Capítulo 2 – Depois do "Você".

1717 Words
"Acho que todo mundo tem um ponto fraco. Só não conte à ninguém que o meu é você!" – Nicolas Sparks *** Olívia Saio andando o mais rápido que posso daquela ponte e não olho para trás. Como ele ficou tão forte? Como conseguiu ficar mais lindo, o que eu achava impossível, será a barba? O cabelo? c*****o que gostoso, ops! Ele ainda continua sendo o mesmo cretino mentiroso. Que raiva! E você hein corpo? Porque me traiste daquele jeito? Reagindo ao toque dele, resolveu se bandiar pro lado da minha consciência? E você coração, nem ouse em querer dar nenhum sinal. Deus já não basta que tenho que lidar com meus pensamentos, eu ainda terei que controlar meu corpo? O que será de mim se o meu coração resolver entrar nessa briga? — Mamãe, quem é aquele homem? Seu pai... Ele é seu pai... Droga! — Um conhecido do passado. — Por que, você disse que era casada? — Porque ele ia ficar fazendo perguntas. — Por que, ele ficou fazendo perguntas? Deus até ela com questionário. É castigo ela parecer em todos os sentidos com ele? Ok! Senhor isso que mereço por esconder quem é ele. Recado recebido! — Querida só esqueça aquele homem, não é ninguém importante, nós encontramos pessoas que conhecemos o tempo todo. — Que jeito? Eu sim, encontro meus amigos da escola o tempo todo na rua, com você isso nunca acontece mamãe. Há filha do seu pai... — Tudo bem. – Dou uma risada. — Mas um dia acontece, agora vamos já está na hora de você almoçar e a vovó deve ter feito um banquete. Ela apenas acente com a cabeça positivamente. Coloco a bicicleta no porta mala do carro, depois coloco o cinto de segurança na minha filha e prendo-a no banco de trás, Meg pega o tablet e começa a ver seus desenhos. Agradeço mentalmente, não terei que responder à mais perguntas. Eu acho que sou uma mãe r**m, não sei o que farei quando Megan começar a perguntar pelo pai, tenho me preparado para isso desde quando ela nasceu. Pelo menos o meu pai nos abandonou, mais e Colin? Não fez isso pelo ao contrário se eu tivesse contado ele teria assumido no mesmo instante, na realidade nem sabe que a filha existe. Espera ele sabe, acabou de descobrir só que ele acha que é do meu suposto marido. [...] — Filha?... Olívia? — Humm... – Falo tirando o garfo da boca, enquanto fiquei olhando pro nada viajando nos meus pensamentos. — Estou falando com você. — Desculpa estava destraída. — Acho que ela estava pensando no homem do Park. – Meg fala antes de colocar a comida na boca. — Homem? Que homem? — Não é ninguém. O que você estava falando? — Não está parecendo ninguém. — Mamãe já comi todos os meus legumes, posso subir para meu quarto? — Pode sim filha. – Falo levando-me recolhendo os pratos. — Agora me fala, quem é o homem? — Colin Jones. — O quê? – Minha mãe diz fazendo um ô bem grande com a boca. — Sim. Não sei o que farei quando Meg começar a perguntar sobre o pai. — Quem disse que ela não perguntou? — Como assim? – No mesmo instante paro de lavar os pratos. — Ela já perguntou muitas vezes para mim. Eu digo que ela vai saber a história dos pais dela na hora certa. — Por que ela nunca me perguntou? Eu sempre achei estranho, porque Megan é tão esperta e ativa. — Ela disse que não queria te ver triste. Porque toda vez que pega o colar em formato de coração na caixinha de jóias ela vê você limpar algumas lágrimas. E imaginou que fosse um presente que o pai lhe presenteou. Dito isso, decidiu perguntar para mim. A aquele maldito colar, Colin me deu quando completamos dois anos de namoro. Toda vez que o vejo, me lembrava do quanto o amava e por alguns instante deixava-me ser vulnerável. Certas coisas não mudam. — Não sabia. – Digo cabisbaixa. — Você sabe que vai ter que contar Olívia. — Sim. Quando for a hora certa. — Não tem hora, espaço, tempo ou lugar certo. Você precisa tomar um decisão. — Vou decidir. – Volto a limpar as louças. Minha minha mãe está certa, mais tenho muito medo ainda dele entrar na nossa vida e nos machucar e Megan sofrer. Se tem uma coisa que aprendi: é que quem te arranca um sorriso fácil, facinho arranca o coração também. — Olá, olá, estou entrando onde vocês estão? – Dany entra gritando dentro da minha casa tirando-me dos meus pensamentos. — Estamos na cozinha. – Eu grito. — Tenho novidades. – finalizo minhas louças, enxugo minhas mãos e sento à sua frente no balcão da cozinha. — Sério? Qual? — Consegui uma entrevista em uma empresa de publicidade para o Studio O&D. – Fala dando tapinhas na mesa de felicidades. — Não brinca. Sério? Qual empresa? — Tem mais, calma, é uma das empresas mais famosas aqui de Nova Iorque. Eu falei com alguns conhecidos que me indicarão e disseram ser a melhor, claro que com certeza o valor para trabalhar com eles será salgado, porém, nada que um empréstimo no banco não resolva. O que você acha parceira? — Eu acho ótimo, só marcar a entrevista que vamos. Eu não acredito que conseguiu! – Começo a sorrir sem parar. — A empresa é a Recreate J&M advertising and marketing. — Humm, esse nome não é estranho aonde eu devo ter ouvido falar? – Coloco a cabeça sobre as mãos pensando. — Deve ser de revistas ou algo assim a empresa é famosa. Contudo, isso merece uma comemoração, vamos sair hoje fica arrumada às 22h, passo para irmos algum lugar, Marcos e Rodrigo vão junto. — Sério? A gente nem fechou o contrato. Mais por que não? Vamos sim! Mãe você acha que pode ficar com Meg essa noite? – Falo olhando para dona Glória. — Fico. Não irei sair hoje com Jorge. — Ainda com o senhor Jorge? Que safada! – Dany fala rindo da minha mãe. — Ainda, não resisto aquele homem. – Minha mãe ri e logo da uma mordida em uma maçã. Ficamos ali conversando e colocando o papo em dia, apesar de ver Danielly todos os dias, ela mora mais aqui do que na própria casa. Só não vem quando pega algum cara por aí. Ela fala um pouco mais, sobre a empresa e continuo com a sensação de que já ouvi esse nome muito antes, mais de onde? Colin — Que p***a é essa? – Grito e dou um soco na mesa ficando de pé, estou na sala de reuniões com meus funcionários inúteis. — Só marquem outra reunião quando tiverem ideias que vendem, da próxima vez todos vão está na rua. Muitas pessoas matariam para estarem aqui no lugar de vocês. Podem sair. — Sim, senhor. – Todos respondem em coro. Pego minhas coisas e vou até minha sala para analisar uns contratos. Passo por minha secretária, só pelo jeito que ando bufando ela nem ousa falar nada, continua com suas anotações no computador. Estou pilhado depois de ter visto Olívia naquele park, desde então não consigo me concentrar em nada, ter ficado tão perto dela de novo me fez sentir coisas que há tempos não sentia. Sensações incríveis e ao mesmo tempo perturbadoras, ela tem uma filha, está casada. Como eu pude esperar encontra-la e achar que a vida dela estaria a mesma? Liv é linda, não ficaria solteira por anos. BURRO! Dessa vez a perdi para sempre e eu que jurava que seria o último na sua vida. Ela continua e sempre será meu ponto fraco e eu tive a certeza hoje, seu corpo fez cada molécula do meu ativarem de t***o, amor, saudades... Essa mulher mexeu com as minhas estruturas. — Loira, que bicho te mordeu? Ouvi os seus berros lá da minha sala. – Ravi entra na minha sala tirando-me dos meus pensamentos. — E para de ficar andando de um lado pro outro está me deixando tonto. — O que você quer? Não está vendo que estou ocupado? — Como o que? Furar o chão? – Ele ri. — Fala o que aconteceu? Por que está tão tenso desde quando chegou? Dou um longo suspiro e sento no sofá, colocando os braços no joelho e a cabeça abaixada. — Eu vi ela. — Ela quem? Arianne? – Fala sentando do meu lado. — Não. Que essa se exploda, eu vi Olívia! — Não! Aquela... — Sim. — Uau! Mais eai? Você não deveria está feliz? Está aí deprimido como se a garota tivesse morrido. Não era tudo eu você queria? Revê-la? — Sim. Mais eu queria encontrar ela para tê-la novamente na minha vida, para fazer tudo diferente, mostrar que mudei, que não deixei de ama-la em nenhum momento e ver Liv de novo só me fez ter a certeza que tudo ainda está vivo. No entanto, ela me disse que está casada e tem uma filha, aliás, a criança é insuportável, conheci a pestinha estava com a mãe. — Se fosse sua filha saberíamos o porque dela ser insuportável. – Ele ri da própria piada, fuziilo ele com os olhos mais continua. — As vezes a vida é assim mesmo, a gente pede um unicórnio e recebemos um cabrito. — Larga de ser i****a. Deus aonde foi que arrumei isso mesmo? — O que vai fazer Ravi? – Digo quando vejo ele indo em direção à minha mesa. — Pedi reforços. – Pega meu telefone disca um número. — Ruiva vem aqui na presidência da loira... Não interessa se está ocupado... VEM LOGO PORRA... – E desliga. — Essa ruiva. — Que bicho te picou, sua n**a safada? – Falo rindo, devolvendo a mesma piada. — Já vai ver. Passa alguns minutos Darnew chega. — Qual a urgência? – Huts fala fechando a porta atrás de si. — Preciso da sua ajuda, a loira está precisando de uma surra de xereca hoje, vamos sair à noite. – Ravi fala autoritário. — Eu não preciso de nada. Você que precisa e está colocando a culpa em mim. Nós vamos, mais Darnew precisa pedir permissão para Jade. — O quê? – Darnew diz sério e Ravi já está gargalhando. — Quem disse que preciso de autorização, quem manda naquela merda sou eu. Vocês são dois idiotas, não tem nada para fazer não? – Fala e sai todo ofendido da sala. — Olha aquela peste ruiva ficou ofendida. – Ravi diz rindo e zuando nosso amigo. — Quer ver? 3,2,1... Darnew entra na sala. — Eai ela deixou? – Digo segurando uma risada. — Deixou. Eu e Ravi nos olhamos e quase morremos de rir...
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