Capítulo Bônus

1938 Words
POV DE SUNNA Dor Diferentes tipos de dor que nunca pensei que existiam. O meu corpo físico doía ao ponto de não ser capaz de respirar sem sofrer. A minha mente perturbada incapaz de raciocinar, apenas imagens curtas se formavam consoante o que eu ouvia. A minha alma desapegada de mim, da minha vida e lembranças, apenas a minha natureza queimando angustiada, aflita por um alívio, qualquer alívio que fosse. O pouco de razão que me restava gritava para a minha loba que estávamos nos guardando para o nosso companheiro, que Azis era um degenerado mentiroso, mas ela se desligou de mim, furiosa comigo, agindo como se eu fosse outro ser e não parte dela. Ela queria que eu morresse e então estaria livre para se entregar aquele pervertido. “ Meu” Ela gritou na minha mente, enquanto eu gritava de volta que era mentira, tentava fazê-la lembrar do asco que sentíamos dele, da cara nojenta e sorriso seboso que ele exibia quando nos via, das vezes que ele me tocou quando eu ainda era uma criança. Por um instante, ela recordou os nossos traumas e sue ódio por ele retornou. Ela manteve a cabeça debaixo do jato de água que vinha do bombeador que Nadja deixou aberto. Com a pata, ela bobeou mais, para a pressão aumentar e durar mais tempo. — Ei, lobinha, a sua amiga já está se divertindo aqui fora com dois machos, para que se esconder aí dentro quando pode se divertir ainda mais? A minha loba fechou os olhos, a cabeça imersa na água gelada. — Eu sei que está doendo muito, mas eu posso aliviar essa dor. Sou seu companheiro lobinha, não pode rejeitar o seu companheiro! “ É mentira dele” Gritei na minha mente. Ela virou o corpo na direção d aporta, o seu coração doía, a dor de rejeitar um companheiro era horrível como a que estávamos sentindo. Ela gemeu de tristeza, precisava pedir perdão, ela jamais rejeitaria a sua alma gêmea. “ Ele não é nosso companheiro!” Ela chorou alto, um uivo triste e desolador. As batidas à porta deram lugar a pancadas nas grades do corredor. O barulho de metal caindo no chão deixou-me apavorada, mas minha loba ficou excitada com a ideia dele conseguir invadir a casa. O macho pervertido parou na porta do banheiro. Nu, exibindo as tatuagens que representavam uma honra que ele não tinha. Ele caminhou até nós e eu queria correr, mas minha loba abanou o r**o para ele. Ele riu, satisfeito com a reação dela. A sua mão acarinhou a nossa cabeça e deslizou pelo corpo, sentindo os nossos pelos molhados. — Nada m*l para uma loba de classe baixa, pensei que poderia ser uma beta, como a sua prima… A minha loba encolheu-se de vergonha, acreditando não ser boa o suficiente para aquele lixo. — Não se preocupe, sendo a minha fêmea, subirá de posição, a fêmea de um general tem algumas regalias. Passou a mão por nossa barriga e tocou na nossa parte mais íntima. — Está inchada, pronta para mim. Esperei tanto tempo por isso! O toque dele fez com que a dor aumentasse, em vez do alívio que o verdadeiro companheiro proporciona. Tentei argumentar com a minha loba, mas ela estava extasiada. “ Meu macho é forte, teremos filhotes fortes como ele” A imagem que ela produziu na minha mente quase me fez vomitar. Zangada com a minha reação, ela mordeu o ar, como se estivesse tentando me atacar. — Sunna, não contrarie a sua loba. Uma vez que eu te marcar, era terá controle absoluto do seu corpo. O meu p*u chega a latejar de t***o com a ideia de você assistindo impotente enquanto te faço minha. A minha loba reagiu lambendo a mão dele. — Boa menina! Ele ajoelhou-se no chão e o seu corpo se encheu de pelos. A transformação foi rápida e tranquila, como lobo experiente que era. O lobo parou na minha frente, olhou nos meus olhos e pingava saliva da sua boca. Tanto lobo quanto humano pervertidos! Ele lambeu o meu focinho, cheirou o meu pescoço e foi para trás de mim. Eu tentei me afastar, mas não tinha qualquer influência no que estava acontecendo. A minha loba estava confusa, o toque dele não aliviava a dor, mas estava convencida de que era nosso companheiro e não tinha intenção de rejeitar quem ela acreditava ser sua alma gêmea. Eu gritei com ela, reuni todas as minhas forças e tentei tomar o controle. Consegui me mover para o lado, voltar para a bomba d'água, mas antes que pudesse molhar a nossa cabeça, o lobo mordeu a minha cauda com força e me puxou de volta. Ele estava lívido com a pequena tentativa de fuga. Mordeu o meu traseiro com força e voltou a puxar a cauda até pararmos diante dele. De uma vez, montou sobre mim, se movendo freneticamente, buscando a entrada do meu corpo. O seu peso fez com que o meu corpo desabasse no chão e ele rosnou ainda mais furioso. Mordeu a minha pata traseira até quebrar o osso, para que eu não conseguisse me mover ou tentar escapar. A minha loba uivou de dor, mais magoada por não estar servindo o "seu companheiro” do que com o abuso que ele a estava submetendo. Se ele conseguir me marcar, essa será a minha vida, servir obediente aquele que sente prazer em abusar de mim desde que eu era um filhote. Ele levantou a parte traseira do meu corpo, sobre a pata ferida, deixando pouco equilíbrio para a loba. Ergueu suas patas e cravou as garras dos meus lados, mantendo-as dentro da carne, me impedindo de me mover. Desejei morrer quando a minha loba empinou o traseiro para ele e afastou a cauda, para dar passagem. Ele montou sobre mim, as garras rasgando a minha carne. Dessa vez, ele foi mais cuidadoso e não se moveu tão rápido, buscando a melhor posição para penetrar. Senti o m****o dele tocar a minha coxa. Queria morrer, deixar de existir. O peso sobre o meu corpo sumiu e desabei no chão. A minha loba rosnou furiosa pelo lobo não ter conseguido penetrá-la. Ela se virou para ele, frustrada pela demora no acasalamento, quando se deparou com dois machos engalfinhados. Um era o general Azis, o outro era…. O lobo do Gama Adanir! Ele não estava em coma? A mente confusa da minha loba captou o delicioso perfume que vinha do grande lobo cinzento. Era o lobo mais magnífico que ela tinha visto, e o seu perfume era… “ Meu” Ela desabou no chão, mais confusa do que antes. O primeiro lobo era seu companheiro, não era? Ele não era! Ele mentiu. Ela aceitou criar vínculo com um impostor. A minha natureza uivou baixo de vergonha. Tentou, inclusive, me devolver o controle e transformar de volta na forma humana, mas não conseguiu. Estava presa naquela forma, o seu corpo queimava de dor, o cio mais forte ainda na presença de Adanir. Eu também estava confusa. Adanir era o gama co clã, muito mais velho do que eu…. Ele não poderia ser meu companheiro, deve ser efeito da droga, se ele o fosse, já saberia há anos e nunca contou nada para mim? A luta entre os lobos foi rápida, Adanir muito mais forte do que Azis. O seu lobo veio até mim e me olhou nos olhos. Não havia ternura nem reconhecimento neles, mas decepção e raiva. O lobo mordeu a minha orelha e a puxou várias vezes, como um lobo adulto pune um filho desobediente. Na quarta ou quinta vez que puxou a minha orelha, a minha pata ferida se moveu e uivei de dor. Ele foi até a pata e lambeu o ferimento. O toque da sua língua aliviou imediatamente a dor que sentia, mas aumentou o desejo de acasalar. Ele inalou o ar e afastou-se, olhando para mim com determinação. Lambeu todos os meus ferimentos, aliviando a dor, deixando no seu lugar uma imensa aflição na parte de fêmea. A minha loba moveu a cauda, se exibindo para ele, implorando para completar a conexão. Ele bufou, rejeitando a oferta. A loba choramingou e tentou se lamber para aliviar a aflição. O lobo viu e aproximou-se mais uma vez, afastando o nosso focinho. Ele nos cheirou e a raiva nos seus olhos diminuiu. Parecendo hesitar, ele nos lambeu. A sensação era maravilhosa e nem eu, nem a loba conseguíamos pensar, apenas sentir a língua dele. Molhada e quente, tocando a parte mais desesperada do nosso corpo. Ele não parou, o t***o do cio aumentava cada vez mais, pude ver que o m****o dele estava exposto e duro, mas ele continuava apenas a nos lamber, até que o maior orgasmo da minha vida me fez ver estrelas. O cio acalmou e tudo o que eu conseguia sentir era constrangimento. Gama Adanir tinha acabado de fazer-me gozar com sexo oral na forma de lobo. A minha loba gritava de orgulho que o seu companheiro a satisfez, muito mais bonito e mais forte do que o impostor. Mas eu não tinha com acreditar nela. Ele me olhou nos olhos mais uma vez, sem expressão alguma, impossível saber o que estava sentindo ou pensando, até que senti a conexão. Ainda confusa, dispersa, mas havia uma conexão entre nós. Ele era o meu companheiro! Quando viu que eu tinha compreendido o nosso vínculo, ele mordeu a pele da minha nuca e me carregou para fora, como uma mamãe lobo carrega a cria. Minha loba e eu ficamos paradas, o medo da rejeição crescente. Nao havia amor nos olhos dele, não havia nada. Ele nos largou aos pés do Alfa e voltou a forma humana. Adanir era o macho mais lindo do clã. O seu corpo era perfeito, os seus cabelos da cor de chocolate eram longos e sedosos, sempre presos por uma trança. Ele costumava raspar os lados da cabeça, mas seu tempo em coma fez com que os cabelos crescessem. Ele nunca se aproximava de mim, raramente falava comigo, e quando falava, era apenas o necessário. Nunca revelou ser meu companheiro, nem tentou me reivindicar. O medo da rejeição era insuportável. Ele nem mesmo olhou para nós, quando retornou à cabana. O Alfa tinha Nadja nos seus braços, em meio a minha dor tinha-me esquecido da minha amiga. Oh Deusa, que eles não tenham machucado Luna Nadja, que ela esteja bem! Adanir retornou carregando Azis como um saco de fertilizante. O jogou no chão com desgosto e o que disse a seguir, causou um aperto no meu peito. “Meu Alfa, peço o direito de vingança sobre o general Azis por tentar marcar a minha companheira! Não o matei apenas porque a morte é pouco para esse desgraçado!” A minha esperança retornou, ele afirmou o nosso vínculo na frente do Alfa e de vários membros do clã. — Eu te concedo o direito de vingança, gama, mas lidaremos com isso amanhã. As nossas fêmeas precisam de cuidados agora. Adanir olhou para mim, mas desviou os olhos rapidamente. — Beta Eli, pode me fazer um favor? — Claro, meu amigo! — Leve Sunna para a cabana do Lorde Agar. A dor no meu peito era tanta, que a minha Loba se encolheu, dando controle da forma de loba para mim. — Mas… Ela é a sua fêmea, não é? — Não posso chegar perto dela agora, Beta, ou não sei o que seria capaz de fazer! Levarei esse monte de merda para a prisão. Eu fechei os olhos e deixei que a escuridão me levasse embora e me afastasse da dor.
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