MANU (EMANUELLY NARRANDO)
ENQUANTO EM NITERÓI SAINDO DA FACULDADE........
Saio da faculdade exausta, com os pensamentos a mil. O sol estava começando a se pôr enquanto eu caminho apressada em direção ao meu carro. O motor ronca suave, e, antes de sair, eu jogo a bolsa no banco de trás e rapidamente digito no celular. Uma mensagem pra Rafaella(minha irmã mais nova)
Poucos minutos depois, já tô na estrada, eu aperto o botão do viva-voz do meu celular , em mais im dos meus pedidos de socorro.
- Rafa, preciso de um favor! eu digo pelo áudio de w******p
Do outro lado da linha, minha irmã já sabia o pedido que tava por vir kkkkk
- O que você aprontou agora, Manu?ela me pergunta preocupada
- Ainda nada! mais vai rolar um racha sábado à noite... já fiz a aposta, não posso falhar, ou vou perder toda a grana. Preciso que você me cubra com nossos pais! eu peço manhosa
Rafa suspira, já antecipando a confusão, só pelo suspiro já sei que vai me encher o saco
-Sábado? Manu, é noite de ronda do papai. Você tá maluca? Se ele te pegar nessa, a casa cai. Ele não vai deixar barato e você está brincando com a sorte! minha irmã solta a bronca
Mais eu nem ligo mais para as broncas da Rafa, sem me abalar, dou um sorriso de canto, mesmo sabendo que Rafaella não podia ver.
- Relaxa, onde eu vou, o papai não entra. Já pensei em tudo. Só preciso que você distraia ele e a mamãe por algumas horas.e deixe a porta de trás da cozinha aberta pra mim como sempre! eu aviso tranquila, enquanto dirigo
Do outro lado, um silêncio pesado. Rafa não gosta que eu fique me arriscando do papai me pegar, mas também sabia que, quando Eu coloco algo na cabeça, é quase impossível me azer desistir. Depois de alguns segundos, ela cede, embora com a voz ainda carregada de preocupação
- Tá bom, eu cubro você. Mas olha... se isso der errado, eu tô fora. Não vou segurar a bronca sozinha! você cai comigo e se eu perder a minha mesada , você também perde! Rafa esbraveja
- Você é a melhor irmã do mundo, Rafa! Prometo que vai ser rápido e sem problemas, vou tentar ser uma das primeiras a correr e logo tô em casa de volta Sã e salva! Eu respondo, acelerando na estrada, já com o pensamento no sábado à noite e na adrenalina que me espera.
A caminho de casa, decido passar na casa de Bruno, um amigo que também faz parte do grupo de racha que eu participo. tô Animada, pra conta pra ele que consegui resolver tudo: minha irmã vai me cobrir com meus pais pela milésima vez, e eu estou liberada para participar da corrida no sábado.
Bruno, percebe meu entusiasmo , pega o celular e liga para quem organiza os rachas. Ele confirma a minha participação , com um sorriso no rosto, faz questão de pedir que Eu seja a primeira a correr no evento. Tudo acertado, saio da casa de Bruno feliz e aliviada, sabendo que o plano deu certo. respiro fundo, sorrindo e sigo o caminho de volta para casa, agora tranquila e ansiosa pelo próximo racha.
Finalmente eu chego em casa exausta depois de um longo dia na faculdade. quando entro em casa , ouço minha mãe terminando uma conversa no telefone, com uma expressão séria, mas serena. Eu não dou muita atenção, jogo a mochila no sofá e vou em direção à cozinha pra pegar um copo d'água.
— Manu, preciso falar com você! minha mãe diz , desligando o telefone e se aproximando com um tom calmo, mas firme.
me viro, percebendo que algo estava por vir, conheço bem esse olhar de autoridade dela.
— No sábado à noite, seu pai tem um jantar de negócios muito importante. Ele quer que você e sua irmã Rafa vão com a gente. A presença da família é essencial para ele fechar esse negócio. Você sabe como isso é importante pra ele! explica minha mãe, observando atentamente minha reação
sinto meu estômago revirar. Justo no sábado, o dia do racha? Mas ela não posso demonstrar nenhum desconforto nesse momento. Engolo em seco, disfarçando a decepção que sinto.
— Claro, mãe. Entendo... Estaremos lá! respondo com um sorriso forçado, tentando parecer despreocupada.
Minha mãe, satisfeita com a resposta, sorri de volta e vai em direção à sala. Assim que fico sozinha, solto um suspiro longo, já começando a pensar em como vou resolver esse dilema sem levantar suspeitas.
Após a conversa com minha mãe, sinto o peso da preocupação me engolir,no meu peito. Desde a hora em que cheguei em casa ainda não consegui pensar em alguma estratégia.
olho para a mesa de jantar, onde meu prato ainda está vazio, e percebo que a fome tinha desaparecido por completo. Sem dizer uma palavra, subo as escadas em direção ao meu quarto, tentando esconder a frustração que crescia dentro de mim.
Assim que entro no quarto, tranco a porta e deixo o cansaço tomar conta do meu corpo. A água quente do banho parece aliviar momentaneamente o turbilhão de pensamentos que não para de rodar em minha cabeça. Mas, logo que saio do chuveiro e me enrolo na toalha, a realidade volta com força. O jantar de negócios no sábado. O mesmo sábado em que o racha estava marcado.
Me sentou na beirada da cama, ainda com os cabelos molhados, tentando encontrar uma saída.
- Como vou me livrar disso? penso, com a mente girando em busca de desculpas que possam ser convincentes o suficiente para não levantar suspeitas. Eu sei que a minha irmã, Rafa, provavelmente vai tentar me ajudar , e amanhã antes de sair pra faculdade vou tentar falar com ela.
DIA SEGUINTE.......
Acordo cedo como todas as manhã e, depois de um banho rápido, vou pro quarto da minha irmã, Rafa. A porta está entreaberta e, ao espiar, vejo Rafa se arrumando para a faculdade. A luz do sol entra pela janela, iluminando o quarto com uma suave tonalidade dourada.
— Bom dia, Rafa! digo com minha voz carregada de frustração.
Rafa me olha para pelo espelho e responde com um sorriso cansado.
— Bom dia. O que foi? Está com cara de quem tem um problema! ela diz lendo minha expressão
nos duas somos muito unidas e uma entende a outra só num simples olhar.
— Pois é ....... (suspiro e me encosto na porta)
- O papai inventou essa droga de jantar de última hora para sábado à noite, e eu não sei como vou dar conta disso. É dia do racha, você se lembra?tô de mãos atadas! respondo desanimada
Rafa franzi a testa e fica pensativa por um momento.
- Não é o certo eu te disser isso mais........ E se você disser que está com cólica? Faça uma cena de que está com muita dor. Se eles perceberem que você realmente está m*l, talvez eles não insistam para você ir ao jantar! o que acha? Rafa me diz com um sorrisinho de lado
considero a sugestão e um sorriso de alivio começa se formar em meus lábios.
— Hm, não é uma má ideia. Se funcionar, vai ser perfeito!eu respondo alegre
Rafa pisca e, enquanto termina de se arrumar, e acrescenta mais.....
— Só não exagere muito. Não queremos que eles realmente pensem que você está doente, só o suficiente para que eles não fiquem preocupados e te deixem livre do jantar , achando mesmo que você está com cólicas! Rafa explica
— Combinado! eu não sei o que eu faria sem você maninha! digo abraçando ela que fica dando risada e eu volto pro meu quarto