Capítulo 4

1824 Words
Isabella Em todos esses anos que meu pai trabalhava com o Sr. Mason, se o vi umas cinco vezes foi muito, porém essas vezes foram mais do o que suficiente para despertar meu interesse nele e mais do que isso, o meu te.são. Confesso que sempre que Charlie falava pelos cotovelos de seu sócio e amigo, uma imagem nada agradável vinha a minha mente. Os assuntos de meu pai sempre eram sobre a empresa, em sobre o quão responsável seu sócio estava se mostrando no trabalho e em como ele estava feliz em ter aceito aquela fusão com suas empresas de tecnologias. Meu pai, embora muito bom no que faz, estava tendo uma maré de azar no último ano, então quando o Sr. Mason chegou, com seu conhecimento em produção de tecnologia a sete anos atrás, na empresa Stuart, meu pai não deixou passar a oportunidade e não demorou muito e eles estavam entrando em sociedade. A única coisa que Charlie tinha a reclamar de Samuel Mason era do quão mulherengo ele era, embora ele não levasse nenhuma mulher para seu campo de trabalho ou se envolvesse romanticamente com as funcionárias, Samuel não parava com uma mulher só. E Charlie adorava comentar sobre o quanto estava esperando para ver seu amigo quebrar a cara e ficar com os quatro pneus arriados por uma mulher. Eu não dava muita atenção as conversas de Charlie, me limitava a acenar e concordar com algumas coisas, afinal, éramos somente nós dois e meu pai gostava de fofocar, porém nada aquilo me interessava. Escutar papo sobre um velho que gosta de passar o rodo? Aff, eu não queria saber desse assunto! Bom, isso era o que eu pensava... As coisas mudaram quando eu o vi pela primeira vez. Eu estava em meu segundo ano no ensino médio e eu tinha acabado de chegar da escola, estava morrendo de fome, por isso mesmo entrei pela lateral da casa, diretamente na cozinha. A muito tempo que era somente Charlie e eu contra o mundo e eu sabia que naquele momento ele estaria aproveitando para dormir até mais tarde. A escola tinha nos liberado mais cedo por causa de um i****a que tinha decidido mexer com um extintor de incêndio, disparando o negocio e enchendo o corredor com aquele pó químico e fazendo assim com que fossemos dispensados duas horas mais cedo do que o habitual. Eu estava morrendo de fome, por isso mesmo estava me encaminhando para os armários na cozinha, quando uma voz desconhecida me fez parar no caminho. Meu coração acelerou com a possibilidade de alguém ter invadido a casa, mas a voz de meu pai ecoando logo depois me fez relaxar. Me aproximei até o arco de entrada da cozinha e espiei pela fresta da porta meu pai de calça moletom e cabelos bagunçados, segurando alguns papeis, enquanto um homem estava a sua frente. Meus olhos se prenderam nele por um momento, um longo momento e eu procurei em minha mente se em algum dia da minha vida eu tinha visto um homem tão bonito quanto aquele. Ele estava com roupas casuais. Jeans e uma camiseta escura que abraçava seu corpo perfeitamente. Os cabelos castanhos claros estavam revoltos e em seus pés estavam um par de tênis. Sua voz ecoando, falando com meu pai em como ele acreditava que os números de vendas de seu ultimo aparelho iriam triplicar com aquela ideia que ele tinha vindo lhe mostrar... Sua voz estava exci.tada, saia rápido e ele gesticulava a frente de Charlie, enquanto eu tinha meus olhos pregados em cima dele e babava por aquele homem. Naquele mesmo dia descobri que aquele era o tal do Sr. Mason e finalmente comecei a prestar atenção as conversas de Charlie sobre seu amigo e sócio. As conversas divergiam sobre Charlie falando o quanto ele era bom para a empresa, o quão ele estava feliz por seu negocio esta crescendo e em como Samuel Mason não prestava quando o assunto era mulheres. Charlie sempre foi um homem apaixonado. Achava que as mulheres tinham que ser tratadas com respeito, por mais que algumas não se dessem ao respeito, e desde que minha mãe morreu quando eu tinha três anos, sua vida tinha sido única e exclusivamente para mim. Além de termos uma relação pai e filha, éramos amigos e quando eu finalmente bati o pé, dizendo que ele precisava seguir em frente e conhecer alguém, meu pai começou a sair e me deixava a par de cada uma das suas pretendentes, me divertindo ao contar sobre alguns de seus encontros e em como ele achava que tinha perdido o jeito para isso, pois nenhuma mulher chegava aos pés de Laura, minha mãe. Quando ele terminava de me contar sobre seu encontro entediante, me perguntava sobre o meu dia na escola e se eu tinha conhecido alguém. Eu sempre lhe dizia a mesma coisa, que nenhum garoto me chamava atenção e era verdade, pois depois que eu tinha colocado meus olhos em cima de Samuel Mason, qualquer outro rapaz de onde eu estudava tinha se tornado sem graça e infantil. Não sei porque não contei a Charlie dessa minha obsessão por Samuel. Sim, eu passei a nutrir um sentimento por ele que nem eu mesma sabia explicar. Sua voz ecoava em minha cabeça e em muitas vezes ele acabava adentrando em minha mente de tal jeito que chegava a invadir meus sonhos, despertando em mim os tais dos hormônios adolescentes. Eu nunca tinha tido a curiosidade de ter qualquer tipo de i********e com alguém do se.xo masculino, mas depois de vê-lo pela primeira vez, meu corpo estava estranho. Ele acabou aparecendo aqui em casa outras vezes e para minha sorte eu pude me manter escondida, enquanto observava seus belos traços e ouvia sua voz que me causava sensações novas. Eu não tinha uma mãe para me explicar o que significava o arrepio pelo meu corpo sempre que eu escutava sua voz ecoar. Ou a minha boca secando de repente ao olha-lo. Ou as mãos tremulas e a sensação de que minhas pernas estavam virando gelatina. Eu estava um pouco preocupada com o que estava acontecendo comigo e não tinha coragem de contar aquilo para Charlie, pois aqueles não eram os sintomas mais preocupantes. Não... eu também podia sentir meus s***s pesados e sensíveis. Em uma visita não programada a noite eu os observei conversarem animadamente. Charlie achava que eu estava dormindo, o que eu deveria estar fazendo, visto que teria aula de manha, porém eu me levantei, curiosa e ansiosa com a possibilidade de ser ele quem tinha chego de repente e quando o vi adentrar a sala, não consegui fazer com que minhas pernas me levassem de volta ao quarto. Fiquei lá, escondida, enquanto Charlie servia uma dose de Whisky para seu convidado e conversavam sobre qualquer coisa. Samuel estava com um casaco grosso cobrindo seu corpo delicioso e passava as mãos constantemente pelos cabelos. Meus olhos acompanhavam cada movimento avidamente e me peguei engolindo em seco ao vê-lo sorrir maliciosamente, enquanto contava algo para Charlie. Ofeguei, sentindo aquelas sensações estranhas novamente. Uma pulsação desconhecida me fez levar a mão entre as pernas, por dentro da minha calcinha e arregalei os olhos quando meus dedos voltaram totalmente melados. Aquilo era desconhecido para mim, e estranho, pois eu estava sensível e o toque dos meus dedos naquela região me trouxe um tremor forte no corpo, assim como uma vontade louca de pressionar os dedos ali. Corri o mais silenciosamente que pude de volta ao meu quarto e me joguei na cama, arfando e tremendo, enquanto sentia aquela região pulsar descontroladamente. Como eu podia falar disso com Charlie? Como eu ia explicar que eu, sua filha, estava sentindo um te.são absurdo pelo seu sócio e amigo, que ele gostava de frisar ser um tremendo galinha? Sim, naquele mesmo dia eu descobri o que eram essas sensações desconhecidas e gostosas. A internet é uma ferramenta poderosa. E naquele dia ela foi a mãe e amiga que eu precisava naquele momento, me trazendo uma infinidade de links, blogs, sites, onde eu poderia tirar todas as minhas duvidas. No dia seguinte eu me arrumei para a escola mecanicamente. Meus olhos estavam vidrados, minha mente parecia não parar, ao mesmo tempo em que eu não conseguia me focar em nada que não fosse a chata dor que latejava em minhas têmporas. Eu estava cansada, pois não tinha conseguido pregar os olhos, mas ao mesmo tempo estava maravilhada, pois com a minha minuciosa pesquisa eu tinha descoberto algumas coisas. Descobri que o que eu sentia não era nada estranho, era simplesmente meu corpo respondendo a visão tentadora que era o Sr. Mason. E a curiosidade me fez assistir o meu primeiro vídeo por.nô. Não que eu tivesse ficado só naquele. Naquele mesmo dia descobri que eu gostava do que estava vendo e embora eu ainda não estivesse pronta para fazer aquilo, eu definitivamente sabia com quem eu queria fazer, se tivesse a oportunidade. E bom... A oportunidade chegou. Alguns anos depois, mas chegou. Eu não era muito de ir atrás do meu pai quando ele saia para se divertir, mas eu sabia que ele estaria com Samuel, pois o mesmo já tinha me falado, e eu estava decidida a dar o primeiro passo. Eu nunca fui uma pessoa muito tímida, mas também nunca tinha tentado seduzir um homem. Por isso mesmo tentei apostar em chamar sua atenção com as minhas curvas. Coloquei uma calça apertada, que eu sabia que valorizava bastante minha bun.da e uma blusa leve, deixando a mostra uma parte da minha barriga. Caprichei na maquiagem com tons pesados, destacando os meus olhos verdes. Eu já estava cursando meu segundo ano na faculdade de direito, e embora ainda achassem aqueles garotos infantis, não posso dizer que não aproveitei para dar uns amassos. Eu era uma menina bonita e estava contando com isso para chamar a atenção de Samuel, pois eu não teria coragem de fazer qualquer coisa com Charlie por perto. E quando o encontrei eu vi que tinha conseguido despertar seu interesse. Seus olhos pareciam me queimar viva, enquanto eu cumprimentava Charlie. Deixei minha bun.da arrebitada na direção de Samuel de proposito, sabendo que seus olhos se grudariam ali e ri internamente com isso, afinal, os homens são mesmo imprevisíveis. Não tentei mais nada, porém o provoquei com um beijo no canto de seus lábios, sentindo as minhas pernas vacilarem ao me levar para a porta de saída da boate. Charlie tinha percebido a troca de olhares e a tensão se.xual e eu tinha notado que ele tentou nos afastar. Aquela foi a minha deixa para ir embora diretamente para casa, pois eu sabia que meu pai me procuraria ante de dormir. E quando ele finalmente apareceu na porta do meu quarto, deixei o livro que estava lendo de lado e me encostei na cabeceira da cama. Era a hora de ter “A conversa”.
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