O que você está fazendo? Caindo nas garras do lobo novamente?

1192 Words
Eu pego a bandeja, mas antes de sair da cozinha Murat surge nela. —Deixe a bandeja aí e venha comigo. —Como? Ele retira tudo da minha mão e agarrando meu braço me puxa para fora em direção ao jardim. Então, me puxa para um canto escuro e me pressiona contra uma pilastra, o calor de seu corpo me envolve eu ergo meu rosto assustado e meu grito é abafado por seus lábios nos meus. Sua mão não é gentil quando como um louco, ergue o meu uniforme e a passa pela minha coxa e aperta meu bumbum. A outra mão ele me traz mais para junto dele enquanto ele literalmente devora os meus lábios de um modo selvagem. Eu entro numa névoa de intoxicação. Meus sentidos ouriçados com seu calor, seu cheiro, e a forma como ele me beija. E que beijo! A razão me deixou no momento que seus lábios tocaram os meus, que eu senti sua língua explorando e dançando contra a minha. Tremendo, me seguro nele. Minhas pernas estão tão moles que tenho a impressão de que se eu não me apoiar nele, vou cair. Por isso eu agarro seus ombros. Perdidinha. Não sei quanto tempo se passou até que aos poucos seus beijos vão se acalmando e ele solta a minha perna. Desliza, então, seus lábios pelo meu pescoço, e depois de dar uma aspirada funda sentindo o meu cheiro o mordisca. Estremeço mais uma vez com seus lábios quentes e úmidos, e o ar quente saindo de sua boca no meu pescoço. Murat se afasta um pouco para me encarar. Eu o olho ofegante, o coração agitado, pelo desejo e o conflito interior que ele me provoca. Ele é lindo. Rico. Poderoso. O que ele quer com uma empregadinha? Deus! O que você está fazendo? Caindo nas garras do lobo novamente? A bolha que ele me colocou estourou com esses pensamentos e eu tento de todo jeito sair dos seus braços. —Solte-me! —Exijo me contorcendo. Ele não permite, seus braços me cercam como garras. —O que foi isso? O pensa que está fazendo? — Digo irritada, parece até um absurdo agora questioná-lo depois de ter sido naquele dia uma pamonha receptiva com sua pegada ousada. Eu me canso e paro de lutar. Ele é muito forte. Seus braços relaxam. Ele me olha de um jeito sexy. —Você tem me pedido isso cabelos de fogo e eu estava louco para te beijar. Queria provar novamente desses lábios naturalmente vermelhos, sentir seu cheiro... Eu pisco. Mas que raios! Por que ele acha que eu tenho pedido isso? —Você é louco? —Rujo tentando sair dos braços novamente. — Um maldito louco arrogante você é! Pensa que toda mulher está aos seus pés? E tem mais! Seus pais estão aí e pelo que eu saiba sua garota também. Murat fica tenso, finalmente me solta, seu olhar demonstra toda a sua contrariedade. —Quem disse que ela é minha garota? Ficou ouvindo a conversa das fofoqueiras das minhas primas? Eu sei o porquê de tudo isso. No mínimo está irritado com a situação e eu fui sua válvula de escape. —O que foi? — Questiono, irada—Você descontou sua frustração em mim, me beijando? Ele dá um sorriso torto de um jeito muito sexy. —Cartas de negação novamente, Ester? Apenas fiz o que estava com vontade de fazer desde que coloquei meus olhos em você novamente. Não gosto de jogos bobos. Sou muito direto e você estava me pedindo isso. Agora chega dessa conversa fiada cabelos de fogo. Preciso voltar para a sala. Ele se vira e se afasta de mim e eu pisco aturdida. Vou deixá-lo ir assim? Eu o seguro pelo braço e o puxo. —A próxima vez que tentar me beijar vai levar um bem dado no meio dessa sua cara bonita. Ele ri. Gargalha. —Cabelos de fogo, não tenho tempo para isso. Ele se afasta e eu fico vermelha de raiva. Passo a mão nos meus lábios inchados. O cheiro bom dele ainda está na minha roupa. Deve se achar o máximo! Que eu deveria ficar lisonjeada por ele me querer! Arrogante! Respiro fundo, dando um tempo ali, ainda abalada. Entro na cozinha. Graças a Deus ela está vazia. Pego a bandeja e vou até a sala de jantar. Percebo que o clima da festa mudou, colocaram música turca. Hazal está dançando no meio da sala. —Murat, vem dançar para nós —a mãe dele o convida. Murat acena para ela e vai até onde Hazal está. De um jeito muito sexy começa a dançar, então abre os braços e começa a se movimentar de um jeito turco. Lindo e envolvente. Hazal abre mais o sorriso se sentindo cortejada por ele. Coitadinha A dança de Murat é envolvente. Tanto, que todos param para vê-lo. As meninas contratadas, inclusive Norma e eu. Fico com os lábios separados, o coração agitado dando-me conta que Murat não é só bonito, ele é a epítome da virilidade masculina em um só homem. É como se ele tivesse pegado todas as filas no céu de atributos, antes de vir ao mundo para ser "O Cara". Nada foi esquecido: Virilidade, charme, autoconfiança, masculinidade, astúcia, inteligência, sensualidade e beleza. Bem, beleza nem se fala...Ele é todo perfeito se não fosse tão arrogante. Essa constatação me deixa angustiada e com vontade de chorar. Não vai ser fácil resistir a esse homem. Giro meu corpo e saio da sala e finalmente entro na cozinha. Tomo um copo de água me sentindo acalorada de repente. Preciso pôr a razão à frente da emoção ou de qualquer outro sentimento. Se eu não fizer isso estarei perdida, a luxúria irá me levar e eu ficarei com raiva de mim mesma por ter cedido aos encantos de Murat. Começo a lavar os copos sujos e depois enchê-los de sucos novamente. Estou depositando-os na bandeja quando ouço as palmas vindas lá da sala. Segundos depois Norma entra com um sorriso de orelha a orelha. As garotas atrás dela entram se abanando. —Deus! Que homem é esse? —uma delas se pergunta. Ela é uma loira baixinha. Olhos azuis. Bonita. —O deus da masculinidade nos visitou na terra—a outra diz. Morena de olhos castanhos, mais alta e igualmente bonita. —Que garota de sorte. Acho que não tinha uma mulher lá na sala que não queria estar no lugar dela —a loira diz. —Meninas, se acalmem e voltem ao trabalho! Comecem a servir outra rodada de suco, principalmente para as mulheres—Norma diz com um sorriso travesso nos lábios. Elas levam a bandeja que eu tinha preparado com os sucos. —Gostei de sua pro atividade. Você parece a única que não foi afetada pelo magnetismo de Murat. Ah! Deus! Se ela soubesse o que esse homem provoca em mim, e pior, ele não me deixa em paz depois de tudo que houve entre nós. Desvio meus olhos dela e volto para a pia para lavar mais os copos, então digo de costas para ela: —Para que sonhar com algo inatingível?
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