O Milagre do Alfa

1164 Words
Obrigada por todos os comentários, motivam-me muito a escrever mais. Peço encarecidamente que ofereçam bilhetes lunares para este livro, que compartilhem, comentem sempre e que add ele na biblioteca de vocês. Tenho muitos planos para esse universo, a começar por uma prequel deste livro, contando a história de Esmeralda e Ares. Tudo motivada pelo carinho dos comentários de vocês! Espero que gostem desse capítulo, até amanhã! Ele A minha fera correu como se a nossa vida dependesse disso. O caminho passava por meus olhos como um borrão, a sensação de urgência crescia nas minhas entranhas. Alguma coisa estava errada, eu não sabia o que era, mas a possibilidade da minha Pequena Luna estar em perigo me corria por dentro. Naquela manhã, saí do território antes do sol nascer sem me despedir dela. Estava cada vez mais difícil ficar junto dela sem poder tocar, sem a tomar como minha. Eu sei que ela se sentia do mesmo jeito, mas sua lealdade ao companheiro era, ao mesmo tempo, irritante e admirável. Lobo de sorte. Eu o mataria facilmente se isso significasse tê-la comigo para sempre. Minha esperança era que estivesse morto, mas se um dia ele aparecer para tomar Nadja de mim, não sei o que faria, mas minha fera rosnava com promessa de morte a qualquer um que tente separá-la de mim. Quando nos aproximamos do território, notei que não havia sentinelas na área do riacho, onde sugeri Sunna que levasse Nadja e Rael para passear. A minha fera rosnou alto, furiosa com a incompetência dos nossos guardas. Aquela área hoje seria guardada por Oseias. Corri o mais rápido que pude, os músculos das minhas pernas ardiam pela forte pressão sobre elas. A minha Fera sentiu o forte aroma de Cio e correu naquela direção. Era um cheiro anormal, adocicado demais, mas que atingiu a minha natureza em cheio. Era do instinto de qualquer macho não marcado desejar uma fêmea no cio, o meu lobo queria tomar o controle, desejoso de montar carne fresca. A minha Fera arranhou o próprio peito para desanuviar a mente. O cheiro não era natural, e quando nos aproximamos, pudemos identificar Sunna. Era o filhote do clã até Rael nascer. O t***o que os seus hormônios produziram na minha natureza se extinguiu. Minha Fera ajudou no seu parto e a tinha como família. A minha velocidade aumentou com a preocupação. Ela estava exposta no meio do bosque, os machos do clã que estivessem na arena iriam todos querer montar nela. Isso seria desastrosamente traumático para a jovem fêmea, que não teria a menor chance. O cheiro vinha de uma das antigas cabanas de parideiras, nãos mais usadas desde que o meu avô aboliu sexo forçado no clã. Quase senti-me mais tranquilo, até sentir o fedor do medo de Nadja ao fundo do cheiro de Cio de Sunna. Saltei para a área de onde vinha o cheiro e a minha fera estacou, paralisada com o choque da cena a sua frente. A nossa Pequena Luna caída no chão, ensanguentada, e um lobo macho cinzento lambia as suas feridas. A fúria que eclodiu do âmago da minha natureza seria capaz de eliminar todas as gerações daquele macho. Eu lembrava o que tinha lhe prometido, mas não poderia suportar outro macho tomando-a de mim. A minha fera caminhou devagar na direção deles, disposta a matar aquele macho usurpador. Os olhos de Nadja encontraram os meus, neles havia medo e surpresa e apenas uma dessas reações era por me ver. A surpresa estava direcionada aquele maldito lobo cinzento, o medo, era por minha causa. Estava num dilema, seria incapaz de fazê-la sofrer a dor da perda de um companheiro, mas não poderia deixá-la partir! Não podia mais viver sem ela! O lobo olhou para mim, os seus olhos prateados vidrados nos meus. Nunca saberei descrever o que senti naquele momento. Os meus músculos relaxaram a ponto de eu quase perder o equilíbrio. O lobo mostrou o pescoço para mim, em respeito a minha fera. Nadja tocou seu focinho e disse algo para ele, mas eu não prestei atenção. Estava em choque, atordoado demais para raciocinar direito. O lobo correu para dentro da cabana e a minha fera aproveitou o momento e tomou total controle de mim. Ela estava ferida, eu odiava quem quer que a tenha machucado. Sangue escorria por sua testa, manchando o seu o rosto pálido e assustado. Os seus olhos não desviavam dos meus. Ela sabia. Não sei dizer o que aconteceu no passado, mas sei o que estava prestes a acontecer no presente. Minha fera levantou a sua cabeça, afastou com cuidado, dando espaço para que cumprisse o seu objetivo. Os olhos de Nadja faiscaram em compreensão. “ A promessa” A minha fera não perdeu mais tempo e cravou os dentes na carne macia do seu pescoço. O prazer de expelir a toxina de acasalamento nunca foi tão intenso. Era mais forte do que um orgasmo e o meu corpo desabou no chão. Todas às vezes que tentei marcar Hira foram forçadas, a toxina do lobo produzida de modo artificial, por meio de beberagens e óleos. Era a primeira vez que a toxina se formou naturalmente, e por minha terceira forma! O líquido saía dos meus caninos, atravessando a carne de Nadja e misturando-se ao sangue dela. Eu sabia que eu queria Nadja para mim, que ela era a fagulha de esperança que restava a mim e ao meu povo, mas nunca, nem nos meus melhores sonhos, sequer imaginei que ela era o meu milagre. Minha companheira, Minha fêmea. Minha Alma Gêmea. Os lobos que me a acompanharam se ajoelharam e curvaram-se diante de nós. Beta Eli tremia como um filhote recém-nascido que não aprendeu a andar. A minha fera se recolheu e a minha forma humana tomou o controle. Nadja estava desacordada quando a peguei nos braços. A mordida no seu pescoço já estava cicatrizando e deixava uma bela marca no seu lugar. A minha marca. A porta da cabana atrás de mim voou para longe, de dentro dela saiu o meu gama, ou devo dizer, o primeiro general gama de Nadja. Ainda na forma de lobo, ele trazia Sunna nos dentes, pendurada como um bebê pela nuca. Ele e colocou aos meus pés e transformou-se na forma humana. Se curvou diante de mim respeitosamente e disse, com o tom de voz repleto de desgosto. — Alfa, tirei a vida do general Oseias por atacar Luna Nadja. Ele apontou para o corpo com a cabeça rasgada próximo de nós. Eu já tinha visto e imaginado o que tinha acontecido. Não dava a mínima. Ele voltou para a cabana e trouxe consigo General Azis e o jogou com força no chão, cuspindo nele em seguida. Eu teria dito que estava morto, não fosse pelo peito se movendo ao respirar. — Meu Alfa, peço o direito de vingança sobre o general Azis por tentar marcar a minha companheira! Não o matei apenas porque a morte é pouco para esse desgraçado!
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