Embora ele tenha esse efeito sobre mim, ele não pode saber disso. Seria o meu fim.

1088 Words
Ele continua a me olhar sem pressa de sair. Seus olhos passam por meu corpo e depois voltam para o meu rosto. —Você emagreceu. Você era mais cheinha quando nos conhecemos. —Então ele aperta os lábios. —Humm. Lembro-me muito bem de seu corpo. Perfeita. O que houve com você? Faz parte de seu jogo de conquista? Deus! As mulheres devem perder a noção do ridículo para chamar atenção dele, então ele está achando que estou fazendo o mesmo. Não tem outra explicação. —Senhor Çelik não me interessa sua opinião. E o que aconteceu comigo é problema meu! Ele ri e passa os olhos por mim novamente. —Gostei de rever você Ester! Eu me divertir muito hoje. É gostoso essa sensação que você me fez experimentar. Só lamento uma coisa. Pensei que eu tinha tido a arte de te conquistar e não ser conquistado. Hoje vejo que não foi bem assim. Tudo muito bem planejado. Bem, eu estava enfurnado até agora numa reunião e você deu cor ao meu dia cinza com sua aparição por isso vou te dar um descanso, por enquanto. Ele sai assobiando da cozinha. Inspire, expire, inspire, expire.... Se acalme. Tudo ficará bem... Esse homem deve ter um histórico r**m com as mulheres então é natural ele pensar isso de você. Até eu achei incrível a coincidência. Se eu ficar na minha tudo ficará bem. É só ignorá-lo e ser forte e não bancar aquela i****a carente. Forçando-me a pensar dessa maneira volto as minhas atividades e vou até a sala de jantar e depois de algumas viagens retiro tudo da mesa. Lavo toda a louça suja e finalmente vou para o meu quarto. O quarto tem um tamanho bom, a cama de solteiro fica no meio dele e o edredom marrom combinando com a cortina creme com detalhes em marrom o deixa acolhedor. Há uma televisão de tamanho médio em frente a cama. Um rádio no criado mudo do lado direito dela. O que eu gostei mais que ele tem um banheiro só pra mim. Mas antes de tomar banho desfaço minhas malas e guardo tudo no guarda-roupa de duas portas, roupas que não irei usar tão cedo, só quando eu tiver folga. E repente me vem um pensamento. Sair? Para onde vou? Nessa cidade não conheço ninguém. Depois do banho e vestida com minha camisola branca de cetim, eu me deito na cama. Deus! Só uma mulher s*******o do perigo pode confiar o coração aos cuidados de um homem como Murat. No mínimo ele deve trocar de mulher como troca de roupa. Fecho os olhos tentando dormir, mas me sinto muito agitada para isso. Uma espécie de instinto me prevenira sobre esse homem ser perigoso, mas ele é muito mais do que eu pensei. Ele não é um cordeiro com um lobo enrustido, ele é o próprio lobo e não faz questão nenhuma de esconder isso. Sem sono me levanto da cama. Pego um robe branco e felpudo que achei no banheiro e saio do meu quarto, faço o caminho até a cozinha e vou em direção ao jardim que fica nos fundos. A noite está gostosa, o céu n***o estrelado. No caminho formado por paralelepípedos há um banco iluminado cercado pelo jardim feito por algum paisagista famoso. As plantas são equilibradas, combinam em formatos tamanhos e cores. Além de estarem espalhadas estrategicamente, sem deixar aquela sensação de desordem. Sento-me no banco e respiro o ar fresco, como quem não quer nada, giro minha cabeça para ver todo o lugar. Engulo em seco quando vejo Murat saindo da piscina que fica há apenas dez metros de distância. Ele está só de sunga azul-marinho com detalhes em branco nas laterais, a água escorre por seu corpo enquanto ele pega a toalha para se enxugar. Seu corpo é pura perfeição. Suas pernas são musculosas, os ombros largos, a barriga cheia de ondas firmes formada por músculos bem definidos. Lindo é pouco para descrevê-lo. Ele passa a toalha nos cabelos e então seu olhar, sem querer, se choca com o meu. Ele estaca surpreso, quando ele sorri de um jeito lascivo e me dá uma piscadela sexy eu engulo em seco. Mesmo a essa distância, acho que ele viu meu rosto como ficou vermelho. Agora ele ri mais, parece se divertir comigo, enquanto eu estou aqui morta de vergonha por ter sido flagrada olhando para ele. Engulo em seco novamente e giro minha cabeça, mas contínuo sentada ali, sem olhar em sua direção para que Murat não pense que ele consegue me desestabilizar ao ponto de eu fugir com o rabinho entre as pernas. Embora ele tenha esse efeito sobre mim, ele não pode saber disso. Seria o meu fim. Depois de um tempo giro minha cabeça e não o vejo mais lá. Solto o ar aliviada e só então penso em voltar para o meu quarto. Murat surge, então, na minha frente, saindo dos arbustos. —Gostou do que viu, cabelos de fogo? O homem na minha frente é pura perfeição, e sua voz um convite para o inferno. Deus! Acho que já estou nele. Seu porte dominante é tão patente que me sinto pequena ao lado dele. Sinto um formigamento que começa na minha espinha e corre para a minha nuca. Sem conversas! Eu me levanto do banco como se eu tivesse levado um choque na b***a e com passadas largas tento me esquivar dele. A mão gelada segura um de meus braços e ele me puxa de encontro ao corpo dele. Ele olha para mim profundamente, me estudando, lendo, analisando. Eu não consigo me mover, fico estacada, ofegante olhando para ele, mas quando seu olhar desce para os meus lábios uma alerta toca na minha cabeça com sinal de perigo. Antes que eu puxe meu braço sua boca se choca com a minha e ele me abraça enquanto sua língua força a minha boca se abrir, quando eu faço isso ele me dá um beijo urgente, necessitado. Pior que esse arrogante beija bem! Seus lábios chupam os meus, sua língua envolve a minha com prazer, suas mãos me tocam, me apertam como se eu fosse dele. Deus! O que eu estou fazendo? Eu comecei a empurrá-lo com força até ele desprender seus lábios dos meus e me soltar. Eu o encaro ofegante e passo o braço nos meus lábios inchados demonstrando meu desagrado. Ele ri com gosto. Parece um louco. Com muita raiva me afasto dele ainda escutando o eco de sua risada ecoando nas minhas costas.
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