— Então volta para casa e faz o que eu disse. — ela fala olhando a hora novamente e isso fez eu me sentir em um filme de terror "uma noite de crime" aquele filme que as pessoas saem matando as outras, feito loucas em um determinada noite.
— Ta bem, nos vemos amanhã.— falo me despedindo
Chego em casa e gravo um vídeo diário com tudo que acontece no dia, a evolução, o que eu descobrir, tudo... guardo em uma pasta com senha no meu celular para as gravações vão pro meu e-mail também.
Se eu sair e conseguir filmar algo.
— Calma, calma. — falo para mim mesma, preciso conhecer o Marcelo antes e saber como agir com ele.
Chega 22:00 da noite e não ouço nada de anormal então gradualmente vou me acalmando e acabo dormindo.
Na manhã seguinte levanto e vou para escola, vejo que tudo está normal, ninguém comenta nada sobre o dia anterior, mas o que eu estou esperando!? Todos aqui já estão acostumados com isso.
Saio da escola ou direto para casa no fim da tarde eu saio para dá uma volta, são os horários mais movimentados, as lanchonetes locais abrem e as pessoas costumam se reunir.
Vou andando sem nenhuma destino visando conhecer a comunidade.
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...Marcelo Onorato...
Estou sentado em um local alto da comunidade gosto de vim aqui sozinho, é um local onde não vem muitas pessoas por não ter nada ao redor e é bastante escuro, a não ser que se queria fazer algo errado ninguém costuma vir e se alguém vier e me ver volta.
— Aí d***a meu pé. Ouço uma voz feminina e fico em alerta.
Vejo de longe uma Luz que vem se aproximando.
— Oi!? Você pode me ajudar, eu acredito que me perdi. — ela fala.
Quem diabos vai pedir ajuda a um homem em um local escuro e vazio.
Ela vem se aproximando até parar do meu lado.
— Oi você me ouve? Eu me perdi e acredito que machuquei o pé.
Logo reconheço aquele rosto me levanto e ela olha para cima curiosa e talvez impressionada com minha altura, já que ela é baixinha chegando no meu peito.
— O que faz aqui? Não tem medo de pedir ajuda a um homem que você não conhece em um lugar como esse? — Pergunto
— Devo ter medo de você?— ela pergunta com uma voz firme.
— Não sou uma pessoa confiável. — respondi
— Se quisesse me machucar não estaria conversando e já teria feito. — disse ela segura.
E ela tinha razão eu já teria feito se quisesse.
— O que faz aqui? Pergunto.
— Eu estava conhecendo o local eu sou nova por aqui, eu me perdi. — ela fala e dá um passo para trás se afastando um pouco de mim e direciona a luz por meu rosto.
Pego o telefone de sua mão em uma botada brusca e seu olhos se arregalam
— Não vê que esta me incomodando? volte pelo mesmo lugar que veio e saia daqui. — falo ríspido.
— Me desculpe! — ela exclama e pega o telefone da minha mão novamente olha ao redor ela realmente esta perdida, algo que eu desconfiava dá uns passos com dificuldade mancando.
Volto a me sentar em quanto ela se afasta, mas vejo que ela se senta no chão um pouco distante de onde eu estava.
— O que faz aí sentada. — pergunto já em pé atrás dela.
— Já disse que estou perdida.
— Me segue vou te guiar. — falo e ela levanta me seguindo mancando.
Ela certamente não sabe quem eu sou mesmo que muitos me procurem e saibam que eu vivo aqui nessa comunidade meu rosto é uma incógnita.
— Você pode andar mais devagar.— ela fala ofegante, ela não parece ter um condicionamento físico r**m , pelo contrário é bem forte e tem um corpo impecável, mas o pé machucado deve demandar um esforço extra.
— Eu não costumo ser gentil com as pessoas então isso não acontecerá novamente.— falo a pegando no braço e ela dá um grito fino se assustando quando a tiro do chão.
— O que esta fazendo me coloca no chão. — ela fala se debatendo.
— Fique quieta antes que eu jogue você morro abaixo. — falo ríspido ela passa as mãos pela minha nuca me deixando contemplar o contorno do seu rosto, ela não é uma mulher delicada ou se mostra frágil como muitas mulheres e isso chama a minha atenção.
— Pronto, se vire daqui. — falo a soltando sem aviso e ela cai no chão.
— Ai.... ela grita. antes mesmo que ela consiga falar eu viro as costas e vou embora.
O seu cheiro ficou grudado em mim, e eu só pensava em ir para casa e me livrar desse cheiro, não é que eu não goste de mulheres eu gosto o suficiente para tê-las por uma noite, Se passar disso se transformam em fraqueza e vulnerável é algo que eu não posso ser.
Professora, professora, espero que você não esteja dando uma de esperta.
...Clarisse Mendes...
Chego em casa meu pé ainda dói muito, coloco uma compressa de gelo, e lembro daquele gigante grosso que me ajudou.
Começo a gravar o vídeo diário e depois durmo.
Alguns dias depois o dia da festa...
Encontro com a Alice cedo e vamos tal festa.
Tem algo errado nisso aí, ele vai abrir assim sua casa facilmente?
Chegamos até a casa do Marcelo e é uma senhora casa no meio de uma favela. Entro observando tudo, tudo tão normal que qualquer um diria se tratava da casa de uma pessoa comum.
Alice encontra o namorado e me apresenta e nem sinal do Marcelo eu já estava impaciente quando vejo um homem incrivelmente forte, viril, bonito, lábios rosados ao redor de uma barba baixa e bem feita, cabelos longos preso a um coque samurai eles tinham um tom castanho, um físico impecável, tatuagens pelo corpo, olhos grandes e um sorriso de iludir qualquer mulher.
Ele desce as escadas sorrindo e todos lhe dão total atenção.
Tem poucas pessoas no local e me parece que todos são do conviveu e apenas eu sou uma convidada a parte.