DE VOLTA AO GALPÃO

1021 Words
MATHEO (CRIA NARRANDO) UM DIA COMUM NO MORRO..... Hoje quase não consegui pregar meus olhos durante a p***a do dia inteiro. me levanto e vou pagar uma ducha , já que hoje foi mais um dia de merda sem eu conseguir pregar meus olhos um segundo se quer. deixo a água gelada cair sobre a minha cabeça , depois saio desligando a água corrente que caia dentro do Box. passo meu perfume e desodorante, como sempre coloco uma calça jeans preta , uma camiseta preta , tênis jaqueta de capuz tudo preto , gosto de andar desapercebido entre a escuridão da noite. pego minha pochete , as chaves da moto . olho pra minha pistola em cima da cômoda aposentada e nem dou moral pra ela , as coisas hoje em dia pra mim já não tem mais significado e nem minha vida, na real se eu perder ela será só um descanso. subo na minha motoca e decido ir pro galpão, já faz uma cara que não apareço por lá, vou começar a ir aos poucos pra me acostumar outra vez. porque se quero colocar meu plano em ação, preciso retomar meu posto. chego no galpão quando a noite começa a cobrir o morro, causando espanto no PH e Café, que não esperavam me ver por aqui.já Faz muito tempo que eu não aparecia, minha presença tinha se tornado rara, quase um fantasma vagando pelas sombras das esquinas das vielas escuras. É como se a escuridão da noite fosse o único refúgio que me resta, o único lugar onde eu consego me camuflar, tanto do mundo quanto de mim mesmo. meu coração, tão sombrio quanto o ambiente que eu me escondo, já não bate com a mesma intensidade de antes. Eu tinha me distanciado, envolvido numa guerra silenciosa comigo mesmo, uma batalha que me mantinha longe dos olhos vigilantes, como os de PH , que já não me entendia mais. Agora, minha presença aqui, no galpão em plena meio luz, o dia indo embora e e noite envolvendo o morro ,É um choque. Eles se perguntam o que tinha me trazido de volta nesse território que, por tanto tempo, eu evitava. O silêncio que paira no ar tá tão denso quanto os sentimentos não ditos. Eu não preciso de muito papo, minha postura e o olhar perdido já dizem o suficiente. É claro que algo tinha mudado, mas a dúvida permanece: será que eu tô aqui pra ficar ou só de de passagem? uma última aparição antes de sumir de vez??É o que leio nos olhos surpresos dos parceiros quando me veem entrando pela porta. me aproximo deles e cruzo meus braços, encaro eles por uns segundos. - E ae, qual é? parece que as mocinhas tão olhando pra um fantasma! eu digo firme encarando eles PH e Café se entre olham sem graça, PH fixa os olhos em mim outra vez - O que tá pegando? tu não ia aparecer aqui do nada , assim de uma hora pra outra! PH pergunta curioso - Ué, E porque não? a final meu trampo é esse ou não? respondo me sentando e queimando um baseado - Se liga na fita PH, a contagem regressiva começou! Café rebate PH olha confuso e com a sobrancelha franzida pra mim e pro Café - Que p***a é essa? tão de fuleragem sem eu saber é isso? PH pergunta pegando uma dose de vodka - Tu vai ter tempo pra saber agora quero que me deixe a par dos negócios! pergunto firme - Na boa, tô feliz que tu tá de volta porque por um tempo eu até Achei que tu tinha largado de vez o corre aqui véi, se afastou de geral e ficou nas sombras das vielas! di PH diz , com aquele sorrisinho de canto, meio de quem já sabia da resposta. — A p***a da Vida é loka, parceiro. Às vezes,a gente precisa sumir pra ver quem tá contigo de verdade! eu respondo, dando um tapa na mão do Café e se ajeitando na rodinha. PH deu uma olhada rápida pro Café, como se já tivesse na espera de falar o que tava na mente. — Seguinte, Matheo. Lembra do Fumaça? Aquele que trampava com teu pai nos corres pesados, no lance dos diamantes?PH me explica — Lembro. O cara sempre foi firmeza. O que tem ele?eu respondo confuso — Então... O Fumaça tá querendo fechar com nóis de novo. Disse que agora tá com um esquema quente nos contrabando dos diamantes. O mesmo corre que teu pai fazia, mas que tu deu uma segurada depois que assumiu o morro, tá ligado?PH continua explicando firme fico em silêncio por um segundo, pensando no que tinha acabado de ouvir. Diamantes não eram brincadeira. Era grana pesada, mais também risco alto. E eu sei que, se topasse voltar, o jogo ia ficar grande de novo. — Fumaça é sangue bom, sempre foi fechado com meu pai, nunca deu brecha. Se ele tá querendo voltar, é porque tem visão. Mas a fita é que eu só entro se for tudo certo, sem vacilo.nesse esquema ae , todo cuidado é pouco pow! eu respondo — É isso que ele quer, mano. Troquei umas ideia com ele esses dias. Quer marcar uma reunião contigo pra trocar essa visão ae.PH continua Eu concordo devagar, puxando o ar fundo antes de soltar a resposta. — Marca com ele, PH. Quero ver qual que é essa dele. Se o cara tá vindo na humildade, nóis conversa. Mas já deixa avisado: se tiver cagada, tô fora.meu foco de missão é outro, não posso entrar em furada isso ia me tomar meu tempo e minha atenção! e essas coisas tenho que apontar no meu objetivo! respondo insinuando que minha atenção é foco são exclusivamente pra minha vingança PH e Café se entreolharam, com aquele ar de alívio misturado com respeito. Sabem que, comigo no comando de novo, o morro ia ficar forte. O jogo ia subir de nível. e o bicho vai pegar de vez, porque agora é oito ou oitenta , se não guenta o play não pede pra descer.
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