Vingador, parte III

588 Words
No térreo, uma muralha de guardas servia de parede, impedindo que quem estivesse de fora, pudesse ver os prisioneiros sentados ao chão de concreto, algemados e com as cabeças entre seus joelhos. Estavam descontentes. Mesmo assim, tinham um pouco de esperança. Eram a primeira vez em anos que sentiam a luz do sol lhes tocarem os rostos e o ar puro preencher seus pulmões. Diferente do artificial. Era muito bom. Todos ali sequer levantavam suas cabeças. Qualquer movimento em falso e levariam um tiro, uma coronhada ou qualquer agressão que os imobilizasse. Eram tratados como animais. Com tanto tempo, se acostumaram com aquela cultura do medo, então, não retrucavam em seus lugares. Ao longe, ouviu-se uma espécie de sino, como em uma catedral. O badalar das balsas que chamaram a atenção de toda ilha. Eram três grandes balsas de transporte veicular. No centro de cada uma, existia uma torre de comando e um sino de médio porte para dar sinais as outras quando em alto mar ou, para anunciar a chegada como acontecera agora. Ao chamar a atenção de Dollores-Darth-Vader, os guardas se posicionaram em uma fila indiana de frente um para os outros e formaram um corredor extenso para que seu imperador, ou, seja lá que p***a fosse aquilo, passasse. E a música tema começou. — Preparem os carregamentos! — Disse Darth aos guardas. — Conduzam-nos até as balsas. — Sim senhor! — Obedeceu, um dos generais. Marchando rumo ao desespero, aquelas pessoas emborrachadas dos pés à cabeça trataram de sacar as suas armas e apontar aos prisioneiros. Em uma ordem organizada, levantavam fileira por fileira, analisando e atentos a nenhuma falha, levando todos em direção ao mar. Quanto mais tempo se passava, menos eles acreditavam em uma possível libertação. Devido a quantidade de guardas e toda sua maestria naquilo que faziam, vinte minutos foi o suficiente para que todos eles seguissem até a praia. A orla não ficava longe da torre. Menos de um quilômetro a frente, descendo numa trilha ao redor daquela mata. Todos se posicionavam. As balsas no porto. Os prisioneiros na frente. Os guardas em uma barreira e atrás, Dollores. — Agora, vamos ao... — Alto lá!? — Uma voz familiar ecoou no recinto. Darth olhou para cima do barranco e não acreditou no que viu. Uma pessoa montada em um cavalo n***o de raça, usando uma roupa vermelha e prateada com duas asas nas costas e um chifre na lateral da testa. Sim, isso mesmo meus amigos! A figura épica e ilustre do maior vilão que já pisou nessa terra! O Vingador, da caverna do dragão! Eu sei, provavelmente o Jason quando ler isso vai ficar com raiva de mim por eu ter colocado um vilão melhor que o dele em meu livro para enfrentar o Darth Vader. Mas, com licença né mores? Eu vim para lacrar. — Diana?! — Darth Perguntou. — Vingador para você, sua velha caindo aos pedaços. — Ela tirou uma arma. Ah sim, esqueci desse detalhe... A Tia Flor que estava fazendo o papel. Ambas iriam se enfrentar agora. — Guardas! — Dollores ordenou e os guardas miraram no meu vilão. — Gangsters! — Mas, MEU VILÃO não ficaria para trás. Saíram vários snipers por trás dela, apontando a armas para os inimigos. — Mas que v***a! — Disse Dollores. — Parece que vamos ter que resolver isso no mano a mano. — Tia fl... Digo, vingador desceu do cavalo e a encarou maliciosamente. — Pode vir! — Darth fez posição de luta como se soubesse Karatê!?
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