— Parece que você está fazendo sucesso com os pais das crianças. — Ela fala sorrindo
— Não tenho tempo para isso. — Falo desconversando
— O que te deixa tão ocupada??— o trabalho ou um namorado?
— Não seja intrometida. — Falo saindo da sala e ela me segue.
— No final de semana vamos ter uma festa, quer me acompanhar? — Ela pergunta
— Festa? Que tipo? — pergunto interessada afinal preciso me enturmar.
— Na casa do Marcelo. — Ela fala.
– Marcelo? O mesmo que você disse ser o dono da comunidade? — Pergunto.
— Não precisa ter medo, meu namorado é o principal soldado dele então somo um pouco próximos. — Ela fala algo que me deixa bem interessada, claro que não vou perder a oportunidade de conhecer esse homem cara a cara.
— Fechado eu vou sim.
— Sério? A que bom então vamos nos falando até lá, vou na casa do meu namorado agora. — ela fala se despendido.
Volto para casa, mas é impossível não notar o olhar das pessoas para mim, parece que estou vivendo em uma vila onde só tem robô e as pessoas são controladas, poucos falam comigo como se eu fosse alguma aberração, sério de todos os lugares que já vivi resolvendo casos esse é sem dúvidas o mais louco.
Meu telefone toca em uma ligação do meu chefe e atendo rápido.
— Clarisse, como estão as coisas por aí? — Ele pergunta
— Oi! Chefe, ainda não tive muita evolução, mas acabo de ser convidada para uma festa que o Marcelo vai da então acredito vou conseguir conhecê-lo.
— Isso é ótimo, mas não esqueça ele é extremamente perigoso, um sociopata e muito inteligente. — Ele fala alertando
— Não vou esquecer disso, não se preocupe. — Falo tranquila.
— O Eduardo quer falar com você.
— Meu amor, como esta tudo por aí? Tem dormido bem, esta se alimentando corretamente? Estou com muita saudade. — Falou ele
— Esta tudo bem, não se preocupe. — Respondi
— Quando vem me ver? — ele pergunta.
— Não posso te responder isso agora, eu sinto que as pessoas não confiam em mim preciso me enturmar e ganhar a confiança das pessoas, não posso ir e vir a hora que eu quero.
— Tudo bem. Não esquece que eu te amo. — Ele fala
— Eu também te amo. — Falo e encerro a ligação.
...----------------...
...Marcelo Onorato...
Recebo a visita da Alice junto do Gabriel.
— E aí novidades? — Pergunto serio sentado no sofá da minha sala.
— Sofia aceitou vim a festa. — Alice fala
— Foi fácil demais... — falo passando a mão pela barba pensativa.
— Por que acha isso? — Ela pergunta.
— Disse onde seria a festa? — Indaguei
— Claro que disse.... Ela não esbanjou nenhuma reação de insatisfação.
— Estou cada vez mais curioso, mandaram uma mulher dessa vez. — Falo sorrindo.
— Você acredita que a mandaram Marcelo? — Gabriel pergunta.
— Ainda não tenho certeza. — Os olhos da Alice ficam assustados.
— Não acredito que ela esteja espionando. — Alice fala visivelmente preocupada com a professora.
— Minha pequena, continue de olho nela, me conte se ver algo suspeito, esta responsabilidade está nas suas mãos e eu não gosto de falhas. — Falo alertando percebendo que ela gosta da professora.
— Sim, senhor. — Ela fala com o olha preocupado.
— Perfeito. Gabriel avisem para todos se recolherem cedo hoje temos trabalho a fazer. — Falo me levantando
— Entendido. — Ele sai com Alice para cumprir minhas ordens.
Pego as fotos da professora e desço até o galpão onde o X9 que mandaram da outra vez está preso.
Desço e ele me olha assustado.
— Olá meu amigo. — Falo debochando e ele apenas me olha com ódio. — Seu dia está próximo. Falo sorrindo.
— Eu suponho que temos uma colega sua aqui. — falo jogando as fotos no chão onde ele está sentado.
Ele olha as fotos sem nenhuma reação que a entregue dessa vez.
— Quem é ela? — Pergunto
— Não sei, nunca vi. — Ele responde
— Acredito que não diria se a conhecesse não é mesmo! — Falo e ele não tem nenhuma reação.
— Se eu confirmo que se trata realmente de uma pessoa mandada o fim dela será pior que o seu. — Falo me sentando próximo a ele que me olha de olhos arregalados.
— Vou ficar com ela para mim, me servindo na cama, já viu como ela é gostosa. — Ele me olha de olhos arregalados, mas não diz nada. — Que idiotas me mandaram uma mulher, o que eles esperam que uma mulher faça, me seduza? — Dou uma risada alta.
— Sabe por que eu desconfio dela? — Pergunto-lhe.
— Não por quê? — Ele fala com os dentes trincados.
— Seus olhos denunciaram no dia em que recebi as fotos dela. Eu deveria te agradecer. — Falo irônico.
— Eu não a conheço só a achei bonita também. — Ele fala se justificando.
— Tudo bem. — Falo me levantando.
— De qualquer forma vou vê-la de perto, e tomar minhas conclusões. — Falo saindo do galpão.
...ClarisseMendes...
Todos foram avisados para se recolher até as 22 horas hoje, não é que eu fiquei andando por aí, além disso, mas o significado disso me deixou nervosa.
Ele vai m***r alguém hoje?? Eu não posso mandar uma viatura aqui eu nem sei onde vai ser e ainda seria suspeito
Fico andando na sala de um lado pro outro.
— O que eu faço, o que eu faço? — me perguntei várias vezes.
Resolvo ir até à casa da Alice como quem não quer nada, chego em frente a casa de bato na porta.
— Sofia, o que faz aqui a essa hora? — ela pergunta olhando pro relógio.
— Ainda são 20:30 da noite, estou assustada com o que vai acontecer hoje. — falo para ela
— Vem entra.— ela fala me convidando a entrar
— Eu nunca vivi nada parecido então eu estou bem assutada sabe.— falo tentando arrancar algo dela
— Melhor você não se envolver nessas coisas, eu fecho as portas e as janelas coloco fones de ouvido e tento dormir. — Alice fala eu sei que ela é uma garota boa envolvida com pessoas erradas.
— Eles sempre matam alguém nesses dias? — pergunto curiosa.
— Não, às vezes é para fazer carregamento de mercadorias. — ela fala e põe a mão na boca se arrependendo de ter falado.
— Não se preocupe vai ficar entre nós essa conversa. — falo tentando deixá-la mais confortável.