Benjamin
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- Amor falei com meus pais. - Vero comenta.
- Sobre? - pergunto sem entender o que ela estava falando.
- Sobre nosso casamento antes de ir para Paris. - Paro de escrever e olho para ela.
- Como assim Verônica? Eu não disse que iria para Paris com você.
- Amor, semana passada estávamos conversando, e você disse que seria uma ideia. - ela questiona.
- Que seria uma ideia amor, não que eu iria. - eu sempre fico indignado com a forma que Verônica acha que pode resolver minha vida sempre. Na grande maioria sem me consultar antes.
- Amor, olha... Não queremos ficar longe um do outro, você pode fazer administração em qualquer lugar. mas moda só em Paris, Eu quero isso Ben. - respiro fundo, por que eu sei que é uma grande oportunidade para ela, mas não é o que eu quero.
- Eu sei, mas eu quero estagiar na empresa sabe disso.
- Qual é Ben, a empresa e do seu pai, você tem um lugar garantido na diretoria e só estalar os dedos. - ela sempre foi muito superficial. as vezes acho que não gosta de verdade de mim e sim do meu status social.
- Não é assim que as coisas funcionam na minha família Vero, eu preciso trabalhar muito para conseguir chegar em um cargo bom na empresa. Meu pai não vai me dar nada de mão beijada.
- Tanto faz! - ela revira os olhos - Está bom amor olha é uma grande oportunidade para mim e eu quero, não te custa nada fica lá comigo por um tempo, e depois a gente volta. poxa é o meu sonho. - fico parado olhando ela falar como se só o que ela quer importa.
Enquanto ao meu sonho? esse não importa?
Fico lembrando da última conversa que eu tive com o Gabo sobre acabar logo com esse relacionamento. Fico pensando no quanto eu ainda gosto dela. ou melhor se eu ainda gosto? Voro e eu amadurecermos juntos, fizemos planos juntos, antes dessa bendita faculdade de moda que ela quer fazer, falávamos em casamento, mas era aqui no Brasil. não ir embora.
As provas finais estavam aí. eu já tinha me escrito para a faculdade aqui. eu preciso me concentrar em passar nas provas e não em como lidar com a Verônica e seu surto de achar que só ela pode descidir nossas vidas.
As semana foram passando e ela sempre batendo na mesma tecla, de que eu estou sendo egoísta em não querer ir com ela, sendo que esse negócio de moda ela começou agora, antes queríamos as mesmas coisas, e agora do nada ela quer mudar tudo. Verônica ao longo desses anos foi se tornando uma pessoa diferente, da menina que eu me apaixonei quando tínhamos 15 anos.
...
Estávamos novamente discutindo por bobeira, mas uma vez esse desgaste no nosso relacionamento. eu já não sei mais o que fazer, me lembro quando conheci a Vero, eu só queria estar com ela todo os tempo, sempre fomos compatíveis e como eu nunca gostei da vida cigana que meu irmão leva, sempre soube que aquilo não era para mim. Queria um amor tranquilo e maduro. Completamente diferente do que vivemos agora. Eu achei que a Verônica seria a mulher da minha vida, que nosso amor fosse para sempre. Agora dúvido disso a todo instante.
- Você não está sendo justo Ben, eu não vou desistir do que eu quero para ficar aqui com vocês! - ela grita.
- Eu não estou te pedindo isso Verônica! mas eu também não quero ir para Paris. - grito também.
- Só que eu não vou ficar em um relacionamento a distância Ben. não vai dar certo. Daqui a pouco você está com outra me traindo. Isso não vai dá certo!
- Já não está dando certo. - digo irritado.
- Você é igual ao seu irmão sabia! você usa as pessoas e depois joga fora! - ela me joga um porta retrato. me esquivo.
- Do que você está falando? você quer ir embora, eu sempre disse que queria fazer faculdade aqui e trabalhar na empresa do meu pai. Agora do nada você surgiu com essa de ir estudar fora e casamento. Sendo que eu já tinha dito que não queria me casar agora.
- Sempre falamos em casamento Benjamin. - de fato até eu conhecer a verdadeira personalidade dela eu achei que verônica era a mulher da minha vida.
- Sim mas não era agora, ao 18 anos.
- E eu não vou viver uma vida errada com você. A gente se ama o que importa a idade?
- Eu já não sei se te amo da mesma forma Vero. - digo exausto, só essa semana já era a quinta discussão, Sobre os desejos dela ser maiores que os meus.
- Seu desgraçado! você transou comigo! me levou para cama dizendo que iria se casar comigo. - ela vem para cima de mim me batendo.
- Para com isso verônica. - seguro sua mãos.
- Nos dois entramos nessa juntos, eu não te iludi e te levei para cama. Nós dois queríamos aquilo.
- Mentira! você disse que se casaria.
- E era o que eu queria. até você se transformar nessas doida que acha que só os seis sentimentos importam.
- O que está acontecendo aqui? - meu pai chega no meu quarto.
- O seu filho é um babaca sr. Garcia! Depois de todo esse tempo me usando ele simplesmente quer terminar o namoro. Eu me entreguei para ele. por que ele disse que se casaria comigo.
- Do que ela está falando Benjamin? - meu pai pergunta.
- Eu não estou terminando Verônica, você está, eu disse que não tenho mais certeza sobre os meus sentimentos. não quero e não vou embora para Paris com você.
- Está vendo! - ela tenta ir para cima de novo.
- Eu acho melhor você ir embora verônica, outra hora vocês conversam com mais calma.
- Isso não vai ficar assim Benjamin, não vai mesmo. - ela sai com raiva.
- O que está acontecendo Benjamin - meu pai estava com uma cara fechada, Ele sempre me disse para não assumir compromissos que eu não iria cumprir. um homem não volta atrás na sua palavra Benjamin era o que ele sempre me dizia.
- Eu não sei mais o que eu sinto pai, ela é diferente do que eu imaginei. Preconceituoso, mesquinha, bem diferente da menina por quem eu me apaixonei.
- E você diz isso para ela depois de a pedir em casamento?
- Eu não pedi ela em casamento, falávamos em casamento como qualquer outro casal, fazendo planos mas nunca pedi. Ela que simplesmente quer que eu caso e vou morar em Paris com ela para ela fazer moda.
- E a sua faculdade?
- Então é sobre isso, ela acha que eu simplesmente devo ir. e quando voltar ter um cargo de mão beijada na empresa. - meu pai ergue uma sobrancelha.
- Você precisa resolver logo a sua vida com essa menina. - sei que ele pensou muito mais do que disse.
- Eu sei pai, eu sei...