SINAIS IMPERCEPTÍVEIS

1249 Words
Becca foi para seu dormitório, não podia acreditar que tudo aquilo estivesse em um colar de ouro com esmeraldas, envolto por um mistério, sem contar que quase fora agarrada demais para uma noite.  Ela observou as fotos, todas eram de sua família e de amigos. Uma curiosidade é que no verso de todas as fotos havia uma frase escrita com a letra de sua mãe e numeração.  "Novas portas devem ser descobertas. Com as 4 sortes o chão pode se mover."  - Ela deixou mensagens...Nas fotos, não acredito!  VICENZO!  Ele entrou batendo a porta.  - Por diabos, o que houve?  - Veja!  -Lindas fotos, mas não vejo razão pra tamanho escândalo...  - Todas têm uma mensagem escrita pela minha mãe...  - Belo toque, mas...  - Vicenzo, pensa, por favor! São mensagens pra mim! Elas têm numeração! Eu tenho que desvendá-las...É como se fosse um mapa!  -Mapa, agora mãe é muito inteligente, sabia? Qual a primeira pista?  -Anh... 'Novas portas devem ser as 4 sortes o chão pode se 'mover'.  -Certo...A primeira frase é obvia. É uma porta que devemos... 4 sortes não faço ideia o que é. O chão pode se mover...Talvez a porta seja um alçapão?    - Brilhante! Isso mesmo! Agora com 4 sortes? O que seria isso?  - Um objeto com 4 sortes?T ipo trevo, ou ferradura?  Rebecca arregalou os olhos e escancarou a boca:  - Meu Deus, não acredito!  - O que foi?  - Eu...- suspirou - espere aqui.  Ela saiu correndo e voltou em menos de 20 segundos trazendo com si uma caixa de madeira talhada, com pedras brilhantes e forrada por dentro com veludo.  - O que é isso?  - Um presente. Mais o que realmente importa é isso.  - Um anel?  - Olha.  Ela lhe jogou o anel e Vicenzo viu: Em relevo estava quatro ferraduras:  - 4 sortes. Mais aonde foi que você arranjou isso?  - Era da minha mãe, ela me deu quando eu era pequena.  - Inacreditável. Muito ...  - Ok, agora...Devemos achar um alçapão que é aberto com esse anel. Mais onde?  - Era a sua mãe, isso é com você.  Ela suspirou e fechou os olhos. Onde poderia ser? Na casa de Catherine, nunca. Só havia um lugar possível:  A minha casa.  Eles estavam na rua, andando disfarçadamente rápido em direção a antiga casa da Rebecca.  - Como foi que você arranjou essa coisa?  - Eu já lhe disse, minha mãe...  - Não o anel, a caixa!  - Ahn...Foi um presente.  - De quem?  - Um velho amigo...  - Ah, sei... - olhou desconfiado, no que Rebecca revirou os olhos.  - Vicenzo Matteo, se você não possui capacidade para ter uma simples amizade sem segundas intenções com o s**o oposto, não deveria esperar isso de todos!  - Perdões milady – já um pouco irritado - se é de um velho amigo, como você trouxe para o navio? Não me lembro de vê-la com uma caixa no dia que embarcou.  - Estava guardada em um bolso secreto no vestido.  - Secreto? Que interessante!  - Chegamos!  - Onde eu procuro?  - No chão não, é?  Ele revirou os olhos:  - Óbvio que é no chão, mais em que parte? Deixe, vamos procurar aqui.  Os dois estavam agachados, com uma fraca luz de um lampião, tateando o chão.  - Quem entrar aqui, pode achar muito estranho, não?  - É Vicenzo, pode... Mas não devem ficar a olhar por muito tempo.  - Por que não?  - Um homem e uma mulher, dentro de uma casa abandonada, ambos no chão, por que alguém ficaria olhando?  - Nossa não esperava isso de você...Pensamentos infames!  - Cale-se e procure, sim?  -Não mande o Capitão Vicenzo Matteo calar-se, sim?  Ela revirou os olhos e voltaram a busca, depois de duas horas Rebecca chama-o para o andar de cima.  - O que foi, achou algo?  - Achei, olhe aqui.  Ele se agachou ao seu lado e olhou na direção indicada. Eles estavam na ponta da escada e do lado do rodapé, no meio da poeira estava um buraco, formando a imagem de quatro ferraduras, uma do lado da outra.  - Perfeito! Dê-me o seu anel.  - Não! Eu mesma farei isso...  - Não confia em mim?  - Sabes que confio, mas eu quero fazer isso.  Ela tirou o anel do indicador e o segurou com a ponta dos dedos, tirou a poeira e levou o anel ao buraco, quando o colocou lá, ouviu-se o som de uma trava sendo destrancada e uma parte do chão desabou, dentro estava tudo escuro. O pirata desceu primeiro com o lampião e ajudou Rebecca a fazer o mesmo. Lá dentro era pequeno e só continha uma coisa. Uma mesa de madeira velha era suporte para uma caixa de tamanho médio, coberta com pedras preciosas e uma tranca. A fechadura tinha a imagem de quatro ferradura, uma do lado da outra. Vicenzo e Rebecca se entreolharam e ela colocou o anel, destrancando o cadeado. Eles prenderam a respiração enquanto ela abria a caixa, dentro, retirou um papel.  -O que é isso?  -Um mapa.  - Mapa? Mapa pra onde?  - Pro tesouro, o que mais seria?  - E você acha que seria tão fácil assim? Minha mãe me deixou outros anéis, e tem mais mensagens nas fotos!  - Então, mapa pra onde?  - Há, há, o que acabei de perguntar?  - Deixe-me ver isso, de mapa entendo. Ele é bem ponto devemos andar nessa direção mostrada com a linha...  - Mas acaba no nada!  - Então é até o nada que devemos ir.  Eles se entreolharam, isso não parecia lógico, mais que opção tinham? Seguiriam as instruções e veriam onde tudo estava analisando o mapa, pensando se seria isso mesmo e Rebecca pensava como tantas coisas poderiam ter acontecido em uma única noite!  Vicenzo saiu do alçapão e ajudou Becca a fazer o tinha o mapa na mão e ela levava a caixa. Eles fecharam a passagem, que se trancou chegaram no andar térreo, Rebecca pegou um pano do chão e embrulhou a caixa nele:  - Não tem razão sair com isso na rua.  - Muito bem, deixe-me analisar o mapa, somente siga-me em silêncio, capisce?  - Entendi...  E eles foram, ela no calcanhar de Matteo, em total silêncio. Eles passaram por ruas e chegaram em uma rua sem saída.  - Ótimo – falou levemente irritada - pra onde agora?  - Por cima do muro.  - O Quê?Você Realmente Acha Que Vou Pular O Muro?  - Ele não deveria existir quando fizeram o mapa.  - Olha, faça o que quiser, pule-o, mas eu vou dar a volta e te encontro lá.  - E como você sabe se estará no lugar certo?  - Cresci aqui, e você estará me esperando, capisce?  Ele cerrou os olhos:  - A palavra é minha, e sim, te espero, só não demore. E cuidado –acrescentou ao vê-la se afastar - uma moça andando sozinha há essa hora pode ser perigoso.  - Tomarei cuidado, Vicenzo. Agora vai e me espere!  Ele a observou se afastar e falou consigo mesmo:  - Mulheres...Quem entende?  Notou que não havia ninguém por perto e pulou o muro.  O outro lado foi bastante diferente daquela rua deserta e silenciosa. Ali era um centro de movimento noturno. Várias pessoas passavam por ali, mis estavam bêbadas o suficiente para nem ligar com a presença de Vicenzo. Haviam várias pensões e tabernas abertas, muita luz e barulho:  - Um novo tipo de Tortuga –f alou com um sorriso nos lábios - não poderia imaginar melhor lugar!   
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