O olho que tudo vê, parte II

702 Words
Eu combinei com todos para que fossem para suas casas. O dia havia sido desgastante e precisávamos nos preparar para o que estava por vir. Além disso, era necessário conciliar as aulas da escola com a vida dupla de traficantes mafiosos. Todos nós nos encontraríamos em um lugar que geralmente ninguém, além de nós, iria. O corredor dos perdedores, sala de teatro. Após o sinal tocar a reunião se daria início. Eu tinha que explicar o plano corretamente para eles e absolutamente nada podia dar errado! Como planejado, o sinal tocou e fomos ao local designado. Não havia ninguém por ali. Eu fui a última a chegar, conferi se tudo estava limpo e entrei. — Todos aqui? — Perguntei e analisei. Não faltava ninguém. — Ótimo, vamos começar. — Como isso vai acontecer? — Becca, comendo um pacote de cookies, me perguntava. — Me dá um pouco? — Bradley enfiava a mão. — Feitos um para o outro... — Layla revirava os olhos. — VAMOS NOS CONCENTRAR? —Yumi já estava apreensiva. — Ela tem razão! — Disse. — Partiremos hoje à noite. — HOJE?! — Todos gritavam. — Sim, temos que ser os mais rápidos possíveis. — Olhei para Yumi. — Você vai na frente, pois está com o Chip. Eles vão pensar que provavelmente estaremos com você, quando não estamos! — Peguei um Tablet, retirei e comecei a dedilhá-lo. — Como eu capturei o Black e agora tenho posse de seus seguranças momentaneamente, enviei uma tropa pequena, porém, suficiente e preparada para entrarem lá escondidos assim que saírem pela escotilha. — Expliquei. — Além disso, iremos soar as autoridades como CIA e FBI para tomarem conta daquele lugar. Eles não terão como escapar. São muitas pessoas e muitas drogas. — Completava. — Isso não é perigoso? — Becca perguntou. — E se matarem a japonesa, viado? — Kyle indagava. — Exatamente. — Suspirei. — É um risco que temos que correr. — Olhei para Yumi. — Mas, não cabe a mim decidir e sim a você, Yumi. — Deixei que ela se responsabilizasse, pois, nada mais justo. — Eu... — Tímida, Yumi se levantou e pude ver medo em seus olhos. — Podem contar comigo! Não podemos deixar ninguém para trás. Vocês não me deixaram, então... — Ela disse de maneira mais confiante. — Não deixaremos que nada de m*l lhe aconteça, prometo! — Eu disse. — Agora vamos! Temos que nos preparar. Vamos voltar a onde tudo começou... — As palavras quase não saíam. Um a um, fomos embora da sala em direção a casa de Donnie. Passou-se cinco meros minutos após saímos para que dentro da sala de teatro onde nós havíamos nos reunido, um dos armários se abrisse em pontapés. Marrie saía do seu interior. Seu sorriso demonstrava vitória, se pegou a gargalhar sozinha. Isso, se realmente estivesse sozinha. — Eu sabia que tinha feito um ótimo negócio contigo. — Marrie soou. — Como ficou sabendo? — Uma vez burra, sempre burra. — Ashley saia de outro armário. — Jéssica me contou, obviamente. Mesmo longe de mim e partindo seu pobre coração, ela jamais me esconderá as coisas. — Apertou a mão de Marrie e ambas iam na direção da porta. — O que pensa em fazer agora? Espero que meu nome seja mantido em segredo. — Não se preocupe, cherrie. — Marrie parou de frente para ela e lhe acariciou o rosto. — Se há algo de que entendo, é descrição. — Tocou-lhe o queixo e aproximou os lábios aos dela, dando-lhe um quente e molhado beijo de língua que estalou naquele corredor deserto, até se afastar para continuar. — Eu só tenho que fazer uma pequena ligação para a vovó e preparar uma surpresinha para eles. — Disse a francesa, maliciosamente. — Eles não podem tirar Donnie de lá, entendeu Marrie? — Ashley a segurou. — Se ele sair ficar livre, eu e meu irmão morremos! — Respirou fundo, quase chorando. Era nítido o medo que tinha. — Eu cuido de você e do pequeno, não se preocupe. — Novamente Marrie lhe deu um suave beijo e as duas saíram dali para possivelmente continuar a trama contra nós. — Venha comigo. — Sussurrou.
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