A fuga, parte II

676 Words
Naquela mesma tarde o sol estava se pondo. Me encostava nas grades de metal. Senti o cheiro do mar me tranquilizar e o reflexo alaranjado contra as águas refletirem meus olhos. Por trás de mim, Jason se aproximava e me abraçava forte. Beijava minha cabeça e se mantinha perto, encostando a lateral de nossos rostos. Ele a todo momento me apoiava e ficava ao meu lado. Eu tinha sorte de tê-lo. Não era qualquer pessoa que iria me aguentar, muito menos as encrencas que eu me metia. Ou pior.... POR QUEM eu me metia. Em uma cena romântica, a gente se encostava na beirada e nos beijávamos. Por outro lado, Shing e os demais conseguiram fugir. Estavam indo desesperadamente na direção da pista de pouso, quando, no meio de todo o furdunço, um dos jipes carregados de gangsters os abordaram e decidiram levá-los na direção das balsas à mando de Black, onde todos se encontrariam. Foi pouco tempo, quase em última hora para se salvarem e por um triz não afundaram junto com a ilha. Por sorte, a equipe refugiou-se na mesma balsa a qual eu me encontrava. — Só falta um Iceberg para esse filme ficar perfeito. — Disse Valentina de longe. — Oi, posso ficar por aqui? — Perguntou Shing, se aproximando. — Só se me fizer um favor. — Valentina o encarou. — Qual? — Tímido e sorridente, ele perguntava. — Prende a respiração por cinco minutos? — Ao falar aquilo, empurrou ele com os ombros e saiu. Perto dali, Bradley segurava Rebecca. Ambos sorriam de frente um para o outro e dividiam um chiclete longo que ligava os lábios de ambos. Competiam para ver quem comia mais, até que seus lábios se tocaram em um beijo. — Sabe, nunca pensei gostar de alguém assim. — Disse Brad. — E eu gosto de você como gosto de chocolate. — Ela riu. — Ou seja, gosto muito. — Becca, queria te pedir algo. — E Brad se ajoelhava, retirando uma caixinha de veludo. — Oh meu Deus... — Ela colocou as mãos nos lábios, assustada. — Namora comigo? — E abriu. O Anel era feito de açúcar, um dos seus preferidos. — MAS É CLARO! — E o abraçou forte, levantando facilmente Bradley do chão e o rodopiando. Mais uma vez se beijaram. Enquanto isso, Jéssica, Layla e Yumi estavam jogando cartas e tirando dinheiro de todos os guardas do lugar, até mesmo dos gangsters de Donnie. Elas sabiam bem como roub... Digo, realizar estratégias quando o assunto era ganhar dinheiro. Claro que ninguém poderia desconfiar do trio de garotas inocentes e que por causa disso, acabavam saindo por cima. Só espero que não fiquem ricas antes de mim. Kyle estava se abanando com o leque, pendurado sobre a grade da balsa e de braços abertos se sentindo a Rose do Titanic. Se continuasse daquela maneira iria acabar caindo. Dito e feito! Ele abanou os braços, gritou e antes de despencar dentro da água, alguém lhe puxou de volta. Bernardo foi ao chão com as mãos na cintura de Kyle que o encarava de cima, respirando próximos um do outro. Minha mana conseguia sentir a barba de Bernardo lhe acariciando o rosto e indo ao pescoço, o arrepiando todo. Até se tocar do que estava acontecendo e abrir o leque na cara dele. — Da licença, e não me toca que eu não sou pandeiro. — Ele fechou o leque e foi embora. — Oh, espera aí viadinho. — Bernardo segurou seu braço e o fez olhar em seus olhos. — Por que foge tanto? Eu sei que você quer. — Ele disse. — Olha só. O famoso não apoia, mas come. — E puxou o braço de volta. — Não preciso de um hipócrita machista me cortejando. — Lhe deu um bom fora. — E sai de perto de mim ou chamo a polícia. — Novamente, foi embora. — Ah, você não pode estar falando sério. — E Bernardo correu atrás de Kyle. Kyle por sua vez, saiu gritando e pedindo socorro.
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