Capítulo 4

1690 Words
Manu Nosso dia em Nova York se resumiu a fotos e mais fotos em tudo que é canto dessa cidade. — Tem TBT pra uma vida, heim. — Ricky comentou enquanto eu olhava o resultado das fotos que ele tirou de mim. Até que ele é um bom fotógrafo... A gente foi tomar café no Starbucks e num é que tinha mesmo uma garota com coque despojado atendendo lá?! E também tinha aqueles boyzinhos que faz par romântico nos livros. Eu amei estar naquele lugar. Também dei uma de modelo profissional em plena times quare, porque sou dessas né, não perco nenhuma chance de pousar de rica num lugar onde ninguém me conhece. A gente fingiu ser um casal de ricos por várias vezes e acredito que muita gente acreditou. Depois de explorar cada canto da cidade e experimentar de tudo, a gente voltou pro hotel e dormimos o resto do dia. Só acordamos para arrumar as malas e viajar de novo. Agora partiu Espanha. Eu sempre quis viajar, passear, mas as vezes a gente nem tem tanta coragem. Essa história de procurar o pai do Ricky foi o melhor propósito para sair viajando pelo mundo. Dessa vez no avião a gente ficou juntos, sentou lado a lado. — Eu tô sentindo que essa viagem para a Espanha vai ser tudo de bom. — comentei animada e o Ricky olhou para mim sorrindo. — Espero que sim, mesmo. Eu consigo perceber que ele tá com medo do que a gente pode encontrar no final dessa viagem. Mas eu sinto de verdade que vai dar tudo certo. Será que o Gerald é bonitão igual o Ricky? Deve ser. Comparada a nova viagem do Brasil para os Estados Unidos, o voo para a Espanha foi mil maravilhas. Não tinha nenhum t****o e conhecemos um casal bem legal. Anne e Brad. Eles são somente 3x mais doidos do que eu e o Ricky. Eles iam de primeira classe e chamaram a gente pra ficar bebendo com eles no barzinho que tinha na área da primeira classe. E esse fato me fez questionar o Ricky de 20 em 20 minutos sobre o porque a gente não comprou passagens de primeira classe. Aquele negócio é só um sonho. Bebida à vontade e também uns quitutes. Eles falaram que moram em Madrid e são donos de uma destilaria, que ironicamente era das bebidas que a gente tomava no avião. Brad contava com propriedade sobre toda a qualidade que aquele vinho tinha enquanto a Anne e eu conversávamos sobre Nova York e tudo de bom que fizemos quando estávamos lá. Ela fez maior parte do percurso que eu fiz, mas me contou sobre outros lugares que eu e Ricky devemos visitar na próxima viagem. A viagem passou tão rápido que nós esquecemos de perguntar a eles se conheciam a cidade do endereço que a senhora nos deu. Também, quando desembarcamos estava os quatro bêbados. Sem nenhuma reserva em canto algum, logo que saímos do avião e fizemos o câmbio da grana, tivemos que pegar estrada para a tal cidade onde o pai do Ricky poderia estar. — Vega. Nunca ouvi falar dessa cidade. Nem existe no mapa, Manu! — ele procurava no google maps. — Deve ser tipo povoado, aí ele falou que era cidade... Deve ser uma vilazinha pequena, ou até grande, mas não o suficiente para aparecer no mapa. — estendi a mão para um táxi. Quando ele parou eu perguntei se ele poderia nos levar até a cidade de Vega. Por incrível que pareça, não estávamos malucos, existe mesmo a cidade, porém ela é a 2 horas de Madrid. Jogamos nossas malas no fundo do carro e partiu, Vega. Aquele taxista foi o melhor que a gente podia conhecer. Além de colocar uma musiquinha pra tocar na viagem, ele nos mostrou todos os pontos turísticos que passamos no caminho e também nos falou sobre a cidade. Ele disse que essa cidade surgiu a poucos anos, que era um lugar sem dono que do nada as pessoas começaram a ir morar lá, vários turistas vão para lá porque rola uns eventos fora do normal com tudo liberado. Eu já me animei só de falar nos eventos. 2 horas depois, olha o carrinho passando pela placa welcome Vega! Parecia uma cidade em desenvolvimento. Um lugar agradável. Pessoas de patins andando pela rua, árvores, leitores aproveitando as sombras, cafés, lojinhas e as casas eram afastadas umas das outras, mas só mansão. Pedimos para que ele nos deixasse em alguma pousada que possa ter vaga de última hora. Ele nos levou para uma que tinha o nome na cidade. Vega Hotel. A gente pagou o táxi, agradecemos pela viagem divertida e entramos com nossas malas o hotel. Havia somente um homem na portaria, com a maior cara de gente da pesada. Sério, ele usava um colete que eu jurava que era de p******o, daqueles de policial, uma bandana cobrindo sua careca e não escondia a arma do seu quadril. Dá medo? Dá, mas aí eu pensei: “se tá fazendo a segurança do hotel desse jeito, então estamos bem seguros por aqui”. E a outra pessoa era uma mulher, que estava atrás do balcão. Ela parecia ter a mesma idade que eu, só que era morena, com cabelos Chanel e lisos, usava um vestido de seda com alças finas e cordões de encolhiam dos lados, tipo uma recepcionista burguesa. Além disso era tinha um rosto de boneca, tudo pequeno, nariz pequeno, boca pequena e carnuda, uma sobrancelha bem desenhada e olhos escuros destacados pelo delineador e cílios postiços. E a cintura...era uns 5 centímetros a menos que a minha, o que me fez querer trabalhar um pouquinho meu abdômen para ficar bonita desse jeito no vestido. Ela olhou diretamente pro Ricky. —Olá, em que posso ajudá-lo? — jogou o quadril para um lado e começou a morder um fundo da caneta. los... — Nós queremos um quarto. — ele falou e foi aí que ela olhou pra mim. Ela é mais alta do que eu, mas não é motivo para não me enxergar. Afinal, eu sou uma loirona de presença, um mulherão da p***a! (Palavras do Ricky) — Ah, sim. Quartos de solteiro ou casal? — ela perguntou a ele. — Casal — respondemos juntos. O jeito que ela tava olhando pra ele já estava o deixando vermelho. — Você pode adiantar? A gente atravessou um oceano pra chegar aqui. Estamos muito cansados. — a apressei. — Claro. — ela deu um sorriso reto e que se desmanchou bem rápido pra mim. — Como se chamam?   — Emanuelle Albuquerque. — Henrique Monteiro. — Ricky respondeu. — Mas não tem o mesmo sobrenome? — ela estranhou. — Não somos casados, ainda. — Ricky explicou. Depois estendeu uma chave e eu peguei antes do Ricky. — Tenha uma boa estadia. Eu sou Violet, qualquer coisa é só me chamar. — ela estendeu a mão pro Ricky enquanto eu já arrastava minhas mala. — Bora Henrique! Quando chegamos no quarto, que nem se compara ao do hotel em Nova York, e eu já joguei a mala pra um canto. — Que foi, amor? — ele estranhou, entrando no quarto logo atrás de mim. — O que foi?! Aquela projeto de biscate que tava te comendo com os olhos! — sente na cama aborrecida. — Manu, você tá com ciúmes? É isso mesmo? — Claro! — Mas você nunca foi assim, amor. Eu nunca te vi com ciúmes. — ele sentou ao meu lado na cama e acariciou meu rosto com uma feição curiosa. É porque aquela mulher é muito mais bonita e muito mais arrumada que eu! — Você viu como ela me ignorou? Ela com certeza vai pra cima de você. Por isso ela me desconsiderou. Porque para ela eu não sou um problema. Não é um problema você ter namorada. — virei meu rosto ainda mais aborrecida depois dessa análise. — Meu amor. — ele disse rindo e virou meu rosto para ele. — Eu não quero nenhuma outra mulher além de você. — De verdade? — olhei em seus olhos. — De verdade. — ele respondeu sem nenhuma mudança no tom de voz e me beijou. — Eu te amo. Não preciso de mais nenhuma mulher na minha vida. — me abraçou e beijou meu ombro. Eu não sei o que deu em mim de ficar com ciúmes daquela vaca. Claro que o Ricky é só meu. Eu sou suficiente. Olhei para ele e segurei seu rosto. — Eu sei disso, meu amor. Mas ela não sabe, então trate de mostrar isso, porque se eu a ver dando encima de você, sem que você não esquive nem deixa claro que me ama, eu dou uma surra nos dois e volto pro Brasil. Ele riu. — Tá bom. Eu não tô nem um pouco afim de apanhar de você. — me beijou de novo. — Acho bom mesmo. Porque você sabe como eu sou brava. Ele ficou rindo, beijando meu pescoço. — Será que nesse brega tem banheiro? — falei parando com os amassos. — Espero que sim, porque eu tô grudando. — ele levantou e tirou a camisa. — O que a gente vai fazer depois do banho? — tirei meu tênis. — O que você quiser, meu amor. — ele respondeu com um sorriso cheio de más intenções. — Eu não tô falando nesse sentido. — fiquei rindo. — Tô falando sobre comer alguma coisa, conhecer a cidade... procurar o seu pai... — Ahhh... pode ser também. Eu tô com fome. A gente pode conhecer a cidade e comer em algum lugar. Essa hora já era perto do almoço, então tomamos banho e depois de nos vestirmos, saímos do hotel para passear na cidade. Depois do meu ciúme, Ricky passou pelo saguão sem olhar a metida da Viçolet. É isso mesmo, vou chamar ela de Viçolet. Porque seu jeito é igual de cadelinha no cio. A gente saiu na rua e a minha esperança é topar com o pai do Ricky em alguma esquina. Já pensou, eles se encontrarem na rua do nada?
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