— Eu perdi uma boa f**a por sua culpa Nick, você ficou maluco cara? Porque me impediu de ir atrás daquela gostosa? Você é meu amigo ou não meu brother? — Questiona Rafael ainda irritado por eu enfrentá-lo a favor da garota que aliás, era muito linda mas eu não pego mulher a força.
— Qual é a tua Rafael? Você está drogado por acaso seu viado? Por acaso você precisa agarrar uma mulher a força para ter sexo? Você não é capaz de levar uma mulher na lábia não meu irmão? Você ia mesmo estuprar a garota? Desde quando vocês fazem esse tipo de coisa seu nóia vacilão? — Esbravejo também irritado e o empurro para longe de mim.
— É sério que você vai me enfrentar por causa de uma v***a qualquer Nicolas? Se eu fumo um baseado ou não qual é o problema meu irmão? Você virou defensor das vadias agora, é isso? Logo você que usa as mulheres como bem quer e depois descarta? — Esbraveja também irritado e me empurrou de volta me deixando furioso.
— Eu nunca obriguei uma mulher a t*****r comigo a força seu i****a! Você tem um conceito muito errado de como pegar uma mulher, desde quando você anda fazendo isso? Estupro é crime seu o****o do c*****o! — O empurro mais uma vez e ele avança em cima de mim acertando o meu rosto.
Cambaleei pelo impacto do soco mas me recomponho partindo para cima dele também, lhe acerto apenas dois socos antes dos meninos me tirarem de cima dele.
— Qual foi? Vocês dois perderam a noção do que está acontecendo meu irmão? Vocês vão brigar por causa de mulher é isso mesmo? — Nos repreende Alfredinho me segurando enquanto Thomas segura Rafael.
— Me solta Alfredinho! Se vocês estão nessa onda de estupro juntos com esse babaca então é melhor se afastarem de mim também! Eu não vou correr o risco de ser preso junto com vocês por uma coisa que eu não aprovo. — Esbravejo ainda irritado me soltando dele os encarando furioso. — Eu não sou um covarde igual vocês, então eu acho que a nossa amizade termina por aqui, eu não vou correr o risco de apodrecer na cadeia por uma burrada cometida por vocês, valeu? — Afirmo ainda os encarando com ódio e saio em direção ao meu carro.
— Espera Nick! Você está levando essa confusão toda a sério demais meu irmão, vamos conversar com calma parceiro? — Diz Alfredinho vindo atrás de mim mas não dou muita importância.
— Não estou afim de conversa Alfredo, vocês passaram de todos os limites com essa palhaçada toda, eu não quero ser incluído nas merdas que vocês fazem então fiquem longe de mim, ok...? É eu não sou seu parceiro. — Falo já abrindo o meu carro e entro sem dar mais atenção a esse merda.
Dou a partida no carro e saio cantando pneus para me livrar logo da presença desses infelizes, eu não podia imaginar que eles seriam capazes de fazer uma crueldade dessas com uma mulher, nos conhecemos a tantos anos e nunca tinha presenciada uma coisa dessas, mas já tem uns três meses que eles estão agindo estranho, estão mais agitados e sem paciência para nada, essas porras devem estar se drogando, essa é a única explicação para a merda que eles estavam prestes a fazer, por sorte eu estava com eles dessa vez e consegui impedir o que eles pretendiam, aqueles olhos vermelhos pelo choro, aquela pele branquinha, os seus lindos cabelos ruivos, a garota era linda e parecia um bichinho assustado nas mãos daquele nóia infeliz.
Passo o trajeto inteiro me lembrando daqueles olhos aflitos e me sinto m*l por tê-la visto naquela situação, parra será que ela está bem? Ela estava tão nervosa e tremia tanto, eu vi o medo em seus olhos, mas que droga! Chego em casa e subo direto para o meu quarto, arranco a minha roupa que cheira a bebida e vou tomar um banho gelado, passo um bom tempo debaixo d'água tentando não pensar tanto naquela garota mas é impossível, mas porque diabos eu estou pensando tanto nela? Pode ser pelo fato de nunca ter presenciado um ato tão covarde como aquele ante.
Saio do banho e me enrolo na toalha, vou para o closet e me seco vestindo apenas uma cueca, me jogo na cama e tento dormir um pouco e como minha mente está afetada pelo álcool eu consigo dormir logo. Pensei que teria o sono dos Deuses mas não, acordei mais sedo que o normal depois de sonhar com as mulheres que peguei ontem, uma loira e uma morena, uma tão gostosa quanto a outra, me lembro delas em cima de mim uma cavalgando no meu p*u e a outra esfregando a sua b****a na minha cara, p***a eu fico duro só de me lembrar daquelas delícias, mas de repente em um estalo me vem na memória a ruivinha sendo atacada por Rafael.
— Mas que droga...! Eu pensei que tivesse sido apenas um pesadelo. — Falo sozinho esfregando as mãos no rosto.
Me levanto e vou direto para o banheiro tomar um banho para terminar de despertar, eu preciso sair um pouco de casa, vou dar uma caminhada na praia talvez assim eu esqueça tudo aquilo. Termino o meu banho e vou me trocar para sair, coloco uma roupa qualquer, pego o meu celular, carteira e a chave do carro e desço até a cozinha para tomar um remédio para aliviar a minha ressaca, tomo apenas um copo de suco de açaí que havia na geladeira e saio em direção a garagem.
Saio de casa e vou para a praia mais próxima e durante o percurso recebo algumas ligações de Rafa e Thomas, mas não atendo, ainda estou muito puto com o que aconteceu ontem e se eu atender essa porcaria de celular vamos discutir com certeza, depois do que aconteceu a nossa amizade já era, não é isso que eu quero para mim e se o papai souber o que eles fizeram pode achar que eu também faço esse tipo de coisa, não é porque eu não levo uma mulher a sério que eu vou cometer um ato covarde desses, eu não sou nenhum moleque para agir de tal maneira.
Depois de chegar na praia do flamengo estaciono na primeira vaga que vejo e desço admirando aquele mar azul a minha frente, caminho até a areia e tiro os meus sapatos afim de sentir a umidade em meus pés, caminho a beira daquela água gelada que banha os meus pés e tento abrir a minha mente, tento não pensar em nada mas isso é impossível, novamente me veio a imagem da ruivinha na mente, mas que inferno! Porque estou pensando tanto nela? Porque aqueles olhos vermelhos pelo choro não saem da minha mente
Droga! Eu vou ter que conversar com alguém sobre isso ou eu vou pirar, eu preciso me desabafa porque o que aconteceu está me afetando de uma maneira que eu não esperava. Penso nos amigos mais confiável que eu tenho e o único que me vem à mente é Emílio, eu sei que nele eu posso confiar de olhos fechados então eu decido ir até o seu apartamento.
Depois de alguns minutos andando na praia eu volto para o meu carro e dou a partida no mesmo, sigo para o apartamento de Emílio que fica em um dos prédios que papai me deu, ele se preocupa tanto em me deixar amparado nesse mundo que a maioria dos seus bens ele passou para o meu nome, apenas a empresa de jóias não é dele pois foi construída junto com o meu falecido tio, e os dois hospitais da família que foi herança deixada pelos pais da minha mãe, ela mesma administra os dois hospitais já que também era filha única assim como eu sou, mas os muitos bens adquiridos por eles depois do casamento estão praticamente todos em meu nome, mas eu não faço questão de me exibir por isso, pelo contrário, eu não gosto da idéia das pessoas se aproximarem de mim com interesse em tudo que possuo, quero que me vejam como uma pessoa comum como outra qualquer.
Chego no prédio onde Emílio mora e rapidamente o porteiro libera a minha entrada já que ele sabe que sou o dono dos imóveis desse prédio. Pego o elevador e subo até a cobertura onde dei preferência que meu amigo ficasse, assim que chego na sua porta eu toco a campainha esperando ser atendido, eu devia ter ligado antes para avisar que estava vindo mas acabei me esquecendo. Poucos segundos depois Emílio abre a porta me encarando surpreso.
— Nick...? Você por aqui? Que milagre foi esse? Aconteceu alguma coisa meu amigo? Entre por favor! — Pergunta me dando passagem para entrar e assim eu faço.
— Aconteceu sim Emílio, eu preciso conversar com alguém ou eu vou pirar cara. — Falo enquanto vou direto para sacada e ele vem logo atrás.
— Então me conta o que aconteceu... Estou aqui para te ouvir cara, conta comigo para isso. — Diz se aproximando e se encosta na mureta de proteção ao meu lado enquanto encaro a sua lá embaixo.
— p***a meu irmão aconteceu um lance ontem à noite, eu estava com Rafael Thomas Alfredinho e eles passaram dos limites Emílio... Eu juro que eu não tive nada a ver com o que eles fizeram cara, eu estou com a minha consciência tranquila mas de alguma maneira isso está me perturbando. — Digo inquieto andando de um lado para o outro e ele me encara confuso.
— Como assim Nicolas? O que foi que aconteceu para te deix... — Ele me encara atento mas é interrompido pela campainha. — Droga! Eu me esqueci que as meninas estavam subindo, eu chamei elas para tomar o café da manhã comigo, você pode se juntar a nós. — Diz com um pequeno sorriso e sai para atender a porta.
Eu continuo onde estou ansioso para terminar essa conversa e pedir a sua opinião sobre o assunto, e se a garota resolver nos denunciar? Se ela der queixa na polícia e fizer um retrato falado meu e daqueles imbecis? Mas que droga! Eu não acredito que entrei em uma cilada como essa, isso é inacreditável.
— Eu vou deixar bem claro que não estou com fome Emílio, eu só aceitei a subir pela insistência da Pene e desse traidor que por acaso é meu filho. — Ouço uma voz feminina seguida de risadas.
Paro para prestar atenção naquela voz mas logo ouço Emílio se aproximando da sacada.
— Vem comigo meninas, eu vou apresentar a vocês um amigo meu que também é o dono desse prédio inteiro. — Ouço a voz de Emílio cada vez mais próxima.
Eu quis adiantar um pouco as coisas então saio da sacada entrando na sala, encaro as mulheres ao lado de Emílio e me surpreendo ao encontrá-la ali bem na minha frente, eu não consigo tirar os olhos dela que parece tão assustada quanto ontem a noite, o que ela está fazendo aqui? Como ela conhece Emílio?
— O que... O que esse homem está fazendo aqui...? Ele veio atrás de mim... Ele veio atrás de mim Penélope...! Eu quero ir embora daqui... ME TIRA DAQUI POR FAVOR...! ME TIRA DAQUI...! Ele veio atrás mim... Ele veio... — Diz extremamente nervosa se afastando chorando sem tirar os seus olhos assustados de mim, mas de repente ela desmaia deixando sua amiga em pânico.
— MILLA! MILLA FALA COMIGO...? Por favor Mirella... Mirella...! Me ajuda Emílio, por favor me ajuda? — Pede a tal Penélope desesperada chamando Emílio que me encara confuso, tento me aproximar para ajudar mas a garota me impede. — Fica longe! Não se aproxima isso é culpa sua! Eu não sei o que você fez a ela mas se você se aproximar eu faço você criar asas e voar pela sacada, ouviu bem? — Esbraveja estérica e se a situação não fosse trágica eu morreria de tanto rir.
— Eu não fiz nada com ela tá legal? Eu ajudei ela contra os caras que estavam comigo ontem eu não... — Tenro me explicar mas sou interrompido.
— Como você sabe sobre o que aconteceu ontem Nick? Como você conheceu Mirella? — Pergunta Emílio enquanto pega a garota do chão e a leva até o sofá, o garotinho chora assustado indo até a ruiva.
— A conversa que eu estava tendo com você agora pouco era sobre ela Emílio, eu não tive nada a ver com o que fizeram com ela, a propósito esse hematoma no meu rosto eu ganhei por defendê-la ok...? Eu posso ser um cretino mas não sou nenhum animal para fazer uma crueldade daquelas com uma mulher cara, você tem que acreditar em mim, eu estou dizendo a verdade. — Falo também me alterando e Emílio e a tal Penélope me encaram confusos.
— A minha irmã sofreu duas tentativas de estupro ontem e você estava no meio dos caras que a atacou, é isso? — Pergunta a garota nervosa e suas palavras me pegam de surpresa.
— Como assim duas tentativas de estupro...? Eu estava sim com os caras que a atacou mas eu impedi que o pior acontecesse... Ela sofreu outra tentativa de estupro depois disso? Ela foi estuprada? — Pergunto nervoso e perplexo não querendo acreditar que isso tenha acontecido.
Tento me aproximar da garota desmaiada mas recuo ao me lembrar da ameaça da tal Penélope que me encara tão surpresa quanto Emílio.
— Não Nick, ela não foi estuprada... Foi por pouco mas por duas vezes tentaram estuprá-la ontem, e a primeira tentativa de estupro ela sofreu antes de sair do trabalho, o próprio chefe dela tentou violentá-la, ela sai do trabalho transtornada e encontrar aqueles delinquentes no meio da rua, a garota está passando m*l desde ontem por causa do que aconteceu, você tem noção disse Nicolas? A garota já passou por tantas coisas ruins nessa vida e agora acontece mais isso? — Diz Emílio transtornado e com toda razão, mas tudo que ele acabou de dizer me deixa em choque. — Eu vou abrir um processo contra todos os envolvidos Nick... Eu preciso conversar com você e com a Mirella para saber se o que você está dizendo é verdade, se você lutou para protegê-la você pode se livrar do processo mas eu juro... Eu juro que vou colocar todos eles na cadeia cara! — Diz ainda irritado e olha de mim para a garota ainda desmaiada no sofá.
— Se você fizer mesmo isso Emílio, eu faço questão de testemunhas contra aqueles idiotas a favor da garota... Eu juro que não participei dessa sujeira meu irmão, eu jamais faria um coisa dessa com uma mulher você me conhece e sabe disso. — Afirmo ainda nervoso andando de um lado para o outro esfregando as mãos nos cabelos.
— Eu estou vendo que você está sendo sincero Nick, até porque se você tivesse participação em tudo isso você não teria vindo até aqui falar comigo sobre o que aconteceu, agora nós precisamos conversar com a Mirella e fazer ela enxergar que você não estava envolvido no que aconteceu, mas eu preciso ouvir a versão dela sobre você. — Diz ele voltando a sua atenção a tal Mirella e eu fico apreensivo com receio de me aproximar.
— Eu vou pegar algo para ela cheirar amor, vou fazer o mesmo que você fez ontem. — Penélope se levanta de perto da irmã e sai correndo em direção ao banheiro. Então essa é a tal namorada de Emílio?
Ele ficou de nos apresentar antes mas das duas vezes que ele marcou eu tive alguns imprevistos com o meu pai e não deu para ir. Penélope volta com uma bola de algodão e passa no nariz da irmã, fico apreensivo da ruivinha acordar ainda assustada comigo e foi exatamente isso que aconteceu, ela abre os olhos olhando para todos os lados até que para os seus olhos arregalados em mim.
— O que ele ainda está fazendo aqui Emílio...? Porque esse cara ainda está aqui...? É ele... É ele Emílio... Ele estava com os caras de ontem... Ele veio atrás de mim... — Diz apavorada começando a chorar evitando olhar pra mim e tentou se levantar mas cai sentada no sofá, eu realmente me preocupei com ela mas não é uma boa idéia me aproximar.
— Se acalma Mirella ele não veio atrás de você... Ele é meu amigo, é o dono desse prédio. — Diz Emílio fazendo ela olhar dele para mim então ela se levanta tentando se afastar para ficar o mais longe possível de mim e de Emílio. — Ele não veio aqui atrás de você Mirella, ele veio conversar comigo sobre o que aconteceu, ele não sabia que eu conhecia você, ele vai me ajudar a colocar aqueles caras na cadeia, não vai Nicolas? — Diz ele se aproximando dela com cautela e ela o encara com receio ainda chorando em silêncio.
Mesmo tão assustada ela é linda, agora eu consigo ver os seus olhos com mais clareza, seus olhos são claros e transbordam medo, ela ainda está assustada e com medo de mim, eu nunca vi uma mulher sentir medo de mim mas no caso dela é compreensível, eu só quero que ela entenda que eu não participei de nada daquilo.