse continuar a frase, eu vi coisas as quais não deveria ter visto. Retirei a foto de uma mulher que era idêntica a mim. Não 100%, mas, poderia nos confundir facilmente. A imagem era preta e branca, ou seja, tirada a alguns anos. Atrás, tinha escrito: Catarina Gallucci. Continuei a passar as páginas e a cada uma delas, coisas piores me surpreendiam. — ARIANA, DESGRAÇA?! — Tia flor gritou lá de baixo e eu quase enfartei. — JÁ VOU! — Segurei o dossiê em mãos e corri até o corredor. De longe vi um dos seguranças que eu havia pegado emprestado para mim por enquanto. — Ei, figurante, vem cá. — Chamei. — Pois não, madame? — Ele perguntava. — Pega esse dossiê e leve ao meu quarto, na pensão. — Lhe expliquei o endereço mais cuidadosamente. — E guarde em segredo, ok? — Dei as ordens. — Tudo bem. — E logo saiu pelo outro lado. Eu preferi ignorar por enquanto o que meus olhos viram. Tinha que me focar primeiramente em salvar Donnie, depois em meu futuro. Ou, passado. Disfarcei perfeitamente enquanto descia as escadas da mansão e Tia flor me esperava lá juntamente com a galera, Jason, Bradley e Bernardo que por algum motivo estavam vestidos como nós, mas, que eu não tinha cabeça para questionar os motivos. Shing sentava no sofá e de frente para ele numa mesinha, seu notebook e alguns outros aparelhos. Estava analisando algumas coisas e Tia Flor me aguardava lá embaixo. — Que bom que vieram. — Eu disse. — Não podia ter sido lá em casa? Eu estava com o arroz no fogo. — Tia flor me encarou. — Ari, algum problema? — Jason chegou perto de mim, tocou meu rosto e me encarou. Ele parecia saber quando algo me preocupava, porém, o abracei forte e deixei o queixo sobre seu ombro, respirando fundo e sentindo seu cheiro. — Não, Jay... — Menti. — É só o cansaço. — Então, tenho más notícias. — Shing disse. — ATÉ QUE ENFIM! — Valentina comemorou, todos a olharam e ela disfarçou. — Eu descobri como eles sabiam da nossa localização. — Shing disse. — Alguém colocou um chip dentro da Yumi. Um chip localizador que serve de radar. Como ela sempre anda conosco, eles nos rastreiam através dela. — Explicou. — Mas, como?! — Yumi perguntou. — Aqui. — Valentina se aproximou e mostrou o vídeo pornô amador que tinha gravado. Enquanto estava fodendo pela parte da frente, um outro chegou por trás e enfiou o chip no seu r**o usando o dedo e ela nem percebeu de tão extasiada. — NÃO! NÃO MOSTRA! — Yumi começava a se descabelar e chorar. — Gente, que elasticidade. — Eu encarei de canto de olho. — Me ensina? — É, ENSINA A ELA! — Jason abriu o olho para encarar. Eu dei um tapa na nuca dele e o fuzilei com o olhar. — Desculpa! — Jason grunhia de dor. — COMO EU FAÇO PARA TIRAR ESSE CHIP DO MEU ÂNUS? — Yumi continuou a chorar. — Bicha... Olha, se você quiser umas dicas de como mexer no... — Kyle! — Becca repreendeu. — Ela tá falando sério! — Não tem como tirar. — Shing disse. — Tem como desligar. Indo na base, na masmorra. Todos se encaravam assustados. — Ou isso, ou a Yumi fica fora da missão. — Tia Flor foi sincera. — Não. — Uma coisa veio em minha cabeça. — Talvez possamos usar isso a nosso favor. — É do meu r**o que estamos falando! — Yumi veio até mim desesperada. — Tudo bem Yumi, seu traseiro está em boas mãos. — E gargalhei maquiavelicamente.
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