Todas as coisas que estão entre nós

236 Words
O oitavo mês de gestação era sempre complicado. Claro que o calor piorava ainda mais todas as coisas, principalmente as ruins, como os pés inchados e a sensação de ter engolido brasas. Naqueles dias, o que Sophie mais gostava de fazer era sentar-se na piscina, na parte mais rasa, e esperar que os pés desinchassem... às vezes, preparava um chá gelado ou mesmo um suco natural, mas naquele dia, era apenas ela e a água. Bibiana dormia sob a supervisão de Lorena e Martha havia saído para fazer algumas compras na cidade. Claro que Sophie ouviu a caminhonete chegando... Ela estava com suas roupas de banho e provavelmente precisaria ser vestir adequadamente para receber quem quer que fosse mas, antes mesmo que ela conseguisse sair da piscina, ouviu a conhecida voz de seu melhor amigo, Inácio Ottero: - Se está na água, nem se apresse em sair – ele diz rindo. - Inácio? – ela pergunta. - Eu mesmo – ele responde e logo aparece, por entre os ciprestes – como está se sentindo hoje? - Como se eu tivesse engolido uma grande melancia – suspira. - Exagerada - ele ri e logo tira os sapatos e senta-se na borda da piscina, colocando os pés dentro da água - vim conversar com você... Tem um tempo? - Se não se importa que eu fique aqui - ela se alonga - eu estou exausta demais para sair.
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