Madara soltou o ar pegando a bebê no colo e os grandes olhos verdes de Sakura o fitaram. Takara sorriu terminando de assinar os papéis e Shisui se manteve no colo da mãe, sem solta-la desde que soube que Sakura seria sua irmã a partir de agora.
Como prometido uma semana atrás, ela pensou e aceitou o pedido de casamento de Madara, só precisavam marcar a data e terminar a lista de convidados. Assim que finalizaram a adoção o casal saiu do hospital e Takara tentou tirar Shisui de seu colo mas o menino fez birra dizendo que estava com dor no corpo, ela queria segurar Sakura que dormia profundamente no colo do pai.
A ruiva ajeitou Shisui nos braços e Madara observou a mulher e depois as crianças deixando um sorriso escapar, ele não erraria desta vez, ele faria o possível e impossível para que ela continuasse ao lado dele.
- Mada? – Ele foi tirado de seus pensamentos pela ruiva e notou que Shisui já corria para dentro de casa. – Ei, o que foi? Por que está chorando?
- Nada. – Ele a puxou pela cintura abraçando a ruiva com um braço enquanto com o outro segurava Sakura. — Eu te amo.
- Eu te...
- Me deixa ver! — Itachi entrou gritando no quintal e o casal se virou para ele.
- Não! Vem treinar comigo! — Shisui gritou colocando a cabeça pra fora da janela e viu o tio com Sasuke nos braços. — Sasuke!
- Ei, ei! — Takara falou alto e todos olharam para ela. — Parem de gritar e entrem em casa, agora!
- Sim, tia. — Itachi falou baixo entrando as pressas com Madara atrás e Izuna fez o mesmo, Takara entrou por último e fechou a porta. — Agora eu posso?
- Eu pego o Sasuke pra mim e você leva essa! — Madara olhou para Shisui dando risada e Takara cruzou os braços.
- Sem ciúmes, Uchiha Shisui. — O menino engoliu seco e olhou para a mãe. — Ou vai ficar sem ver o Itachi por um ano.
- O que?! Não pode fazer isso! — Itachi falou de olhos arregalados.
- Eu posso e vou! — Ela falou autoritária e Madara com Izuna se afastaram. — E a culpa é de vocês dois que ficam influenciando!
- Nossa?! — Os irmãos falaram juntos.
- Exatamente!
Dias depois
Senju Takara
- Que linda. — Me assusto um pouco e olho para a senhora atrás de mim. — Sua filha?
- Sim... Como entrou aqui? Só o clã Senju tem permissão.
- Eu sou do clã Senju. — Seguro Sakura firme e Shisui puxou a barra de meu vestido. — Bom... Eu era...
- Quem é você?
- Uma pessoa que partiu muito tempo atrás. — A mulher sentou no banco que tem ali e olhou para um túmulo, o túmulo de minha mãe. — Isso nunca aconteceu mas... Já que é a primeira vez que você vem aqui...
- Você é... — Ela sorriu docemente e olhou para Shisui. — C-como?
- Eu também não sei... Mas fico feliz em te ver crescida, minha pequena. Sinto por tudo o que teve que passar.
- Quem é ela, okaasan? — Passo os dedos nos cabelos de Shisui e sorrio sentindo lágrimas surgirem meus olhos.
- Minha mãe. — Ayanna se levantou caminhando até nós e se agachou na frente de meu filho. — Mãe, esse é o Shisui.
- Eu sempre quis conhecer sua família. — Sua voz tremeu e quando tentou tocar em Shisui ele recuou envergonhado. — Não vou te ferir, meu anjo.
- Eu não sou um anjo... Sou um Uchiha!
- Claro que é. Você é o anjo que eu pedi para enviarem e cuidar de minha filha, para que ela nunca desistisse de viver. — Arregalo os olhos e minha pegou meu filho no colo. — Eu sempre orei para ela ter alguém que sempre ficasse ao lado dela, o anjo mais bonzinho.
- Verdade? Mas por que ela quase sempre chorava por causa do vovô? — Olho para ele em choque. Ele me viu chorar por isso?
- Seu avô foi um homem bom... Mas o mundo o corroeu. Me perdoe por nunca ter ficado ao seu lado e ter cuidado de vocês e do seu irmão. — Ela se aproximou e encostou nossas testas. — Eu quero que saiba que eu te amo, Takara. Eu sempre vou amar.
- Eu te amo também, mamãe.
Sonho off
Me sento ofegante e passo a mão na testa sentindo as gotas de suor descerem por meu rosto.
- Foi um pesadelo. — Olho para Madara assustada e ele sentou na cama me puxando para deitar em seu colo.
- Não foi um pesadelo... — Sussurro ofegante e olho para ele que beijou minha testa. — Foi um sonho... Um sonho incrível.
- Quer me contar?
- Não, ainda não. — Fecho os olhos me encolhendo.
- Só lembre-se que estou sempre aqui.
- Obrigado.