Rael

1400 Words
Olá, leitores queridos! Mais um capítulo desse novo livro, meu primeiro sobre lobisomens, onde tento criar um universo um pouquinho diferente do que encontramos por aí. Espero que estejam gostando. Gostaria de pedir que fizessem a gentileza de comentar e interagir, para eu saber o que estão achando e no que poderia melhorar! Gratidão! ********** Eu estava tão casada, que m*l consegui mover a mão para espantar o inseto que insistia em pousar no meu rosto. Mantive meus olhos fechados, pois tudo o que eu queria era voltar a dormir. Uma forte sensação de desligamento da realidade se apoderou de mim. Meus membros estavam dormentes e pesados e meu cérebro enevoado e confuso. Se me fosse perguntado naquele momento, eu não saberia que dia, mês ou ano era. Que esperança! Tive que fazer força para me lembrar meu próprio nome. O inseto pousou mais uma vez me minha bochecha. Era pesado e cheirava a caramelo. Um inseto que cheira a caramelo? Abri os olhos rapidamente, embora o restante do meu corpo permanecesse imóvel. Diante de mim, um belo e grande par de olhos verdes e brilhantes me encaravam com a expressão inocente e empolgada. — Bontia tuminhoca! Os olhos eram acompanhados de um grande sorriso molhado, em uma boca que tinha metade de um bastão de caramelo para dentro e metade para fora. Sem reação, continuei fitando aquele menino que mais parecia ter saído de um conto de fadas. Cabelos negros, cílios negros e compridos adornavam os belos olhos verdes como esmeralda. Se dando conta de que eu não reagi suas investidas, cutucou minha bochecha de novo com seu dedinho melado. — Voxê num vai codá não? É estranho como crianças parecem falar outro idioma, e ainda assim, podemos entender o que querem dizer. — Eu queria dormir mais, pelo por uma semana… — Gemi mais do que falei ao tentar me sentar na cama e mover os membros adormecidos. O menino deu uma risadinha jogando a cabeça para trás antes de dieta na cama, ao meu lado. As perninhas esticadas estavam cobertas por uma calça de couro de anima e ele vestia uma espécie de camisa reta de tecido que cobria os braços, mas não aparentava aquecer o suficiente, somado a ponta gelada do dedinho que tocou o meu rosto, cheguei a conclusão de que o pequeno principezinho estava com frio. Como eu mesma estava com frio, cobri instintivamente o menino com a pele de urso que estava sobre mim. Ele sorriu e se encolheu para mais perto de mim, apoiando a cabeça no meu ombro. — Voxê gosta de calamelo? — Ahn… não… — Menti, mas ão tinha intenção de aceitar o pedacinho de doce babado que ele me oferecia. Achei o gesto meigo e bonitinho, mas o caramelo mastigado não me apetecia. Não sie o que estava acontecendo comigo, Estava com muita dor de cabeça, meu corpo dormente e pesado, a mente lenta e enevoada, e, não deixando por menos, uma criança estranha estava deitada código na cama do Alfa. — Hum… menininho, quem é você? Ele arregalou os olhos como se acabasse de lembrar de algo importante, saltou da cama e estendeu a mão para mim, de forma solene. — Eu me chamu Rael, qual a sua graxa? Não pude deixar de sorrir diante de cena tão fofa! — Que principezinho mais lindo e educado, Rael. Belo nome! Eu me chamo Nadja. — Nadia eu não xou picipe, eu xou um alfa! — Oh, prazer, Alfa Real! Ao me ouvir, ele abandonou a fonalidade ensaiada e se jogou não meus braços, emaranhando o caramelo não meus cabelos. — Uh oh… Ele largou o caramelo no meu cabelo e se afastou. Não estava com medo, o danadinho estava prendendo o riso. — Oh, alfa Rael, você prendeu o seu doce no meu cabelo? — Perguntei ao me levantar fingindo estar zangada. Ele, deliciado com a minha reação bem humorada, soltou um gritinho e correu pelo quarto em, fuga. Corri atrás dele para fora do quarto, e logo estávamos rindo e correndo pelos corredores. Quando finalmente o alcancei, o agarrei e o deitei no chão. — Agora, Alfa Real, como vai escapar das minhas garras de cócegas? — Não, não, não! — Ele gritou rindo.— Socorro! Me solta! — Ele gritava entre gargalhadas enquanto eu fazia casquinha na barriguinha dele. Eu não me divertia tanto daquele jeito desde…. Nem me lembro quando! Infelizmente, momentos bons têm o péssimo hábito de terminar rápido. Alguém, por trás de mim, agarrou os meus cabelos e me puxou para longe da criança. Antes que eu pudesse entender o que estava acontecendo, levei uma bofetada forte no rosto que me fez cair sentada no chão. — Guardas! Guardas! Essa traidora estava agredindo o filho do Alfa! Levem-na ara a prisão! Eda gritou enquanto ainda sacudia a minha cabeça, puxando os meus cabelos com força. Rael estava assustado com a situação e pôs-se a chorar de verdade. — Me solta, eu não fiz nada com ele, você o está assustando! Rael se encolheu no chão e cobriu o rosto com as mãozinhas. — Não gostei de você desde que chegou, mas agora você vai pagar por machucar o filho do Alfa! Todo o tempo em que gritava comigo, ela puxava o meu cabelo, o que causou a piora na dor que eu sentia desde que acordei. Eu tentei me afastar dela, mas ainda sentia meus membros pesados e enfraquecidos. Não demorou muito para que alguns machos chegassem correndo, atraídos pelos gritos de Eda. ***** — Como ter certeza sobre a idade dela, Alfa? — Perguntou Eli enquanto caminhávamos de volta para minha mansão. Tínhamos terminado o treino matinal e estávamos famintos. O assunto inacabado da noite anterior ecoava em nossas mentes. — Falei com o velho Agar, ele disse que ela deve ter feito algo para retardar o amadurecimento. — Por que uma Luna de nascimento faria isso? — Não sei, pode não ter sido iniciativa dela. Ela está abaixo do peso para sua altura, mesmo sendo pequena para uma Luna. Tem vários indícios de ter sofrido maus-tratos. Me recusava a acreditar que Nadja cometeria tal heresia. Depois de interrogar Sunna e Tabita, sobre o que Nadja revelou a elas, obtive algumas informações que me deixaram apreensivo. — Não posso acreditar que maltrataram uma Luna desse jeito… — Lunas, Eli. Ela mencionou outras Lunas presas com ela e ômegas! — A encontramos em nossa fronteira, não pode ter sido muito longe daqui. Como nenhum de nossos aliados mencionou algo parecido? — Não sei, e isso que me preocupa. — Por mais que eu esteja feliz por termos uma Luna de verdade em nosso clã, não podemos confiar nela, Alfa. Precisamos investigar mais a seu respeito, inclusive a atração que ela exerce sobre a sua terceira forma. — Eu sei… Agar ficou de investigar mais sobre o assunto, disse que vai me trazer informações o mais breve possível. Assim que adentrei minha residência, ouvi gritos vindos do segundo andar. “ Peguei essa traidora machucando alfa Rael!” Essas palavras serviram como gatilho e meu Lobo tomou o controle em um salto, correndo escada a cima. Nosso único filhote e herdeiro, algo que acreditávamos que nunca teríamos, estava em perigo. Quem quer que tenha se aproximado do meu filho para tocar um fio de cabelo estava condenado. Nós o destruiremos da forma mais dolorosa possível. O lobo Alfa viu o filhote encolhido no chão, chorando, as mãos cobriam o rosto molhado pelas lágrimas. Eu m*l conseguia enxergar o que acontecia ao meu redor. Quem Machucou Rael desejou a morte, e eu entregaria com prazer. Uma das fêmeas do harém segurava o criminoso e gritava que o tinha pego no ato. Aquela criatura se atreveu a tocar no meu filho e eu lhe ensinaria uma lição antes de exterminar a sua existência. A parte mais instintiva e animalesca do meu ser era na forma de lobo. Minha fera era mais racional e perversa, calculista, fria e vingativa, a mais temida por todos. No entanto, o lobo era a menos racional, tinha comando simples em sua mente, e a prioridade era Rael, sue maior tesouro, seu filhote alfa, que herdaria o clã. Seus objetivos mais claros eram prover, treinar e proteger Rael. O resto era ajustável. Com o instinto de proteção e o desejo de vingança no seu ápice, o lobo soltou na criatura que desejava exterminar.
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