A Outra Senju

Treze

Dias depois

Obito teve a orelha puxada e Kakashi teve o mesmo destino, a dupla era arrastada por Konoha enquanto as duas ruivas iam em direção ao prédio do hokage.

A porta foi aberta e Hashirama deu um pulo assustado por estar quase dormindo, as mulheres soltaram os meninos e o hokage esfregou os olhos.

- O que aconteceu?

- Eles estavam espiando na casa de banho. – Takara disse irritada e Kushina sentiu a veia em sua testa quase explodir.

- É? E tinha alguma mulher nova? – Hashirama questionou e as duas o encararam estralando os dedos.

- Hashirama-sama...

- Aniki... (irmão)

Senju Takara

- Ohayo, ohayo! – Shisui gritou e ouvi seus passos na escada enquanto colocava café com leite em sua caneca.

- Sem correr na escada. – Madara falou bebendo chá e lendo o jornal. – Pode se machucar.

- Eu sou um ninja! Isso não me machuca.

- Não responda seu pai. – O pego no colo e beijo sua bochecha ao mesmo tempo que sou abraçada. – Bom dia meu neném.

- Bom dia, mamãe. – Ele sussurrou e o sentei na cadeira cortando as panquecas pra ele.

- Podia cortar as minhas também. – Madara sussurrou e o encarei mortalmente. – Apenas dizendo.

- Vocês vão se casar? – Olho para o meu filho que nos observava fixamente. – Ia ser tão legal, toda aquela comida...

- Bom, estamos indo devagar. – Respondo e ele fez bico cruzando os braços.

- Mas já se passaram meses!

- Onde foi de manhã? – Madara mudou de assunto e o olhei.

- Comprar pães, encontrei Kushina no caminho e adivinha o que nós encontramos? Shisui e Kakashi observando na casa de banho, levamos eles até meu irmão, o Hokage e sabe o que ele disse?

- Algo r**m e ele está desmaiado no escritório.

- Sim. – Ele deu risada e se levantou beijando a testa de Shisui.

- Obedeça sua mãe, Shisui.

- Eu sou o homem da casa. – Ele respondeu orgulhoso e Madara me puxou pela cintura depositando um beijo em meus lábios.

- Vou chegar mais cedo, vamos jantar fora. – Sorrio segurando o rosto dele e aperto suas bochechas.

- Não fale que eu bati no hokage, entendeu?

- Dói, isso dói. – O soltei e desci as mãos por seus braços.

- Tenha um ótimo dia. – Nos afastamos e ele saiu da cozinha.

- A gente pode ir na tia Mikoto?

- Hoje não, filho. – Me sento ao lado dele e coloco café na xícara para mim.

- Por que? É tão solitário aqui... – Solto o ar e o olho arrancando um sorriso seu.

- Se eu convencer seu pai, vai ter que prometer cuidar dele. – Ele concordou rapidamente e olhei para o filhote de cachorro dormindo em uma caminha na cozinha.

Shisui havia o encontrado na floresta e o trouxe pra casa, por três dias ele escondeu de nós, mas a gente obviamente percebeu estávamos apenas esperando ele dizer, e quando disse foi porque o coitado estava tremendo de frio e não parava.

- Acha que ele vai deixar?

- Nunca subestime a sua mãe, meu pequeno. – Aperto levemente as bochechas dele que ri fofamente. Madara vai falar um monte. E o resultado? Uma briga.

- Mas ele parece de bem humor. – Shisui comentou e bejo para o meu colo deitando a cabeça em meu peito. – Obrigada, okaasan.

Deuses, obrigada por me darem esse neném para cuidar.

Mais tarde

- Ele não vai ficar com esse cachorro! Sabe que ele não vai sobreviver sem a mãe!

- E se sobreviver?! Para de ser cabeça dura!

- Prefiro ter outro filho do que um cachorro. Sabe que... – Ele senta na cama passando as mãos nos cabelos. – Meu pai matou meus cachorros.

- Eu sei que você não é o seu pai. – Me sento em seu colo e ele me puxa para si. – E sei que nosso filho é um garotinho incrível, nós trabalhamos, Madara, ele não pode ficar sozinho o dia todo ou viver na casa das minhas "irmãs".

- E se eu falhar com ele?

- Isso nunca aconteceria. Você não é o seu pai e eu não sou o meu. – Ele me olha e deita a cabeça em meu ombro. – E se você... Deixar... Eu posso pensar na resposta.

- Chantagem?

- Não foi o que fez ao me fazer vir morar com você? – Ele desliza o dedo por minha bochecha e beija meus lábios.

- Case comigo. – A porta foi aberta e eu me levantei arrumando meu vestido.

- Estou pronto, okaasan! – Shisui sussurrou tristonho e Madara caminhou até ele.

- Ei, você pode ficar com o cachorro. – Os olhos de Shisui brilharam e ele abraçou o pai.

- Obrigado!

Eu não podia pedir uma família melhor, né? Uma família que vai aumentar já que consegui adotar Sakura e ela será oficialmente nossa.