Capítulo 6

627 Words
Fazia quase uma hora que o Luan tinha ido pra sala de reuniões com os caras resolver algumas paradas aí, e eu só ali moscando sentada naquela mesa sozinha. Ficava mexendo no celular ou comendo tentando fazendo o tempo andar mais rápido. Só queria chegar em casa e cair mortinha na cama, e dormir pra c*****o. Quando o Luan saiu daquela sala, de longe eu já percebi que ele estava puto, e pra c*****o. L2: Pega tuas coisas e vamo pra casa. - falou todo seco, e já foi saindo dali. Peguei minhas coisas e sai correndo atrás dele, quase caindo por conta do salto. Descemos aquele morro com os dois calados. Luan estava bravo, e eu sei que com ele assim, se eu falasse algo, ele já viria de ignorância, e nós dois acabaríamos brigando. E hoje eu só queria ficar de boa com esse homem! Tentei não falar nada, mas como sempre não aguentei. Marina: O que foi em? L2: Nada, pô. - disse todo seco e eu bufei. Me chateava com o Luan por causa disso, ele nunca chegava em mim e contava as coisas, sempre ficava guardando tudo para si mesmo. Agora quando eu escondia algo dele, ou algo assim ele já vinha surtando pro meu lado, falando várias merdas. E isso que me deixa muito p**a! É f**a pô! Mesmo sem ele pedir eu conto como foi meu dia, meu plantão no hospital e tudo mais, já ele quando chega da boca vai direito tomar banho e fica um tempão sem nem olhar na minha cara, do nada! Assim que entramos no carro ele bateu a porta com força, e deu partida saindo dali da Penha a milhão. Assim que entramos na avenida eu liguei o som meio alto, se não acabaria dormindo aqui mesmo. Tocava uma música gostosinha, e eu comecei a cantar baixinho, enquanto olhava pra janela. Mas do nada a música parou, e fui perceber que o Luan desligou o rádio só depois. Eu nem disse nada, apenas liguei o som aumentando mais, só que não demorou nem 5 segundos para ele desligar novamente. L2: Será que dá pra tu deixar essa p***a desligada, c*****o? Tô morrendo de dor de cabeça nessa p***a. - gritou, apertando o volante. Marina: Tá gritando por que, c*****o? - falei alto também, vendo o Luan apertar cada vez mais forte o volante. - Se gritar comigo de novo, eu saio da p***a desse carro e vou pra casa de Uber. L2: Vai pô, vai, tô te segurando nesse c*****o aqui não, filha. - falou alto. Olhei para ele incrédula, e já toda p**a eu puxei o freio de mão, o que fez o carro parar com tudo no meio da avenida que estava vazia já por ser tarde da noite. Sai daquele carro batendo a porta com força, e sai andando rápido dali. Luan saiu com o carro a milhão, e eu senti meus olhos arderem. Andei até um ponto de ônibus, e fiquei ali tentando chamar um Uber, mas não tinha nenhum a essa hora, e isso me deixou mais p**a ainda. Comecei a chorar ali mesmo, morrendo de raiva do Luan, só querendo acabar com ele. Era sempre assim, ele se estressava em algum canto e acabava descontando essa p***a toda em mim. Esses dias eu tava chorando por qualquer coisinha, e mesmo ele sabendo disso, o cara vinha gritando que nem maluco comigo, descontando tudo em mim, mas aí quando é eu quem grito, ele vem que nem doido tentando colocar moral nessa p***a. Eu sei que o Luan tem várias paradas pesando na mente dele, mas não tem a necessidade dele chegar e descontar isso tudo em mim, por que isso querendo ou não, acaba me deixando super m*l.
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