KEILA NARRANDO
Chegamos no condomínio da Patricinha. Fiquei esperando o sinal do Falcão,Ele conseguiu convencer o zelador a abrir o portão dos funcionários depois de um malote que liberamos. Aquele era o único jeito de entrar sem chamar atenção.
Subimos até o terceiro andar, onde ficava o apartamento dela. Bati na porta com força, sem paciência para joguinhos. A garota abriu, e ficou visivelmente surpresa e um pouco assustada ao me ver.
— Keila! O que você está fazendo aqui? — ela perguntou, tentando esconder o nervosismo.
— Você sabe muito bem o que estou fazendo aqui. Estou cansada de esperar, precisamos acertar essa dívida agora — respondi, com firmeza na voz.
Ela tentou inventar desculpas, mas eu não estou aqui para ouvir desculpas. Fiz questão de deixar claro que não vou sair daqui sem resolver a pendência. Falcão, ao meu lado, mais calado.
— TH, não avisou que ia mandar ninguém me cobrar. Eu não estou com dinheiro agora, lamento, mas essa grana. Você não vai levar hoje — ela falou o vulgo do meu marido com tanta intïmidade.
— Nossa, você é tão dona da razão e tão arrogante, fiquei até com medinho — Falei me aproximando dela, que foi dando passos para trás.
Quando ela caiu sentada no sofá, peguei em seus cabelos. E olhei dentro dos olhos dela, a garota ameaçou gritar, e eu soltei o seu cabelo e apertei o pescoço.
— Eu vim cobrar, ou você me paga a parada que você pegou, com a grana que você lucrou, ou vai me pagar de outra forma. Mas daqui eu não saio perdendo — Escorei ela no encosto do sofá. Apertando o seu pescoço enquanto ela arregalava os olhos, coloquei uma das minhas pernas entre as suas.
A garota começou a se debater já ficando vermelha, soltei ela de uma vez e dei só um tapa no pé do ouvido.
Perguntei novamente como ela vai me pagar, e quando ela falou o vulgo do Thiago novamente, dei outro tapa, Só que do outro lado. Parece que não aprende.
— Eu não tenho a noite toda, Por isso acho melhor você me dizer como vai me pagar — ela gritou que eu não tinha dinheiro
Estirei a mão para o falcão que me entregou um saco plástico, transparente, sacos de plástico são os meus aliados.
Sentei em cima dela, prendendo as pernas e os braços com os joelhos, e cobri a cabeça dela com o saco, enquanto ela tentava se debater.
Tirei o saco, e perguntei como ela iria me pagar. A vagabünda cuspiu no meu rosto, coloquei o saco novamente, quando ela estava se asquifixiando, já sangrando pelo nariz tirei o saco da cabeça dela, e Saí de cima dela a deixando respirar.
Limpei o meu rosto, Estou na força do Ódio, por mim eu já metia uma bala, na cabeça dessa püta, mas tenho que levar o p*******o para o Thiago. quando eu ia colocar o saco novamente, ela falou sobre as jóias.
— Eu tenho algumas jóias, que peguei na casa da minha mãe. São joias de família, um conjunto de Esmeralda. Vale uma nota, muito mais do que estou devendo ao TH — Ela falou e tentou negociar.
A garota começou a dizer que o conjunto de joias valem Cem Mil reais, e ela só está devendo trinta Mil na boca.
— Trinta mil em mercadorias, meses de juros, sua dívida vai para mais de cem mil, Mas como sou boazinha, vou ficar com as tuas jóias — Falei e pedi para Falcão verificar se tem rastreador.
Peguei a pistola na mochila, enquanto ela estava na minha mira, Falcão examinou todo conjunto, além de verdadeiras não tem rastreador, o que facilitou para nós.
Destravei a minha pistola, e dei só um tiro na testa da Paty. Sei que se deixasse ela viva, é pedir para polícia ir atrás de mim no morro.
Passei a ponta do meu punhal no pescoço dela, deixando um corte que é a minha marca. Quando a polícia chegar vai saber que a Babá yaga esteve por aqui, já que foram eles que me apelidaram assim.
A polícia não sabe, se é um homem ou uma mulher. E se referem a mim como bicho papão, ou baba yaga que dá no mesmo.
Saímos pelo mesmo portão, entrei no meu carro e meti marcha de volta para o Babilônia, Falcão me acompanhou até a entrada.
Assim que eu cheguei já fiquei sabendo que pegaram os ladrãozinhos, Thiago estava cuidando deles, Já imagino até o tipo de cuidado.
Assim que cheguei na minha casa, tirei toda aquela roupa, tomei um banho quente. Coloquei uma roupa confortável e desci, temos um bar na sala, me servi uma dose de whisky pura.
A minha sogra apareceu, Faz dias que ela tava na Rocinha. Sem dar o ar da graça por aqui.
— Quem é viva sempre aparece, pensei que tinha me esquecido — falei fazendo drama.
Ela se jogou no sofá sentando do meu lado, conversamos um pouco, DK está doente, e isso tá mexendo com a estrutura da família toda.
Contei para minha sogra como foi a minha missão de hoje, amo o entusiasmo da Lara dizendo que eu sou sua discípula.
— Eu te treinei para isso Keila, para fazer o que eu faria, ou pior — ela falou sorrindo.
Thiago chegou com o meu sogro, ele estava todo sujo de sangue. Subiu direto para o nosso quarto, foi tomar banho. Ficamos conversando esperando ele descer para jantar.
Quando o Thiago desceu e me deu um beijo, peguei a minha bolsa e entreguei o conjunto de jóias para ele.
— Caralhø, Minha morena, tu é fod@ demais, e aí acabou com a raça dela? — Ele perguntou.
— O que você acha? — Perguntei sorrindo.
Jantamos conversando, Thiago já convocou os pais dele para o baile final de semana, fui pega de surpresa. Ele não tinha comentado comigo que ia dar um baile, mas adorei a ideia.
— Posso saber o que vamos comemorar nesse baile? — Minha sogra perguntou e eu olhei para ele, curiosa esperando a resposta.
O Thiago sorriu e respondeu o que vamos comemorar a vida, só vem bailão. Quero ficar loucona e curtir até o dia amanhecer.