Escute. Quero falar com você. Só com você. Posso pedir pra minha secretária marcar um horário com você? - Ele mudou o tom de voz, falou baixo e com um tom sexy, como se estivesse flertando, e me olhou fixamente, vi que ele tinha um brilho diferente no fundo dos olhos. Se inclinou esperando eu responder.
- Porque você mesmo não marca? - Eu estava tão surpresa que sussurrei.
- Quando acaba seu repouso? - Ele quer marcar uma entrevista oficial comigo?
- Segunda.
- Então segunda, às 21 horas te busco aqui. - Ele falou como um comando, ainda usando a voz sexy e me olhando diretamente nos olhos. O bico dos meus s***s endureceram. Se eu aceitar, o que ele vai propor?
- E vamos aonde exatamente?
- Segunda, às 21 horas. - Agora ele estava voltando a ser o Cooper frio e distante. O Sr Arrogante que me irritou tanto na noite anterior.
- Quero saber…- Ele não me deixou concluir.
- Te envio detalhes por mensagem. - Falou baixo novamente. - Agora vamos comer. - Essa última parte ele falou levantando depois de soltar a minha mão.
Eu não conseguia levantar. Sentia as minhas pernas moles. O que acabou de acontecer? Ele me convidou para um encontro? Eu achei ele lindo só que não pensei que algo assim poderia acontecer. Se eu sair com ele, ele vai querer t*****r? Senti uma pontada no meio das pernas na mesma hora. Eu transaria com ele. Tentei pensar em outra coisa, que não era s****l. Pode ser qualquer coisa. Eu estava imaginando coisas. Ele me olhou nos olhos e disse que queria falar comigo, especificamente só comigo. Ele usou um tom sensual na voz dele? Ele estava me olhando com desejo?
Olhei bem para ele novamente, ele estava sentado à mesa com um ar sério e quieto. Eu com certeza devo estar imaginando coisas.
O almoço correu silencioso. Eles trouxeram um penne ao molho de queijos, o meu prato favorito, acompanhado de uma salada de folhas e frutos do mar e batatas gratinadas. Tudo estava uma delícia e bem fresco. A Regina nitidamente incomodada tentou puxar assunto, ela nunca conseguia ficar muito tempo em silêncio.
- Em qual restaurante vocês compraram meninos?
- É do Chef Juan, ele trabalha para a Martins corporações. Faz os jantares dos diretores e eventos da empresa. - Júnior respondeu, parecendo a coisa mais normal do mundo.
- Entendi. Então não consigo pedir esses pratos em algum outro momento?
- Acredito que somente se for um evento da empresa. Ele fez porque o Sr Martins pediu. - Cooper comia em silêncio. Como se estivesse sozinho na mesa.
- E porque você pediu Cooper? - Perguntei diretamente para ele para poder observar o quão maluca eu estava com aquela situação.
- Fiz porque gosto da comida dele, p**o ele muito bem para cozinhar quando eu precisar. - E lá estava a arrogância completa de novo.
- Ainda não entendi. Porque exatamente se deu o trabalho de pedir que ele cozinhasse algo para trazer para cá? - Fui ríspida de propósito, esse comportamento controlador e arrogante porque tem dinheiro era algo que a irritava muito - Poderíamos ter pedido algo aqui do bairro ou até cozinhado. - Ela iria ensinar para ele alguma humildade.
- Não queria dar trabalho para vocês. A Regina nos convidou, e acredito que o mínimo que poderia fazer era cooperar com a comida.
- Entendi. - Eu não queria mais discutir. Ele me deixava muito confusa. Ele era muito arrogante e depois muito legal. Depois arrogante de novo. Já bastava a confusão que eu estava querendo t*****r com ele. Só quero que isso acabe. A forma que ele pegou na minha mão e quase ordenou que eu saísse com ele tinha me deixado mais atraída por ele, e claro, incomodada.
- Poderia agradecer ao chef em nosso nome? Tudo está perfeito. - Regina falou, para tentar quebrar o clima.
- Claro - Júnior respondeu. Até parece que o chef ligaria para elas.
- Então, Cooper, você estava falando dos seus negócios. Quais nichos você atua? - Vou tentar seguir uma conversa segura.
- Não gosto de falar de negócios na hora das refeições, quando não é uma refeição de negócios. Vamos falar de vocês. Regina, o que pretende fazer depois de concluir a faculdade? - Eu fiquei sem graça, porque ele falou de forma enfática e educada.
- Ainda não tenho certeza, estou muito feliz na Silvi’s, estou muito perto de chegar ao cargo que eu quero, e depois disso posso atuar na área de expansão internacional.
- Você não tem planos de encerrar sua carreira lá? Fez comércio exterior porque? - Ele parecia genuinamente interessado.
- Fiz porque a Lisa fez, na época da escolha do curso eu estava muito perdida e esse era o plano para ela desde que nasceu, eu só segui. Depois me apaixonei pela profissão. - Continuei comendo e torcendo para que Regina não comentasse sobre esse plano.
- Você nasceu com um plano? - Droga! Ele não deixa passar nada.
- Sim, e vivi à risca esse plano até o primeiro ano da faculdade, dali em diante eu larguei dele e resolvi seguir minhas escolhas.
- Então não era um plano seu? - A conversa estava no caminho errado.
- Não. E não gosto de falar sobre isso durante refeições, nem refeições que são para falar sobre isso. Então Regina, continua a explicar seus próximos passos na Silvi’s, por favor.
- Certo. - Regina não sabia muito bem como agir - Certo. - Repetiu - Meu plano é expandir para México, Canadá e Argentina. São países que recebem empreendedores Brasileiros muito bem. Tenho tudo planejado, preciso só estar no cargo de decisão, que é Diretora comercial. Falta literalmente um degrau para isso.
- Quando acontecer, marcamos uma reunião, e podemos fazer acontecer. - Cooper falou como quem fala "Bom dia". Ele ia investir na Silvi’s? Por quê?
- Seria perfeito Cooper. Eu iria trazer uma empresa de exportação de qualquer forma.
Regina estava animada demais. E entrou em modo de flerte. Jogou o cabelo, sorriu e piscou devagar encarando Cooper nos olhos.
Regina sempre teve uma beleza nítida. Cabelos longos e loiros naturais. A pele dela era branca como marfim, com os olhos de um verde azulado que ressalta por conta dos cílios longos. O rosto dela era de modelo. E o corpo fazia jus ao rosto. s***s robustos e a cintura muito fina com a b***a bem torneada. Ela era uma modelo completa. Sempre foi muito cuidadosa com a aparência. Costuma dizer que o cartão de visitas dela era a aparência, e sempre estava cercada por homens de todos os tipos, inclusive os mais lindos e ricos. Só que ela magoava todos. Lisa tinha visto ela se comportar daquela forma milhares de vezes e durava no máximo uma semana a relação, que era o tempo dela trepar com o cara e descobrir que ele não era o cara certo. Dizia que o cara certo pensaria no prazer dela antes de qualquer coisa, e pelo que ela descrevia todos estavam preocupados com performance e não com fazê-la gozar. O teste era sempre esse. A maioria era perfeita em todas as outras coisas até o sexo, no dia seguinte ela terminava sem explicar direito. Pelo visto o próximo teste seria Cooper. Quando Regina marcava um alvo, dificilmente ele escapava.