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Mirella - Salva Pelo Cretino

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Mirella Albuquerque tem 25 anos e é mãe solteira, foi expulsa de casa pelos próprios pais quando tinha 19 anos ao descobrir que estava grávida do homem que tanto amava. Abandonada também pelo pai de seu filho sozinha e desamparada no mundo, Mirella sai de São Paulo e recomeça a sua vida no Rio de Janeiro, ao lado de seu filho que hoje tem 5 anos e sua melhor amiga Penelope, que a apóia em tudo desde que a conheceu.

Fechada para o amor e ainda ferida pela desilusão que sofreu no passado, Mirella afasta todo e qualquer homem que se aproxima por medo de sofrer mais uma vez, mas tudo isso muda quando Nicolas Bettencourt atravessa o seu caminho, por uma covardia de homens sem escrúpulos Mirella sofre tentativas de estupro mas é salva por um cretino, um homem que só pensa em bebidas mulheres e baladas de luxo.

Depois de ter sido traído pela mulher que amava e que seria a sua noiva, Nicolas nunca mais quis saber de ter um relacionamento sério, ele só via as mulheres como um objeto de desejo, mas ao salvar Mirella de um estupro Nicolas se vê preso nas lembranças daquela bela ruivas de olhos apavorados, ele se encantará imediatamente pela mulher que vai lhe tirar o sono.

Será que esse casal terá a sua chance de ser feliz? Será que eles vão conseguir superar as dificuldades que aparecerão em seus caminhos? Embarquem comigo nessa história e vamos descobrir o que tem reservado para esse casal, tenho certeza de que todos vão se emocionar e se apaixonar.

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1- Mirella
Meu dia hoje não começou muito bem, meu filho acordou febril e eu precisei levá-lo ao médico, por consequência disso eu chegarei atrasada no trabalho e com certeza levarei uma baita bronca do meu chefe, mas eu já deixei bem claro que o meu filho vem em primeiro lugar, emprego se eu perder um depois eu corro atrás de outro, mas a saúde do meu filho é mais importante que tudo nessa vida. Depois de levá-lo ao medido eu o deixo com a minha amiga Penélope e corro para o trabalho, ela é mais que uma amiga ela é uma irmã para mim e é só com ela que posso realmente contar. Depois que o pai do Gabriel me abandonou ainda grávida a minha família inteira me virou as costas, minha mãe me ofendeu me chamando de vagabunda e de p*****a como se eu fosse uma mulher qualquer e não a sua filha, meu pai m*l se importou se eu tinha ou não para onde ir e me jogou na rua como se eu fosse o ser mais desprezível desse mundo, a vida é assim, pessoas já me maltrataram muito, mas saí de São Paulo e dei a volta por cima quando conheci Pene aqui no rio de janeiro, ela me estendeu a mão e me ajudou quando eu mais precisei, como se eu fosse a pessoa mais importante da sua vida mesmo não me conhecendo, nos tornamos melhores amigas e hoje somos como irmãs. Dividimos um apartamento onde eu faço questão de arcar com a maior parte das despesas já que somos eu, o meu filho e ela, no início ela não quis aceitar essa condição mas depois de tanto insistir Pene aceitou que eu arcasse com a maior parte das nossas contas, e também das despesas. Como eu já previa o meu chefe gritou xingou e faltou pouco me demitir por conta do mundo atraso, não sou de faltar a menos que eu tenha uma emergência como a de hoje, o máximo que eu pude fazer foi escutar calada para não perder a razão e enfiar a mão na cara desse abusado, mas tentei ficar tranquila, foquei os meus pensamentos no meu filho e me concentrei no trabalho mesmo com o meu chefe pegando no meu pé o tempo inteiro. Passei a maior parte do dia preocupada com Gabriel mas felizmente Pene me manteve informada o dia todo, ela sabe que sou uma mãe coruja e me preocupo muito com meu filho, quando não posso ligar sempre envio uma mensagem perguntando como ele está e rapidamente ele me responde, como hoje ele não foi para creche por estar doentinho a minha preocupação é maior. Já estou no final do meu expediente me preparando para sair quando meu chefe me chama na sua sala, dou duas batidas na parta antes de entrar e logo ouço a sua voz autorizando a minha entrada. — Com licença Sr. Sampaio, o que o senhor deseja? — Pergunto já entrando na sua sala e como sempre o senhor a minha frente não está com uma cara muito boa. — Sim Srta. Albuquerque... Eu só queria avisá-la que hoje você terá que ficar depois da sua hora, para compensar o seu atraso. — Diz tranquilamente enquanto guarda os seus documentos na sua maleta. — Mas senhor eu preciso ver o meu filho, eu já termi... — Me interrompe. — Você já me disse que o seu filho está com a sua amiga, então não haverá problema algum em você ficar... Eu preciso desses relatórios revisados até amanhã de manhã, você acha que consegue fazer isso, Srta. Albuquerque? — Diz autoritário me entregando uma pilha de papéis que faz o meu coração doer ao pensar em Gabriel. — Mas senhor eu... — Me interrompe mais uma vez. — Você prefere fazer o que eu mandei, ou prefere ser demitida Srta. Albuquerque? Não teste a minha paciência porque hoje eu não estou em um dos meus melhores dias. — Diz já seguindo em direção a porta e eu sinto os meus olhos marejados por não poder estar com o meu filho logo. — Tudo bem Sr. Sampaio... Como o senhor quiser. — Falo visivelmente desanimada e desapontada por não ter conseguido um emprego melhor que esse. O meu chefe sai da sala me deixando sozinha e eu me apresso para revisar logo esse malditos relatórios, ser secretaria em um escritório tão medíocre como esse não estava nos meus planos, mas infelizmente foi isso que conseguir por não ter nenhuma recomendação, sou formada na área mas como esse foi o meu primeiro emprego e eu não tinha experiência, tive que aceitar, mas só vou aturar esse velho chato até eu encontrar algo melhor, eu não suporto esse homem, ele já tentou dar em cima de mim diversas vezes e até ameaçou a me demitir quando falei que o denunciaria, o que eu ganho aqui só dá mesmo para as despesas de casa e o que sobra e muito pouco, não dá para nada. Volto para minha mesa e ligo para Penélope avisando que chegarei tarde hoje, peço para falar com Biel mas ele já está dormindo, mas saber que ele já não está mais com febre já me aliviou um pouco. Me afundo nesses relatórios e não paro nem para beber água, não quero passar a noite toda trancada aqui, todos já foram embora menos eu e o segurança que fica na portaria, apresso o meu trabalho para terminar logo mas são muitos relatórios e há muita coisa errada neles, faço o que posso para não deixar nada pendente e quando olho no relógio já passava das nove da noite, não gosto de chegar tão tarde em casa já que o bairro onde moro é bem perigoso, o jeito vai ser pegar um táxi. Depois de deixar os relatórios prontos na sala do meu chefe finalmente eu pego as minhas coisas me apressando para sair desse lugar, assim que saio do prédio eu pego um táxi para voltar pra casa morrendo de saudades do meu filho, e como o bairro onde moro é bem perigoso a essa hora o motorista me leva apenas até a entrada da rua que fica mais próxima da minha casa, e dali sou obrigada a continuar andando até em casa, pelo menos ele fez um desconto por não me deixar exatamente onde eu pedi. Assim que entro em casa Pene pula do sofá me encarando preocupada. — Meu Deus Milla, até que enfim você chegou minha irmã... Eu já estava quase morrendo de tanta preocupação com você na rua até a essa hora. — Ela corre até a mim vindo me abraçar e rapidamente eu retribuo. — Eu estou bem não se preocupe, eu tive que pegar um táxi mas a essa hora os motoristas tem medo de entrar aqui dentro, mas pelo menos ele não me deixou tão longe... E o Biel, como está? A febre dele voltou? — Pergunto indo em direção ao quarto onde durmo com meu filho e ela vem atrás. — Ele está bem, graças a Deus a febre dele não voltou, ele passou o dia inteiro bem e está mais disposto, brincou tanto que dormiu mais cedo. — Explica enquanto entra comigo no quarto. — Obrigada Pene... Eu não sei o que seria da minha vida sem você minha irmã. — Abraço-a novamente enquanto admiro o meu bebê dormir. — Não me agradeça Mirella... Agora sou eu quem tem que te agradecer por tudo que está fazendo por mim, você está segurando as pontas aqui praticamente sozinha e eu me sinto muito envergonhada por isso... Mas eu vou dar um jeito nessa situação logo, eu preciso arrumar logo outro emprego para te ajudar mais dentro de casa, as minhas economias já estão acabando e logo nem o aluguel eu vou conseguir dividir com você, não quero te sobrecarregar ainda mais, você já está se sacrificando muito com... — Ela diz aflita se desesperando mas a interrompo. — Ei! Não fica assim, não é sacrifico nenhum poder retribui pelo menos o mínimo de tudo que você já fez por mim e Biel... Penélope eu cheguei na sua vida grávida sem o apoio da minha família e do pai do meu filho, completamente abandonada e desamparada e só você teve compaixão de mim... Só você me recebeu de braços abertos na sua vida e na sua casa Penélope, tudo que eu puder fazer por você não vai ser nada perto de tudo que você já fez por mim, então não diz que eu estou me sacrificando porque eu não estou, ouviu bem...? É um prazer pra mim poder te ajudar de alguma maneira, e saiba que eu sempre vou estar ao seu lado para o que der e vier... Eu te amo minha irmã. — Declaro abraçando-a mais forte e choramos juntas emocionadas com o tamanho da nossa amizade. Pene e Biel são as pessoas mais importante da minha vida, e por eles, somente por eles eu seria capaz de tudo para os ver bem e felizes. — Chega de lágrimas Milla, vamos falar de amor? — Pergunta se animando enquanto se solta de mim. — Eu não quero falar de amor Pene, as únicas pessoas que eu amo e sempre vou amar é você e meu filho, que aliás, está a cada dia mais lindo. — Digo enquanto me aproximo dele e lhe dou um beijo demorando antes de sair do quarto com Pene no meu encalço. — Fala sério Mirella, desde que você chegou nessa casa eu nunca te vi com um namorado, nunca te vi paquerar ninguém, nem sair para dançar você sai. — Retruca enquanto íamos para sala. — Eu tenho coisas mais importantes que isso para me preocupar nessa vida Penélope, eu não quero correr o risco de me iludir mais uma vez e quebrar a cara e o meu coração que ainda está destruído. — Rebato me conformando com o meu destino amoroso, já faz cinco anos que decidi a apagar qualquer tipo de relacionamento com um homem da minha vida, se eu sinto falta de sexo? Mas é claro, mas eu posso sobreviver sem isso, sexo não é tudo na vida. — Você não está sendo justa consigo mesma Milla, não é porque aquele canalha aprontou com você que todos vão fazer o mes... — A interrompo. — Não insiste nesse assunto Pene, por favor? Nós já conversamos sobre isso e você sabe que eu não vou mudar de idéia... Eu não quero me relacionar com ninguém, eu estou bem assim. — A repreendo bufando de frustração por ela insistir que eu tenho que namorar. — Tudo bem, me desculpe, não vou mais insistir mesmo achando que você está errada... Bom, mudando de assunto, você se lembrar daquele cara que eu conheci mês passado? — Pergunta se sentando ao meu lado desligando a TV. — Sim, eu me lembro, vocês ainda estão saindo? — Pergunto sem o menor interesse de falar sobre homens. — Ele me pediu em namoro! — Revela empolgada dando alguns gritinhos baixo para não acordar Biel. — É sério? Que legal Pene mas... Você gosta mesmo dele? Está apaixonada? — Questiono atenta as suas reações e o sorriso largo em seu rosto já responde a minha pergunta, então esse é o cara que está deixando a minha irmã tão aérea nessas últimas semanas? — Sim, eu estou louca por esse homem Milla, ele se declarou pra mim e me pediu em namoro... Eu aceitei na mesma hora, lógico. — Diz ainda empolgada e inquieta sem conseguir ficar sentada. — Parabéns Pene, eu desejo de coração que você seja feliz minha irmã, você merece toda felicidade do mundo e eu sempre vou está na torcida por você, ouviu? — Também me levanto abraçando-a forte desejando do fundo da minha alma que esse cara não brinque com ela da mesma maneira que aquele canalha do Caio brincou comigo. — Eu também vou torcer por você Milla, eu sei que você só se fechou desse jeito porque ainda está ferida por dentro, eu conheço bem esse medo que você sente de se envolver outra vez minha irmã, mas todo mundo precisa de um amor para ser feliz nessa vida e com você não vai ser diferente. — Diz fitando os meus olhos e sei que ela só quer a minha felicidade, mas a minha felicidade não está em um homem. — Eu já tenho tudo que preciso para ser feliz Penélope, eu tenho você e o meu filho e isso já me basta... Agora vamos esquecer esse assunto e falar de você... Seu namorado já te apresentou a família dele? Vocês já estão fazendo planos juntos? Aliás, você ainda não me disse o nome do sortudo? — Pergunto um pouco mais interessada na vida dela fazendo com o que ela esqueça a minha. — O nome dele é Emílio, ele é muito lindo Milla, você precisa conhecê-lo. — Comenta entusiasmada até demais, foi por causa de um rostinho bonito que eu me dei m*l, mas espero que com ela seja diferente. — É bom mesmo você trazê-lo para que eu o conheça, quero ter certeza de que esse cara serve mesmo pra você. — Falo pensativa e ela gargalha se jogando no sofá com cara de apaixonada. — Pronto! O instinto materno dela já está ligado na minha direção. — Diz ainda gargalhando enquanto eu me sento novamente ao seu lado. — Eu estou falando sério Pene eu me preocupo com você, sabia? Mas não se preocupe porque eu não vou me intrometer na sua vida... Mas isso não me impede de dar a minha opinião já que somos irmãs. — A encaro séria enquanto ela apenas rir da situação. Conversamos um pouco mais e logo vou tomar um banho e me tocar para dormir, depois do banho eu como apenas uma fruta e vou em direção quarto mas sou repreendida por Penélope me vigiando. — É sério que você não vai jantar de novo Milla? Você está muito magra precisa se alimentar direto, sabia? Saco vazio não para em pé, lembra? — Me repreende com um olhar preocupado e eu apenas me aproximo lhe dando um beijo de boa noite. — Olha quem fala! Você está tão magra quanto eu Pene, somos duas magrelas, o que significa que você também não está se alimentando direito então não venha me cobrar. — Confronto-a e ela ergue uma sobrancelha franzindo a testa. — Eu sou magra de natureza Mirella, mas você está emagrecendo por não se alimentar como se deve, você não pode ficar pulando as refeições como faz ou... — A interrompo. — Eu sei mamãe eu prometo me alimentar direito, está bem? Agora eu vou dormir porque eu estou morta de tão cansada. — Debocho já indo em direção ao meu quarto e ela não diz mais nada. Melhor assim! Entro no meu quarto e vou direto pra cama me acomodar ao lado do homem mais lindo do mundo, e que eu amo com toda a minha alma, meu filho Gabriel.

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