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A babá da Máfia

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intro-logo
Blurb

Chloe era uma mulher forte, perdeu os pais muito jovem e teve que se virar desde cedo. Era funcionária de um hotel no centro da cidade e lutava muito por sua independência. Quando, por muita insistência de sua melhor amiga, Chloe acaba em um bar, ela corre perigo nas mãos de homens desconhecidos, sendo salva por Lorenzo. Lorenzo é um homem de negócios conhecido em todo o mundo, famoso e completamente cobiçado, esconde por trás de uma imagem de bom moço uma vida secreta e perigosa, sendo o chefe da máfia mais perigosa e obscura de toda a Itália. Agora, ele precisa convencer a moça de que é um bom negócio torna-la babá do seu único filho, Giovanni — que acabou completamente encantado pela moça.

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Capítulo 01
Chloe Jones — Eu não sei. — Eu passei o paninho sobre a bancada do hotel. — Não acho que você tenha que seja legal igual você diz. — Ai, chloe, você vive dentro de casa, precisa sair para se divertir... — fiz bico. — só fica guardando dinheiro, como se você fosse conseguir comprar aquela casa antes dos cinquenta. Parei e suspirei. Anna era a minha melhor amiga e no geral, não era uma mulher amarga e infeliz, assim como ela tem se feito parecer agora, muito pelo contrário. Fazem dias que ela me chama para esse bar e que tem exigido que eu vá, pelo seu aniversário. Não gosto desses lugares e não sei se quero ir, mas... não quero que Anna fique chateada logo em seu aniversário. — Tudo bem, eu vou. — suspirei. — X — Odiava esses lugares, com todas as minhas forças, odiava baladas, odiava festas enormes e principalmente, odiava esse montante de pessoas. Quero dizer, ela estava flertando com um cara a muito tempo e se não fosse por mim — e pela sua obrigação moral de permanecer do meu lado —, duvido que eles não estariam se engolindo por ai. Sentia pena, quero dizer, era o aniversário dela e ela não deveria estar sendo presa pela sua amiga careta e quase nada divertida, mas ela estava ali. — Porque não vai até ele? — Perguntei, por cima da música alta. — Você jura? — Ela me encarou, um sorriso de orelha a orelha. Diferente de mim, Anna era muito mais liberal sobre a sua sexualidade, enquanto isso, eu permanecia procurando "o homem perfeito" e inexistente. Eu sabia que ele não existia, mas parecia que nenhum homem me interessava, nem Luca, o filho do gerente do hotel. — Claro, quero dizer, é o seu aniversário, não é? — Eu sorri para ela. — É... — ela me puxou e beijou meu rosto com força. — Você é uma ótima amiga. Ela me puxou para um abraço e saiu, andando até ele sedutoramente, balançando os quadris em sua direção. Observei-os trocando poucas palavras, até saírem pela porta da frente juntos. E cá estava eu, sozinha e decidida a nunca mais voltar aqui ou qualquer coisa do tipo. Eu sei que ela não tem culpa e que podia muito bem ter continuado aqui, mas ela me chamou e sei lá, eu estou confusa agora. Terminei de tomar meu refrigerante e pulei do banquinho, pegando a minha bolsa para voltar para a minha casa de taxí. Quando, de repente, acabei esbarrando contra alguém forte, alta e muito, muito musculoso. Toquei meus cabelos, e olhei para cima, dando dois passos para trás. — Desculpe, eu não vi você ai. — Limpei minha garganta. — Percebi. — O homem disse e olhou para os amigos. — Está sozinha? — Estou indo para casa. — Avisei, tentando me desviar dele. — Tão cedo, boneca? — Ele passou os dedos pelos meus cabelos. — Porque não fica para tomar uma bebida conosco? Uma mulher tão bonita assim, sozinha? — É... eu tenho que ir, tenho trabalho a fazer. — Mordi minha bochecha, nervosa. — Fica! — Ele disse, ameaçador, seus olhos me estudando, fazendo a minha carne tremer pelo medo. A verdade é que tudo estava parecendo tão confuso agora. Meu coração batia rápidamente e com muita força, enquanto eu o encarava morrendo de medo. Eu queria mesmo correr, mas eles pareciam mesmo perigosos e mesmo com medo, decidi ceder a acabar mais prejudicada. — Eu... só uma! — Falei, me encolhendo. — Só uma... — ele me lançou um sorriso perverso. — Senta, eu volto já com a sua bebida. E então, eu me sentei, sendo observado por todos aqueles homens que pareciam muito perigosos e extremamente violentos. Minha carne tremia e o medo me deixava a cada minuto mais medrosa. — Beba! — Ele me estendeu uma taça. — O que tem aqui? — Perguntei. — É uma bebida especial, beba! — Mandou, me encarando fixamente. Beberiquei, sentindo a minha garganta queimar conforme o álcool descia pela minha garganta. Apertei meus lábios um contra o outro voltei a beber, sendo observada. — x — Lorenzo Greco Passei os olhos pelo local, sentindo-me estupidamente entediado com tudo ali. Quero dizer, não tinha nada de interessante em toda aquela balada. A música alta, as mulheres, nada. Tudo me parecia estupidamente igual a todas as outras vezes em que eu pisei aqui. Suspirei, bebericando o whisky em meu copo. — Senhor Greco. — Um dos meus capangas me chamou, fazendo-me olha-lo. — Sua limousine está pronta. Eu estava prestes a ir embora. Deixei o copo sobre a mesa, me levantei e ajeitei o blazer sobre o corpo, percebendo quase que imediatamente os olhares queimando sobre mim — coisa que não era novidade nenhuma. Sem dizer uma palavra, fui seguido por eles, enquanto me mantinha atento a tudo. Eu sabia que tinha inimigos e que tinha que me manter atento a tudo. Segurei a respiração e passei a mão pelos meus cabelos assim que vi a cena mais estupida e completamente nojenta da minha vida. Na verdade, era absurdo que algo assim estava acontecendo em um lugar com tantas pessoas. Lancei um olhar para os meus homens, voltando a minha atenção para a mulher que estava em pé, m*l se segurando nos próprios pés, cambaleante e com uma clara expressão de bêbada. Eu não conseguia ver esse tipo de situação e permanecer quieto e acho que ninguém deveria fazer o mesmo. Quero dizer, tantas pessoas e elas vêem uma mulher nesse estado e não fazem nada? — Soltem-na. — Ordenei. Os homens piscaram para mim e deram um breve sorriso de canto, olhando-se todos. — Vai embora e não se meta nos nossos negócios. — O maior, que estava segurando a garota disse, chamando a minha atenção. — Eu mandei soltar. — Mandei. — Eu estou falando sério, não me obriguem a tomar qualquer medida mais drástica. Eles riram em coro. — O que você pretende fazer, engomadinho? — Perguntou, largando a menina que praticamente caiu sobre o sofá sujo do local. — Você não vai querer saber. — Eu grunhi. Ele se aproximou e eu fechei meus dedos em punhos, esperando que ele estivesse perto o suficiente. Ele tentou me acertar um soco e eu desviei, acertando-lhe o primeiro no nariz, e em seguida mais um e mais um. Quando ele caiu no chão, o amigo se aproximou, tentando me atacar também, ri. Eles não têm idéia da pessoas que eles estão mexendo. Acertei-lhe um soco certeiro, fazendo seu nariz sangrar no mesmo momento e ele cair cambaleante no chão. Encarei meus capangas, dando a eles um sinal bem claro. — Qual é o seu nome? — Perguntei. Ela me encarou, ainda zonza e se segurou em meu blazer. Se levantando para me segurar com ainda mais força. — Onde você mora? — Perguntei mais uma vez, tentando arrancar alguma coisa dela. — Eu moro... — ela me encarou, desesperada. — Eu... eu... E ela apagou em meus braços, ali no meio de todas aquelas pessoas. Eu não tinha escolha, tinha que leva-la para a minha casa e ela teria que permanecer lá até amanhã pela manhã bem cedo. — Vamos para casa. — Anunciei. Os homens me encararam torto e muito confusos, mas sabiam que tinham que me obedecer. O que uma garota desse porte poderia fazer comigo? Entramos na limousine juntos, enquanto ela ainda permanecia agarrada em mim, mesmo em um sono profundo. Ela se aconchegou nos meus braços e com um suspiro profundo, se aninhou mais a mim. Eu não sabia o que fazer, principalmente, quando cheguei na minha casa. Nunca tinha trago uma mulher na minha casa, nunca tinha chegado nessa parte, eles sempre sabiam onde moravam — e era absurdo como isso tinha acontecido duas ou três vezes esse ano. Subi as escadas da casa silênciosa e escura, enquanto o mordomo trancava a porta atrás de mim. Entrei no meu quarto, colocando a mulher sobre a cama, me perguntando o que fazer agora. Soltei-me dela e fiquei em pé ao seu lado na cama, me afastando um pouco, mas antes que pudesse ir muito longe, a mulher misteriosa segurou meu pulso com suas mãos delicadas e me encarou com seus olhos amêndoados. — Fica comigo. — Ela disse, em um murmurio. Eu a encarei de volta, soltando um suspiro pesado, enquanto ficava tentado a ir embora, mas ao mesmo tempo, queria atender aos desejos dela e foi isso que eu fiz. Retirei minhas meias, jogando-as sobre o sapato, dei a volta e me sentei no lado vago da cama, tentando manter uma distância segura da mulher ao meu lado. Era linda, olhos escuros, cabelos castanhos escuros, boca carnuda e pele alva. Era linda como uma flor e parecia tão frágil quanto uma flor. Observei cada detalhe dela, percebendo que era linda como um anjo. Permaneci ali o restante da noite, até pegar no sono definitivamente. — x — Chloe Jones Acordei em um pulo, sentindo uma dor de cabeça quase que insulportável, enquanto a luz do dia entrava em contato com os meus olhos. Gemi, me virando para o outro lado. A próxima coisa que encontrei, me fez virar e me jogar para fora da cama com um grito agudo. Era um homem, lindo, mas ainda um homem. Ele se sentou na cama e me encarou confuso, com uma enorme cara de sono. Ele tentou se aproximar de mim, tentando me tocar e eu fechei meus dedos em punhos, acertando-lhe um soco no nariz. Logo em seguida, ele levou a mão ao nariz e se aproximou de mim, enquanto eu tentava me defender dele com uma sessão de socos e tapas. Ele me segurou e me girou, pressionando seu corpo contra o meu na cama. — Solte-me, seu monstro. — Berrei, me debatendo. — Primeiro, se acalme... — sua voz grossa ecoou pelos meus ouvidos, fazendo-me estremecer. Forcei-me a me acalmar, puxando o ar com força, ainda sentindo um medo absurdo tomar conta de mim. — O que você fez comigo? — Perguntei. — Onde eu estou? O que fez comigo? Ele continuou me encarando por algum tempo e depois se levantou, afastando seu corpo quente do meu. — Eu não fiz nada com você. Salvei sua vida na noite passada. — Ele explicou. — O que estava fazendo em uma balada como aquela e sozinha? Eu engoli em seco, estava mesmo levando uma bronca? — Era o aniversário de uma amiga. — Eu pressionei meus lábios. — E onde ela estava? — Perguntou. — Saiu com um rapaz. — Eu estava mesmo envergonhada agora. — Grande amiga a sua, te deixou em um lugar desconhecido com uma galera super perigosa. — Ele me encarou. — Deveria me agradecer e não me socar. — O que aconteceu na noite passada? — Perguntie, me encolhendo. — Não quero falar sobre isso agora… — É de mim que estamos falando. — Disse rápidamente. — De qualquer maneira, eu salvei você, mas minha cabeça está doendo demais para explicar tudo. Eu me sentei na cama, sentindo a culpa me acometer. Mordi minha bochecha e pisquei algumas vezes. — Me desculpe. — Pedi. — Eu deveria agradecer mesmo, eu acho. — Eu sei. — Ele disse, duro. — Obrigada. — Agradeci. Ele me encarou e entrou em uma das portas do quarto, fechando-a. Permaneci ali, me deitando na cama mais uma vez e tentando imaginar o que faria agora. Esposa ele não tem, imagino, ele passou a noite aqui, mas... e se tiver namorada? Noiva? Droga, eu nunca mais vou sair em toda a minha vida, eu prometo. Alguns longos minutos depois e o homem saiu pela segunda porta, parando alguns segundos. — Pode tomar banho e não precisa ir agora. — Ele anunciou. — Eu tenho algumas coisas importantes essa manhã lá embaixo. — Certo, obrigada. — Pedi. Ele me ignorou, saindo do quarto e me deixando ali, agora sozinha de verdade. Meu coração batia muito rápidamente no meu peito, enquanto eu tentava manter algum controle. Lambi meus lábios e puxei o ar com força, puxando e soltando diversas vezes. Precisava tomar coragem para me erguer e ir enfrente sabe-se lá o que que existe nessa casa enorme.

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