Eu prometo

1137 Words
Linda, encabulada, com as bochechas vermelhas e olhos brilhantes. Tímida, evitava me olhar nos olhos, mas mantinha as mãos no meu peito, uma forma de manter distância e me tocar simultaneamente. Eu não sabia que um vínculo escolhido poderia ser tão forte. Seus lábios eram apetitosos, carnudos e rosados como uma fruta madura esperando para ser mordida. Toquei com a ponta do polegar, suavemente para não sobressaltá-la. — Já beijou alguém nos lábios, Pequena Luna? Ela sacudiu a cabeça. — Nenhum macho tocou essa boca? Fez que não novamente. Meu m****o estava duro apenas com um leve toque do meu dedo naquela boca. Aproximei meu, encostei no nariz dela com o meu. — Eu quero provar a sua boca, Nadja. Gostaria de sentir como é ser beijada por um macho: Ela não respondeu, Sua respiração estava alterada e o coração batia acelerado, no mesmo ritmo do meu. Não resisti. Uni nossos lábios de leve, aguardando alguma reação negativa, mas ela não se afastou. Eu a beijei testando os seus limites, aprofundamos o beijo até tocar a sua língua com a minha. A pressão no meu peito aumentou, parecia que ia explodir de tanta energia. Apenas um simples beijo e eu quase gozei na calça como um filhote crescido. O sabor de sua boca era inigualável, me fazia ávido por muito mais do que estava recebendo. Pressionei a parte de baixo dos nossos corpos apara que ela sentisse o que era capaz de fazer comigo. — Se um beijo já me deixou com tanto t***o, m*l posso esperar para sentir a sua boca em outros lugares. — Não fale desse jeito… — Minhas palavras cruas te incomodam ou te excitam? — Inspirei profundamente o aroma que advinha dela. — Está me deixando sem graça; Ambos sabíamos que era a segunda opção, mas a coloquei no chão e respeitei sua timidez. Ainda não era a hora. — Se aceitar ser minha fêmea, poderemos marcar a cerimônia para a lua cheia ou nova seguinte ao nascimento da sua loba. Ela se afastou e respondeu em voz baixa. — Não posso aceitar a sua proposta, Alfa. Não pude acreditar no que acabara de dizer. A decepção me deixou atordoado. As três formas unidas pela profunda dor no peito. — Não me quer? — Perguntei aflito e confuso. — Está me rejeitando? — Eu não posso aceitar, Alfa. O senhor mesmo disse que é contra a lei do clã e da Deusa rejeitar a alma gêmea, como posso marcar outro macho se o meu companheiro está por aí, em algum lugar. Sou uma Luna, o meu povo deve estar me aguardando…. A fera rosnou, exigindo que a marquemos para que ela entenda que não havia outro companheiro para ela além de mim. m*l podia suportar o conflito entre a razão nas palavras dela e a dor que me corroía por dentro. Meu lobo mostrou presença, buscando a loba Luna nos olhos de Nadja. Ela estava quieta, calada, escondida no interior da forma humana. Ela não nos rejeitava, mas não se pronunciava. Interpretei com uma forma de me punir, sabia a dor que nos causava e permaneceu escondida. No entanto, se houvesse um companheiro… — Sua loba criou um vínculo com o meu, ela não o faria se houvesse um companheiro te aguardando. — Como assim? — Ela me encarou com as sobrancelhas franzidas. — Eu tenho um companheiro como todos os lobos, não tenho? — Sim, e a sua natureza está mais ligada a conexão de almas gêmeas do que a forma humana, ainda assim, sua loba não nasceu, mas já criou vinculo comigo. Detesto ser o portador de más notícias, mas é provável que o seu companheiro também tenha morrido. Ela mordeu o lábio inferior, pensativa. Após alguns segundo, fechou os olhos, respirou fundo então me encarou, decidida. — Não tem como ter certeza e não vou arriscar trair o meu companheiro. Alfa Derik, o senhor sabe como é a dor da perda, não posso infligir tamanha dor naquele que a Deusa criou para mim. — Pergunte a sua loba, ela sabe a verdade. — Ela não me responde! Não podia nem mesmo raciocinar direito, a dor da rejeição cada vez mais intensa. Estava desesperado, em busca de qualquer fagulha que pudesse me aproximar dela e convencê-la a me aceitar. Não compreendia o que estava acontecendo comigo, mas não podia suportar sua recusa. — Quando você se transformar pela primeira vez, como vai ser? Tem noção da dor que vai sentir, da falta que faz um macho para aliviar o primeiro cio? Me permita ser o seu primeiro, e deixe a sua loba decidir. — Eu suportarei a dor. Quando me transformar, te imploro que me prenda naquela cela novamente e não permita que nenhum macho se aproxime. Mas não posso te aceitar, Alfa. — Não me rejeite ainda por alguém que você nem sabe se existe! A atração entre nós, não há com você negar, Nadja! — Eu não estou negando nada, mas, Alfa, eu nunca trairei o meu companheiro. Ele sempre será a minha prioridade. As palavras dela causaram dor e admiração. Não me restava mais nada, a não ser aceitar a sua decisão. — Seu companheiro é um lobo de sorte, Nadja. Poderia me prometer uma coisa? — Depende, o que quer que eu prometa? — Se sua loba decidir responder que me quer, ou se quando nascer não houver outro vínculo além do nosso, prometa que me dará uma chance e aceitará a união de nossos lobos? — Alfa… Ela queria argumentar, mas eu não queria mais ouvir rejeições vindas dela. — Você também sente o que eu sinto, se não houver impedimento, será minha! — Desse jeito, faz parecer que está torcendo para o meu companheiro estar morto, não acha isso egoísmo? Segurei seus ombros e a encarei, para que entrasse em sua cabeça o quão sério eu estava falando. — Eu sou egoísta, Nadja! Todos são egoístas quando se trata de relacionamentos. Quando se apaixona por alguém, você o quer pra si, não importa o que aconteça, e eu sou capaz de qualquer coisa para conseguir o que quero. Ela pensou um pouco, então me encarou de volta, seus olhos negros fixados no azul dos meus. — Eu prometerei o que quiser, desde que me prometa que, caso meu companheiro esteja vivo, não fará nada para impedi-lo de me marcar! Deixará que me marque e reivindique quando ele achar que deve, sem impor condições nem chantagens! Meu lobo criou imagens de como poderíamos nos livrar de qualquer um para fazê-la nossa, nenhum alfa fraco a tomaria de nós. Poderíamos dar sumiço nele sem ela saber… No entanto, a minha Fera lambeu os beiços, orgulhoso da Pequena Luma, Foi a fera que tomou a frente e, como quem sela um acordo favorável, disse: — Eu prometo!
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