NÃO PRECISO DE BABÁ

1372 Words
MATHEO ( CRIA NARRANDO) NOITE DE IR VÊ O EVENTO DE RACHA Tô num dilema psicológicome perguntandose vou ou não nesse evento que o Fumaça me chamou,enquanto me pergunto mentalmente o que decidir o som dos carros distantes misturando com o sussurro do vento, me fazem companhia. O celular em minha mão vibra, quebrando o silêncio. Era Fumaça, meu aliado de longa data. A voz do outro lado da linha é de empolgação ,e cheia de urgência. - E ae Cria, preciso que tu venha no encontro de racha entre as favelas. A situação tá quente aqui , o cara que me chamou pro Cintra bando de esmeraldas vai colar aqui também ok! então isso não vai ser só uma distração e sim um negócio e a sua presença é crucial.ja falei pra ele que tu ia tá aqui! Fumaça me explica Pensei por um momento em hesitar, meus olhos fixos no horizonte. esse evento pode mudar o rumo das coisas, e a necessidade de manter o controle dos meus negócios é indiscutível. Sem hesitar, eu começo a se preparar. Retiro do armário um pano legal e escuro como minha vida,pego um moletom de capuz que cobre minha cabeça e ombros, e visto com precisão. A cautela e a agilidade são essenciais nessa noite. Eu saio do morro sem soltar a letra pra ninguém. Café, e PH nem imaginam que vou saí do morro sozinho e desarmado.na verdade não ligo mais nem pra p***a da minha vida e se alguém tirar ela no fundo será um favor! porque não tenho mais motivo pra continuar respirando, quem eu amava já se foi mesmo. A moto já está no esquema . quando monto no veículo, o motor rugi suavemente e, com um último olhar pro local que chamao de barraco, me lanço pelas vielas. Enquanto a moto cortava o vento, eu me sinto livre, como um pássaro em busca de novos horizontes. Não tinha preocupação com inimigos, nem com a falta de segurança; a confiança em meus próprios pensamentos e no que está por vir é o único guia nessa noite. Sem um vapor para garantir minha proteção, eu mergulho na escuridão, focado no que o futuro imediato me reserva. Chego na favela entre morro, onde vai rolar o racha. A cena é de cinema: vários carros de luxo e esportivos espalhados, faróis piscando e som a mil. Os donos de morro estam todos por aqui, na expectativa da competição. Estaciono a moto, pulo do banco e logo avisto o Fumaça e o tal de Arruda me aproximo. Fumaça faz um sinal de cabeça e Arruda deu um tapa nas costas dele. - Oh Cria, firmeza, mano! Fumaça diz me gritando sobre o som dos motores. -Chegou na hora certa, a parada tá pegando fogo aqui......Fumaça diz empolgado Arruda, que tá com um sorriso maroto, começa falar: - E ae, Cria. Escuta só, a carga de diamantes que a gente tá negociando é pesadíssima. O dinheiro que vai vir disso ae é pra botar respeito! tá ligado? Arruda afirma Ouço, concordando e olho ao redor. A tensão no ar é palpável, essa noite promete. Com o papo rolando, eu sinto que alguma parada tá pra rolar aqui, na boa tô começando achar que fiz merda vindo sozinho sem nem uma escolta - Ué véi....cadê teus menor pow? Fumaça me pergunta curioso - Trouxe ninguém não tá ligado? tô de saco cheio dos cara achar que preciso de babá! respondo acendendo um cigarro - Tô ligado e te entendo véi.....mais tu sabe que isso é loucura né não? nesse evento vê rival também pow! mais fica suave , tamo junto nos negócios e na representação dos b.o, se tu perceber algum movimento diferente só me avisar falou? tô indo lá porque tenho que vê quem já fez os pagamentos dos racha e quem tirou o mome , depois eu colo aqui de volta! Fumaça me explica saindo e eu só concordo com a cabeça Fico aqui encostado numa parede toda grafitada, já com um cigarro na mão, observando a cena frenética do evento de racha. O lugar tá cheio de carro potente se preparando pra competição, e a galera tá toda empolgada, com o clima esquentando. No meio daquela neblina que parece engir o rolê, aparece uma Porsche vermelha, vindo da escuridão por trás da neblina branca . O carro desliza com uma manobra de drift que levanta uma nuvem de poeira, como um aviso de que a competição tá prestes a esquentar. O clima vira, e um bochicho começa rolar entre a rapaziada. Uns caras dão risada maliciosa, já imaginando o que a Porsche ia fazer na pista. Outros, com os olhos brilhando, só podia ficar hipnotizados pela entrada triunfal daquele carro. O evento agora tem uma nova energia, e a competição tá prestes a ficar ainda mais insana. Tô aqui, com o olhar preso na Porsche vermelha que chegou com aquela entrada triunfal. A galera tá toda na expectativa quando duas mina saem do carro. A primeira, com os cabelos castanhos lisos, chamou a minha atenção de um jeito que eu não consego desviar o olhar. As duas garotas se juntam num grupo de homens, que parece conhecer elas muito bem. Enquanto as mina se integravam com o grupo, a mina de cabelo castanho me lança olhares disfarçados , como se estivesse tentando ler o que me passa na cabeça . Ela tem um certo controle na área, isso é visível, porque assim que ela chegou, todos vão cumprimentar ela com respeito e um sorriso no rosto. O clima muda completamente com a energia dela; é como se ela trouxesse uma vibe nova, alegre e cheia de charme que envolve a galera. jogo meu cigarro no chão e apago puxando em cima da bituca com a botina. e fico observando a mina sem conseguir conter meus olhos, ela é misteriosa e ao mesmo tempo ela parece saber exatamente o que quer . vez ou outra ela me olha , algumas vezes fica sem graça. mais eu puxo meu celular do bolso que começa a vibrar sem parar. ******* ****** ******** ENQUANTO ISSO NO MORRO...... Café tá no morro , mais com a mente no amigo. Ele liga pro Cria, já com o tom de voz de quem tá muito puto. - Pow mano, que palhaçada é essa véi? tu saiu do morro sem passar a visão pra ninguém e ainda vai sem os menor pra fazer a segurança? E ae, qual é a tua? t querendo que te derrubem? eu pergunto puto, não tô pra brincadeira, e o tom da minha voz mostra isso. Cria, do outro lado da linha, tentou se esquivar. - Ah, café, relaxa ae. Tava precisando de um tempo, só isso. Não precisa ficar nesse drama todo! que eu me lembre sou de maior e não preciso e babá, tá ligado? Cria me responde irônico Mas eu não tô convencido. - Não adianta querer bancar o desentendido, não. O menor que tava na contenção me passou a visão! que tu sumiu sem dar satisfação. Perguntei de tu e ele me passou a fita! Agora tu me esculacha que tá longe do morro e que não precisa de babá? Que papo é esse, mano? tu esqueceu que tamo cheio de inimigo e que tua saída pode te custar a vida? pergunto nervoso Cria não gosta nem um pouco da minha cobrança. - Pow, café, tá exagerando. Tô de boa aqui, sem precisar de ninguém me vigiando. Desliga essa p***a ae.e vai trancar véi.....isso ae é falta de uma boa f**a! fica no meu pé não maluco! teu filho ainda tá na barriga da Mirella , então não me enche o saco! o desaforado do c*****o ainda me diz isso - Na boa me manda a localização que vou brotar ae e deixar uns menor na tua proteção! peço firme Ele desliga a chamada na minha cara , deixando eu mais puto da cara ainda e com preocupação dobrada. esse arrombado se não morrer pela teimosia , vai morrer enforcado por mim de tanto que vou apertar o pescoço dele quando aparece na minha frente. maior falta de consideração p***a. eu me preocupo com esse maluco e ele ainda acha r**m.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD