CAPÍTULO 5

2030 Words
Brenno . * Eu tive uma noite de merda. m*l dormi. Algo sobre aquela garota estar aqui sob o meu teto deixa eu e meu lobo no limite, e eu acordei com o nascer do sol para deixá-lo sair para correr esta manhã. Eu me sinto um pouco melhor quando volto, vestindo uma calça de moletom cinza que pendurei em um galho de árvore atrás da casa e colocando. . Quando entro na casa da matilha pela porta do pátio dos fundos, imediatamente ouço a risadinha leve de Agatha e estou de volta como acordei. Irritado. . Dou alguns passos hesitantes para a frente para poder ver a cozinha, encontrando-a apoiada em uma parte da bancada na cozinha vestindo um short minúsculo, uma perna nua cruzada sobre a outra. Um moletom folgado esconde o resto de seu corpo e seu cabelo encaracolado está no topo de sua cabeça em um coque bagunçado. Ela está segurando uma xícara fumegante de café com as duas mãos, ainda rindo baixinho. . Bruno e Jhonny estão em frente a Agatha do outro lado da bancada, inclinando-se para ela com interesse óbvio. A maneira como esses dois estão bajulando essa garota é patética, eles quase falaram sobre ela à noite toda quando estávamos saindo. No momento, Bruno está contando a Agatha com algum tipo de história ou piada estúpida, que ela deve achar hilária, a julgar por suas risadinhas e Jhonny está apenas balançando a cabeça com um sorriso pateta no rosto. Não posso deixar de revirar os olhos enquanto me dirijo a eles, Agatha sendo a primeira a notar minha presença. . Sua cabeça vira na minha direção, os olhos arregalados como um filhote de cervo pego pelos faróis. Eles imediatamente caem no meu peito nu e eu não perco o rubor que se forma em suas bochechas enquanto seu olhar desliza do meu peitoral para o meu abdômen. No momento em que seus olhos fazem o seu caminho de volta para os meus, eu não consigo evitar um sorriso em meus lábios. . Por um segundo, ela parece um pouco confusa, mas estou aprendendo rapidamente que essa garota é uma profissional em esconder suas emoções. Em segundos, ela tem um sorriso brilhante no rosto, qualquer traço de desconforto foi enterrado. . — Oi!— ela me da um comprimento animada demais para essa hora da manhã. . — Bom dia Alfa.— Jhonny imediatamente se endireita quando me vê, colocando sua xícara de café no balcão. . — Bom dia Alfa.— Bruno inclina o quadril contra a bancada da cozinha, ele imita Jhonny de forma exagerada. O cara acha engraçado me provocar sobre o meu título por algum motivo, eu acho que é como ele lida com seu ciúme pelo fato de que agora sou tecnicamente superior a ele graças à nossa ordem de nascimento. . — Foi correr? — Concordo com a cabeça, me aproximando enquanto penteio meu cabelo com os dedos e o puxo para trás, prendendo-o com um elástico. Aconteceu tanta coisa ao mesmo tempo que m*l tive tempo de lembrar de cortar o cabelo, mas até que estou gostando dele assim. . — Agatha também né?— Bruno fala levantando aa sobrancelhas como se estivesse apontando para Agatha a sua frente. . — Não, eu não fui correr. Fui fazer um dos meus rituais de purificação.— Agatha explica tranquilamente como se a gente entendesse alguma coisa desses rituais de bruxa. . — Café? — Jhonny perfunta, apontando para a xícara. . — Por agora não, estou bem. Agora tenho que ir ao complexo.— Eu balanço minha cabeça. . — Agora? Eu ainda tenho que tomar um banho rápido e trocar de roupa. — Agatha pergunta, um pouco em pânico. Ela coloca sua caneca de café na ilha. . — Então você vai precisar de carona né?— p***a. Em nenhum momento pensei que eu teria que levar essa garota por aí também. Eu dou um suspiro, lançando meu olhar em sua direção. . — Sim, tudo bem com isso? — Ela pula da banqueta, afundando os dentes no lábio inferior e me encarando com aquele olhar de corça novamente. . — Ok, não há mais nada que eu possa fazer né? — Agatha corre para fora da cozinha e eu resisto à vontade de dar outra olhada em suas pernas nuas enquanto ela se afasta. . — Acho que vou acabar tomando esse café mesmo. — resmungo, indo até a bancada que Agatha desocupou. . Eu empurro a xícara de café abandonada de Agatha para fora do caminho, observando Jhonny enquanto ele pega uma xicara do armário e começa a me servir. . — Sabe que não te mataria ser um pouco mais amigável com a nossa convidada.— diz ele, me lançando um olhar de desaprovação. . — Eu só não sabia que ficaria preso como um motorista particular também.— eu rosno. . Vejo movimento com o canto do olho quando Agatha aparece de repente ao meu lado, estendendo a mão para pegar sua caneca de café da ilha. Foda-se. . — Hum, desculpe.— ela murmura, seus cílios tremem quando ela olha para mim timidamente, pegando o café e girando de volta, correndo para a ala de hóspedes novamente. . Otimo, agora eu me sinto como um i****a. Eu olho de volta para Jhonny, e ele ainda está me dando aquele olhar de desaprovação. . — Mano...— Bruno respira, balançando a cabeça. . — Não. Não quero e não vou ouvir nada agora. — eu retruco, balançando minha própria cabeça e me empurrando para fora do meu assento. Eu não preciso ouvir isso, eu já sei que foi uma resposta de merda. Não é como se eu tivesse feito de propósito. . Pego minha xícara de café da bancada e caminho em direção às escadas, indo para o meu quarto para me trocar. Agora me sinto m*l e estou aborrecido por me sentir m*l. Ter essa garota aqui já está atrapalhando minha vida. Eu odeio que ela esteja no meu espaço, na minha rotina diária. Eu odeio a coisa alegre que a pequena senhorita sol que ela é. Eu odeio que estou completamente atraído por ela, que eu não consigo parar de olhar para ela. Essas próximas semanas podem me matar. . Meia hora depois, estou estacionando meio carro no meu lugar de sempre no complexo, olhando para Agatha, vendo ela desafivelar o cinto de segurança. A viagem até aqui foi uma esreanha, eu pensei que ela ficaria quieta depois de me ouvir falando merda na cozinha, mas em vez disso ela estava tão tagarela e animada quanto quando eu a levei para a casa ontem. E eu odeio forçar conversa fiada. . — Então eu deveria ligar para você mais tarde para trazer o carro? Motorista.— Agatha pergunta, olhando para mim e arqueando uma sobrancelha. . Eu congelo, estreitando os olhos. Lentamente, seus lábios se abriram em um sorriso. . — Brincadeira.— ela ri. Eu apenas olho para ela sem expressão. . — Sabe, o comentário do motorista mais cedo? Eu só estava tentando fazer pouco disso...— . — Ah entendi, uma piada. — resmungo, abrindo minha porta e saindo do carro. . Agatha sai do lado do passageiro, e eu já estou descendo a calçada quando ouço sua porta fechar e seus passos rápidos correndo atrás de mim para me alcançar. Eu não me incomodo em diminuir a velocidade para ela, mas de alguma forma ela acompanha, mesmo que ela tenha que dar pelo menos dois passos para cada um dos meus longos passos. . Dobramos a esquina do complexo e me dirijo para o portão, a cabecinha de Agatha balançando ao meu lado na minha visão periférica. Ela é tão pequena, ainda bem que eu nunca cederia à minha atração por ela, porque eu poderia quebrar essa garota ao meio. . — Aqui é o campo aberto e ali do outro lado o fechado.— murmuro, apontando pelo local e o outro lado do campo. Começo a me afastar quando Agatha fala. . — Na verdade, acho que vou treinar com vocês , se estiver tudo bem.— Eu paro no meu caminho, virando para olhar para ela por cima do meu ombro. . — Quero dizer, eu tenho que me manter em forma, certo? — Ela responde como se tivesse entendido a minha pergunta silenciosa. . Eu solto um suspiro, virando-me para encará-la. — Claro, mas não fazemos apenas exercícios de resistência aqui. Fazemos muito treinamento de combate.— Eu solto um suspiro,me virando para encara-la. . — E? Sabe,eu sou considerada uma luna na minha matilha já que meu irmão ainda nao encontrou sua companheira. Você acha que eu vou ficar de braços cruzados quando chegar o dia da luta com a matilha das sombra? — ela arqueia uma sobrancelha, um sorriso presunçoso nos lábios enquanto cruza os braços sobre o peito. . Meu queixo fica frouxo, acho que se pudesse iria atéo chão, porque sim, isso é exatamente o que eu pensei que a princesa da matilha do lobo uivante faria. Estou sem palavras e felizmente Quezia aparece naquele momento, levando Agatha para se juntar a algumas das outras meninas. . Eu faço o meu caminho até os caras e começamos a praticar com algumas voltas ao redor de om dos campos, seguidas de algum treinamento em circuito. Após a primeira hora, todos nós formamos par para treinar. Eu faço dupla com Gael porque o cara sempre dá cento e dez por cento e eu não estou pensando em pegar leve hoje. Eu preciso extravasar de alguma forma. . Como lutadores, Gael e eu somos bastante equilibrados, e nos lutamos como o inferno. Vinte minutos depois, tenho sangue pingando da minha sobrancelha, uma lesão no meu antebraço direito e um corte no joelho esquerdo. Gael não parece muito melhor de sua posição à minha frente enquanto ele tira os dedos ensanguentados em sua camiseta, olhando para o campo. . — Droga...— Gael respira e eu sigo seu olhar para ver o que chamou sua atenção. . É a companheira dele, é claro, Fabiola é uma das guerreiras mais ferozes do batalhão e ela está rolando no chão com seu oponente, tentando se esquivar de seus golpes. Não é fácil derrubar Fabiola, mas parece que quem tem está com ela, está dando um trabalho duro a ela. . — De jeito nenhum.— murmuro quando vejo um emaranhado de cachos castanhos claros e a percebo de que é a pequena Agatha em cima de Fabiola, prendendo-a com um cotovelo. . Lanço um olhar de relance para Gael e um sorriso de diversão cruza seu rosto. Ele cruza os braços, continuando a assistir ao confronto. Eu me viro para ver Fabiola ainda tentando se liberar de Agatha, mas sem sucesso. Ela finalmente cede, batendo no chão para sinalizar para Agatha. . — Bem, isso é inesperado. Você viu?— Gael ri, olhando para mim novamente. . — Eu não tinha ideia de que ela poderia lutar. Quero dizer, olhe para ela, toda princesinha...— Eu balanço minha cabeça. . Olho para trás na direção de Agatha para vê-la batendo em sua legging, um sorriso triunfante estirando suas bochechas. Essa garota é cheia de surpresas do c*****o. . Então eu acho que ela não é apenas uma princesa mimada, ela é na verdade uma princesa guerreira. Por que o pensamento disso deixa meu p*u duro? . — Você está pronto para ir de novo? — Gael pergunta, dando alguns passos para trás e se agachando. . Ainda estou olhando para Agatha e minha respiração fica presa quando seus olhos encontram os meus do outro lado do campo de treinamento. — Brenno?— A voz de Gael me tira de qualquer p***a de transe em que estou e olho para ele, balançando a cabeça. Afastando todas as distrações estúpidas e se concentrando novamente no que importa novamente.... treinamento. . — Sim, desculpe.— Eu murmuro, me agachando em uma posição defensiva, pronta para voltar a treinar. . — Pode começar.— Eu sorrio para Gael, dando um pequeno aceno de cabeça para acenar para ele.
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