Capítulo 06

2259 Words
Acordei cedo, me preparando para ir trabalhar. Tomei um banho rápido, mesmo querendo voltar atrás por saber que teria que ver Phillip inevitávelmente. Ele parecia um karma que eu estava sendo obrigada a carregar. Sai do meu apartamente, sentindo o ar puro entrar nos meus pulmões e me deixar um pouco mais leve. Quando o dia era bonito como esse, eu sentia prazer em ir trabalhar, atender pessoas, conversar. A verdade é que, mesmo que Phillip me irritasse muito, eu tinha que continua seguindo e trabalhando todos os dias, pois não havia escolha nenhuuma para mim ou para qualquer outro funcionário. A verdade é que ele tinha o poder entre todos nós. — Bom dia. — Cumprimentei a todos, animada. — Bom dia, Senhorita Chloe. — Um dos garçons, um garoto muito educado de vinte anos disse. Ele tinha acabado de conseguir o emprego para ajudar a mãe. — O Senhor Angela está aguardando a senhorita no escritório dele. — Ele anunciou. — Tudo bem. — Disse, a voz um pouco tremida e uma enorme v*****e de sair correndo. Na realidade, eu não sabia como agir quando o assunto era alguém como o Senhor Angelo. Ele me tinha na palma das mãos e eu não tinha como negar nada a um homem como ele e sendo sincera, não sei se ele quer saber se alguém teve que me defender do filho assediador dele, ele irá defende-lo. Bati na porta duas vezes e escutei um breve entre, abrindo a porta em seguida. — Bom dia, Senhor Angelo. — Eu murmurei. A sala estava vazia, por isso, sentia-me ainda mais nervosa com toda a situação. — Bom dia, Chloe. — Ele não me olhou. — Sente-se. — Está tudo bem? Aconteceu alguma coisa? — Perguntei. Ele se ajeitou na cadeira, retirou o óculos e apoiou os punhos sobre a mesa, me encarando fixamente. — Na verdade, tenho um comunicado a senhorita. — ele começou, e eu podia sentir a minha pressão caindo com cada pausa que ele dava. — Você foi uma funcionária excelente, com uma ótima demanda, mas preciso dispensar os seus serviços. — Mas, por qual motivo? — Perguntei. — Apenas corte de pessoal, nada intimo ou que nos envolva fora daqui. — Ele balançou as mãos. Ele se virou e abriu uma gaveta ao seu lado, puxando um talão de cheques e assinou, me dando uma quantia de dinheiro. — Tome, o salário pelos dias que trabalhou. — Avisou. Cocei minha cabeça, nervosa. Eu não sabia como agir sobre isso depois daqui e sentia que meu coração estava prestes a sair pela boca. Eu sabia que tudo podia dar errado a qualquer momento, mas não queria acreditar que fosse me deixar na mão agora, tão de repente. — Obrigado pelos seus serviços. — Ele sorriu e piscou para mim. — x — Uma longa semana se passou. Uma semana em que tudo parece piorar a cada dia que acordo e só tenho como encarar o teto ou ver televisão, já que eu não tenho nada mais interessante para fazer. Meu celular apitou sobre a mesinha de cabeceira e eu me virei, pescando-o. Podia ser umas das inúmeras empresas nas quais coloquei currilos. "Bom dia, senhorita Chloe! Estou mandando mensagem logo cedo solicitando a sua presença no nosso restaurante/hotel para retorno de funções. Atenciosamente, senhor Angelo." Me levantei de sobressalto. Como assim eut inha recebido o meu emprego de volta? Isso era muito melhor do que eu imaginei. Céus, como eu era sortuda. Eu não acredito, eu não acredito. Pulei da cama, fazendo tudo na maior velocidade que podia. Correndo para o banheiro e tomando um banho rápido e me vesti o mais formamelnte possível, tentando parecer o mais bonita que poderia. Sai de casa com a bolsa embaixo do braço e, muito apressada, fui para o lugar do qual não deveria ter saído. Eu não merecia ser demitida, não quando eu fazia um trabalho bom e não haviam reclamações de qualquer cliente. Empurrei a porta do restaurante — que ainda estava vazio —, encontrando Angelo próximo ao balcão de drinks. Me aproximei dele, pronta para receber a minha nova função, enquanto ele me encarava com uma careta. — Ah, você... — disse, simplesmente. — Senhor Angelo. — Cumprimentei. — Você foi uma das exigências do novo dono do hotel, então voltará a sua função antiga. — Ele explicou. — Nada muito novo. Franzi a testa, sem entender exatamente o que estava acontecendo. — Desculpe perguntar, Senhor Angelo, mas quem seria o novo dono do Hotel? — Perguntei. Quero dizer, eu não conhecia ninguém muito importante para que eu fosse obrigada a ser recontratada. — Lorenzo Greco. — Ele disse, enquanto girava nos próprios calcanhares, pronto para sair do salão. — Espere! — Disse, fazendo-o me encarar. — Lorenzo Greco! — Sim! — Disse simples, quase como se eu fosse uma burra. — Não aceito o emprego de volta! — Eu disse Ele me encarou com a testa franzida. — Hãn? — Isso que ouviu, não aceito o emprego. —Disse, firme. Queria que ele entendesse o que eu estava dizendo e que me levasse a sério profissionalmente. Só podia ser uma brincadeira de muito m*l gosto que Greco tivesse se enfiado no meu local de trabalho e que tivesse exigido que eu fosse recontratada, como se ele tivesse controle sobre mim. m***a! m***a! m***a! — Você quem sabe, eu não me importo. — Ele deu de ombros. — Apenas, vá embora, então. O encarei atônita, enquanto só conseguia direcionar toda a minha raiva em Lorenzo Greco e em toda a sua soberba e autoritarismo. Ele era a única pessoa que conseguia me fazer ficar tão irritada. — x — Eu, realmente, estava entrando em desespero. Quero dizer, parecia que nada ajudava mesmo e o dia do aluguel se aproximava, me deixando a certeza de que eu seria despejada muito em breve. Entrei em casa e coloquei os pães sobre a mesa e me sentei, abrindo o meu celular, a procura de possíveis emails de vagas de emprego — qualquer um que fosse. A primeira mensagem era um "VAGA DE BABÁ" e uma longa mensagem avisando como eu poderia fazer a entrevista. A proposta tinha vindo da própria empresa de vagas, o que me deixava mais confiante de que poderia dar certo. Eu amava crianças e mesmo que eu não tivesse uma experiência com elas, ainda sabia que poderia chegar bem longe se soubesse fazer um bom trabalho e seguir as regras do pai da crianças. Apertei em "envie seu curriculum" e deixei meu celular de lado, enquanto esperava a análise. Eu sabia que poderia demorar um pouco todas essas coisas de análise, principalmente, levando em consideração o grande fluxo de mensagens que deveria ter. Mas, logo o meu celular tocou sobre a mesa, olhei de sobressalto e constatei que era um número desconhecido. Peguei-o na mão e levei a orelha, enquanto dizia um singelo "alô!" — Bom dia, aqui é a Mariana, sou coordenadora e estou marcando as entrevistar para os pais do pequeno. — Ela disse. — Oh, meu Deus! — Eu roi minhas unhas. — Eu acabei de enviar meu curriculo. — Analisei bem rápido. — Falou, assim que eu terminei de falar. — Bom, vi que você parece ser uma ótima opção, podemos marcar uma entrevista? — Mas é claro! — Eu pulei, enquanto me sentava na mesa. — Para quando? — Hoje mesmo, precisamos urgente e depois que sair do meu escritório, você irá para a casa do meu chefe, sim? — Ela disse. — Claro, claro. — Eu sorri. — Pode me enviar o endereço, chego ai em alguns minutos. Desligamos alguns minutos depois. Pulei no lugar, mas no por muito tempo, enquanto corria para o meu quarto para tomar um banho demorado e me arrumar. Eu sentia meu coaração batendo forte no peito e a exitação me deixando completamente animada. Me arrumei formalmente, pensando em como eles deveriam ser importantes, levando em consideração o salário gordo e todos os beneficíos. — x — Quase uma hora depois, por causa do trânsito, paguei e pulei do carro do taxista. Ignorei completamente a faixada da empresa, imaginava que podiam ter muitas pessoas aguardando na fila e queria ser uma das primeiras a ver todos. — Bom dia. — Disse, me debruçando um pouco no balcão para ver a recepcionista. Ela levantou os olhos e piscou, mascando um chiclete. Não parecia estar feliz enquanto eu a atrapalhava a mandar mensagens. — Estou aqui para uma entrevista. — Anunciei. — Seu nome? — Chloe Jones. — Disse, orgulhosa. — Sexto andar. — ela me esticou um adesivo. — põe no peito. Agradeci, enquanto colava e me virava para o elevador, andando apressadamente até lá. Eu estava muito nervosa e minhas pernas tremiam um pouco. — Olá. — A mulher sorriu, assim que apareci na sua frente — Oi. – Disse tímida. — Etava esperando. — ela piscou em minha direção — venha, vamos entrar . — Achei que teríamos mais concorrência. — disse, piscando em sua direção. — Que nada. — riu. — nem todos querem trabalhar com crianças, infelizmente. Assenti, enquanto entrávamos na sala dela. Me sentei na cadeira na frente da mesma e pisquei, reparando em toda a sua sala. — Bom, vamos começar... — ela disse, se ajeitando na sua cadeira. — x — — Maravilha. — Ela sorriu, enquanto eu entregava para ela a caneta. — como eu disse, é uma urgência. Vou lhe passar o endereço e o dinheiro do taxi. — Obrigada. — Disse, animada. Não conseguia acreditar que isso estava mesmo acontecendo. Quero dizer, tudo parecia tão confuso agora, mas eu precisava tanto desse dinheiro — que me pagaria muito melhor que antes. Sai do escritório e logo em seguida deixei o prédio, animada. Chamei o primeiro táxi que apareceu na frente do prédio, passando o endereço. Eu estava animada, animada por saber que eu teria emprego agora e que não seria nada difícil. Isso era muito melhor que que eu poderia imaginar. — Chegamos. — O motorista disse, parando na frente de uma casa enorme. Não era de se duvidar que eles eram ricos desse jeito, os muros enormes e amarelos que circulavam a casa inteira entregavam muita coisa. Entreguei o dinheiro do p*******o ao motorista e pulei do carro, dando-lhe um enorme sorriso e pulei para fora, andando até o enorme portão. O portão foi aberto para mim e eu dei alguns passos para dentro, antes de sentir que reconhecia o lugar. Alguns passos mais a frente e um click na minha cabeça. Essa era a casa do Lorenzo. Eu reconheço esse lugar, mas a confusão e pressa para ir embora naquele dia não me permitiu gravar detalhes. Girei em meus próprios calcanhares, dando alguns passos até o portão mais uma vez. — Onde pensa que vai? – A voz de Lorenzo me fez pular no lugar e vibrar com o susto. — Embora. — Grunhi. — Não vai não. — Ele franziu a testa, sua voz grossa. — Você n******e me prender aqui e me obrigar a trabalhar para você. — cruzei meus braços. — Isso viola os direitos humanos, sabia? — Você ir embora e largar seu trabalho viola leis. — ele levantou alguns papéis. — Do que está falando? — Perguntei. — Se tivesse lido o contrato, veria que tudo está especificado, inclusive, meu nome.. — ele me entregou o contrato. — e você assinou, caso largue seu emprego dentro do próximo ano, terá que me indenizar com um milhão de dólares, você tem essa quantia? O encarei, mordendo a minha bochecha e bufei. — Isso é muito injusto. — bati meu pé. — O mundo não é justo, docinho. — ele mexeu nos meus cabelos, mas desviei do seu toque. — Não me encoste. — Resmunguei. Ele me lançou um sorriso de canto e girou nos próprios calcanhares, andando pelo caminho de pedras. — Você não vem? — Ele perguntou. Pisquei, bufando e batendo os braços na frente do corpo, antes de segui-lo em direção a enorme casa. Quando entramos, tudo parecia calmo e silêncioso, por isso, constatei que o menino deveria estar na escola a essa hora e que eu ficaria com uma parte do meu tempo livre. — Essa é a casa, você tem liberdade para explorar e é bom que consiga gravar os cômodos, Giovanna é uma criança arteira. — explicou, com desinteresse. Me encolhi, enquanto assentia e olhava para a magnetude do lugar e todo o poder que isso aqui exalava. Eu conseguia me sentir um pouco envergonhada com todo o luxo. — Cuide bem do meu filho. — Ele disse, seu corpo a um pequeno centímetro do meu. — entendido? — Sim, senhor. — Engoli em seco, sentindo meu coração se apertar. E então, ele se virou e saiu, batendo a porta pesada atrás de si, me deixando sozinha dentro da casa. Me sentei no sofá da sala de estar — que ficava ao lado do Hall de entrada — e esfreguei meu rosto, sentindo a tristeza me invadir e o som dos cacos do meu coração caindo. Doia saber que eu tinha me apaixonado por alguém como Lorenzo Greco, mas que ele não sentia o mesmo por mim. Doia por não saber o motivo de estar apaixonada por um monstro como ele. É tão bizarro e estranho. Queria que esse sentimento sumisse, mas não sabia como fazer isso, definitivamente, não sabia como. Afinal, eu estaria sendo obrigada a cuidar do seu filho com outra pessoa!
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