Foi muito bom.

924 Words
Eles espelham uma promessa de puro prazer, sensualidade, carinho...De tudo isso que leio neles, eu quero muito o seu carinho. Logo estou deitada com ele na cama, envolta numa nuvem de sedução. Sem nem saber como cheguei ali, mas não penso muito nisso, estou extasiada vendo seu corpo lindo se esfregando no meu, me aquecendo. Seus lábios quentes me beijando. Quando ele puxa a minha calcinha, meu coração acelerado pela paixão dispara e na hora me vem o sentimento que estou cometendo um erro. Mas ele se dissolve no momento que os lábios de Murat se unem aos meus novamente...quentes, molhados, envolventes. Suas mãos passando pelo meu corpo. Se eu tinha algum resquício de autocontrole ele se perdeu agora, dissolvido no calor da paixão, me fazendo esquecer toda a minha dor, o mundo f**o lá fora e suas severas lições. Agora eu estou tendo o carinho, o aconchego que eu preciso. Eu ando tão triste, sozinha... Murat começa a falar algo no meu ouvido. Árabe? Não sei. Nem quero saber. Invento que é amor, que estou ao lado de um homem que me ama. Faz tempo que algo bom não agita meu coração, ultimamente tem sido apenas tristeza ou problemas. Vejo Murat deixando a cama e não entendo até vê-lo se protegendo, quando ele volta eu estremeço. Ele paira sobre mim e sorri. Seu joelho então separa a minha perna, isso me desestabiliza. Eu me lembro do homem que tirou minha virgindade quando eu tinha apenas doze anos. O padrasto de minha mãe, por isso seguro os ombros dele. Murat estaca e olha para mim. —Você é virgem? Aceno um não para ele. Ele assente para mim e desvia os olhos dos meus, mas consigo ver seu desapontamento, como se ele quisesse ser o primeiro. No fundo ele é o primeiro, da outra vez foi imposto. Murat me penetra e começa devagar. Lento e constante. Eu espremo os lençóis sem saber como vou reagir. Logo ele me incendeia com seus movimentos e eu sorrio com isso. Murat conseguiu derreter o gelo que carreguei há anos. Ele conseguiu tirar aquela má impressão que eu tinha e me enche de prazer, é tanto que gemo alto. Eu tinha esperança que seria assim com a pessoa certa. Não aquele asco todo, aquela dor que aquele homem grotesco me infligiu. Um gemido escapa dos meus lábios quando o prazer explode dentro de mim, satisfeita abro meus olhos e vejo o lindo Murat se contorcendo de prazer, então ele para e explode em g**o, um gemido gutural sai de sua boca quando isso acontece. Cada músculo das costas de Murat enrijece e ele treme com a força do seu prazer, o rosto contorcido. Quando tudo finaliza Murat cobre meu corpo com o seu, os braços sobre a cama. Sua respiração densa no meu ouvido me dão a certeza que ele curtiu muito tudo isso. Ele então se ergue e olha para mim. Sua testa está franzida, sua respiração agitada pelos lábios grande e entreabertos. A veia jugular de seu pescoço pulsa freneticamente. —Foi muito bom. —ele diz tocando com delicadeza meu rosto. Ele então rola para o lado ainda ofegante. —Melhor eu ir. —digo, ele não me segura. Isso faz eu me sentir vazia agora. Saio rapidamente da cama e pegando minhas roupas do chão. Eu me enfio no banheiro. Solto o ar e me olho no espelho. Agora me pergunto como deixei tudo chegar até ali. Eu nem tinha uma boa imagem do s**o. Carência! Fui seduzida pelo conforto dos braços de Murat que vieram em um bom momento. O carinho que suas mãos me proporcionaram, os lábios macios que me beijaram arrebataram a minha mente. Foi como um renascimento na hora, no entanto agora eu me sinto estranha e triste novamente. Os problemas não foram embora e eles continuarão me perseguindo. A única coisa que mudou foi minha percepção do s**o. Ah isso mudou. Um toque de telefone começa a penetrar minha mente me despertando do prazer que esses pensamentos de repente tomaram. Assustada apresso as coisas no banheiro. Quando saio do banheiro, Murat está sentado falando ao telefone. Seus olhos se encontram com os meus e me seguem até eu deixar seu quarto. Ele fala de seus negócios, isso me faz entrar mais na realidade com a noção de sua riqueza, sua civilidade e todo o seu poder. Saio sem olhar para trás, vou até a ala dos funcionários e sigo até o meu armário. Pego a minha bolsa e olho o celular. Ele marca onze horas da noite. Quando passo em frente a recepção, as garotas do período noturno quando me veem, comentam algo no ouvido uma da outra. Com certeza elas se ligaram que eu estava com Murat. Embora eu sinta raiva, eu nem posso culpá-lo. Eu quis tudo aquilo também. No dia seguinte passo no departamento pessoal pedindo minha demissão. Eu não posso mais ficar nessa cidade. Dou-me conta que eu estou fora de mim e a maior prova disso foi a noite de ontem. Estou começando a colocar o pé pelas mãos. Desde que meu irmão morreu e os traficantes estão me cobrando sua dívida estou assim. Trabalhando m*l e perdendo as rédeas da minha vida. Agora está tudo planejado na minha cabeça. Resolvi ficar uns tempos com a minha tia até acertar tudo no hotel: receber meus direitos e pegar minha carteira depois que eles derem baixa. Tudo resolvido, sairei da cidade. Começarei uma nova vida em outro lugar. Simples assim. E foi o que fiz....
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